MUSAS






 Eu to pra escrever essa coluna desde o ano passado e não me vinha oportunidade porque esse planeta não para mesmo que às vezes fosse bom que ele nos desse um descanso.   

Essa semana, pelo menos até a hora que escrevo, não morreu ninguém, ninguém fez nenhuma grande merda e o Flamengo não me deu motivos novos de irritação, só os comuns (espero) então dá pra fazer.

Ano passado fiz uma coluna chamada “As mulheres da minha vida” onde citava mulheres que conheci e que foram importantes para mim. Nessa época tive a ideia da continuação. Escrever sobre mulheres que não conheci, nunca ouviram falar de mim, mas que me influenciaram.

Todos nós temos nossas musas. Mulheres das artes, celebridades que mexem com o imaginário dos meninos. Assim como as mulheres quando meninas são fãs de artistas que se enchem de vergonha ao crescerem e pensarem “Como pude ser fã dele?”.

Geralmente são artistas de boy band ou sertanejos universitários que usam calças coladas e 20 anos depois no ostracismo assumem que eram gays e elas se decepcionam.  

Homem nesse sentido é mais comedido. Não coloca pôster na parede nem provocam histerismo. Geralmente seu sentimento é solitário, geralmente dentro de um banheiro, geralmente. Não, chega de explicações sobre isso. 

Eu não era diferente desses meninos. Também tinha minhas musas.

Essa “idolatria” chegou antes dessa “fase solitária”. Como eu já disse inúmeras vezes era um gordinho tímido que nunca soube chegar nas meninas e aprendi a amar em silêncio. Seja a menina que sentava ao meu lado no colégio, seja a artista de televisão e bem cedo começou isso.

Lembro da Lídia Brondi novinha fazendo novelas e eu sonhava com ela. Não sabia ainda, mas a Lídia fazia o estilo ninfetinha e muitos outros homens também gostavam. Eu via novelas só por causa dela.

Assim como nessa época, eu devia ter sete anos, passava a novela “Guerra dos sexos” e me apaixonei pela Maitê Proença. 

Linda, loira, classuda, um dos rostos mais bonitos que já vi Maitê encantava e enchia a tela me deixando com inveja do Mário Gomes. Três anos depois ela virou Dona Beija, tomou banho de cachoeira pelada e eu era tão bobo, tão inocente ainda que nem fui ver.

Até porque em 1986 eu já era “loucamente apaixonado” por outra.
Meu coração, como também é o de Paulinho da Viola, sempre foi leviano. Pedi desculpas a Maitê e assumi meu amor por outra mulher. Na verdade uma menina ainda. Me apaixonei por ela através de uma dança.

Infelizmente a dança não foi comigo, foi com Felipe Camargo. Me apaixonei a primeira vista por Maria de Lourdes, também conhecida como Lurdinha, também conhecida como Malu Mader.

Caro amigo de menos de trinta e cinco anos de idade. Te digo que era impossível não se apaixonar por Malu Mader em “Anos Dourados”. Linda nos seus 19, 20 aninhos, cativante, graciosa, formando um dos casais mais expressivos dos anos 80 com o “Marcos” ao som de todas aquelas músicas que emocionam gerações desde os anos 50.

Gostava tanto da Malu que me apaixonei por uma  menina que estudava comigo na época a Iani. Amor de 4° série, daqueles inesquecíveis que nunca mais ouvimos falar da pessoa.

Três anos depois o amor virou tesão vendo Malu de micro biquini saindo do mar ao som de Marina Lima na novela “Top Model”, mas aí eu já era adolescente. Época do “amor solitário”. 

Só que eu não era monogâmico. Também me apaixonei por Gabriela Duarte no mesmo período e o nosso amor era lindo. Tão lindo, nada podia ser mais lindo do que o nosso amor.  

Amor pela Angélica e sua manchinha na perna. Vontade louca de ir de táxi com ela. Mas meu maior amor entre as apresentadoras infantis não foi ela.    

Foi Simony que cantava “Enamora” e eu sonhava que era pra mim. A menininha sardenta que não tinha um dente da frente, era da minha idade e me fazia ter vontade de ser o Jairzinho. 

Simony foi meu amor, meu tesão foi Mara Maravilha.

A baiana arretada que surgiu no fim dos anos 80 e apresentava programa no SBT. Musa de uma geração quebrou tabu e saiu nua na playboy em 1990. 

Talvez a playboy que mais fiquei ansioso esperando chegar as bancas e que tive que bolar mil planos para comprar já que era menor de idade.

Musas foram indo e vindo. De Lídia Brondi da minha mais remota idade até Ana Paula Arosio e sua inesquecível Hilda Furacão. Assim foi criada minha história e acredito que minha vida de escritor.

Devo isso a essas mulheres que povoaram meus sonhos, minha imaginação, minha história.



Talvez elas nunca saibam que eu um dia existi.


Mas se existo devo a elas.


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AS MULHERES DA MINHA VIDA


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