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Mostrando postagens de dezembro, 2014

2014

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E vamos ao último texto do ano..As últimas palavras que escrevo sem ser em redes sociais. Já escrevi e publiquei a última coluna do ano do SRZD. No Ouro de Tolo até a primeira de 2015 já foi feita. Não tenho mais nenhuma peça ou livro pra escrever. Chegou a hora de olhar pra trás. E ver que posso não ter feito tudo que eu quis, mas quem faz, não é verdade? Uma coisa pelo menos posso dizer. Fiz muito barulho. É por nada não, mas eu causei em 2014 e não foi um ano qualquer. Se Deus permitir estar vivo daqui vinte anos farei a coluna “2014. O ano que não terminou”. Vocês têm noção da quantidade de coisas que ocorreram em 2014? Copa do mundo no Brasil, humilhação diante da Alemanha, uma das maiores eleições de nossa história com morte de candidato e resultado apertado com o país tenso lhe esperando, mortes de pessoas queridas, corrupção, escândalos, Eua e Cuba virando amiguinhos, papa semeando a paz entre os povos e com outras religiões, aviões sumindo, terrori

A GAROTA DO PARÁ

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*Conto publicado na coluna "Buraco da fechadura" do blog "Ouro de Tolo" em 30/11/2013 Não sei se vocês lembram da Bia, a menina que arrasou o coração do Jean em Curitiba. Enfim, ela voltou ao Rio de Janeiro, nunca mais teve contato com o pobre menino apaixonado e namorou só algumas semanas, com o Anderson desmanchando. E a vida prosseguiu, como a vida de todo mundo. A menina foi crescendo, estudando, namorando, se divertindo, indo a Curitiba ver a avó, até que a senhora veio a falecer, e se formou na faculdade em Relações Públicas. Naquele período, já namorava Heitor, que curtia mais a malandragem, largou faculdade, estudos e tocava cavaquinho na escola de samba União da Ilha, vivendo de shows e da renda da família. Apesar de se darem muito bem, principalmente na cama, a “boa vida” do rapaz era motivo sempre de brigas. Bia ameaçou várias vezes largar o músico se ele não arrumasse emprego fixo, e o malandro tentava enrolar e desconversa

2015 NA BOLA DE CRISTAL

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Janeiro Horas depois da virada ninguém lembrará quem venceu a São Silvestre Vai sumir um avião em algum lugar BBB vai começar com algumas gostosas, um gay, um cowboy e uma garota chamada Juliana Depois da terceira derrota seguida no estadual Eurico dirá que o importante é vencer o Flamengo Algum petista se meterá em corrupção Vai fazer um calor do cacete Pedro Migão reclamará de algo no twitter E Luis Butti falará de Corinthians Fevereiro Vai fazer um calor do cacete Grande Rio será apontada favorita do carnaval Vão reclamar muito da transmissão da Globo Beija-Flor será campeã Beija-Flor não será campeã. Laíla reclamará do resultado e vão trocar todo o júri. Vai sumir um avião em algum lugar Algum petista se meterá em corrupção Alguma dança esquisita com letra vaga e cheia de consoantes fará sucesso no carnaval de Salvador e ganhará o Brasil Pedro Migão reclamará de algo no twitter E Luis Butti falará

TROCANDO EM VERSOS: ORUN AYE

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*Pra encerrar a "Trocando em versos" em 2014 nada melhor que a coisa mais importante que escrevi até hoje contando letras, peças, livros e crônicas. Orun Aye. Samba do Boi da Ilha de 2001 escrito em parceria com Paulo Travassos, Clodoaldo Silva, Silvana da Ilha e Roger Linhares. Estandarte de Ouro em 2001 de melhor samba do grupo A. Considerado um dos melhores sambas de enredo do século XXI. Vem do Orun A ordem do divino criador Para ser criada a Terra E viver em paz sem guerra Olorun abençoou Oxalá, orixá de confiança Cai na sede da vingança Não cumpriu sua missão Exu que é o bem e a maldade Usa sua ambiguidade Faz mudar a direção Odudua vá falar com Orumilá Consulte o oráculo de Ifá Não se esqueça da oferenda Não tenha vaidade A nossa força vem da humildade Vejo, os meus filhos em seu caminhar Elementos irão se formar Nasce a vida do ventre de Aye É Nagô, essa beleza é você Nagô Que mostra um mundo de esplendor Em um

AMOR: CAPÍTULO VII - O CASAMENTO

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Passei horas ali naquelas pedras, enxuguei as lágrimas e decidi voltar para casa. Deixei um e-mail para minha mãe, peguei todas as economias que tinha e na manhã seguinte parti. Sim. Parti. Abri mão da sociedade pedindo desculpas a Samuel. Fui até a via Dutra e comecei a pedir carona com uma mochila nas costas. Depois de um tempo pedindo um caminhoneiro parou e me ofereceu ajuda. Entrei e ele perguntou para onde eu ia. Devolvi a pergunta e ele respondeu “Bahia”. Sem pensar duas vezes emendei “Eu também”. Sim, era loucura. Sim, fiz sem pensar. Sim, eu precisava fazer alguma coisa com a minha vida. Podem imaginar que foi uma fuga e eu respondo, foi mesmo uma fuga. Mas eu precisava daquilo. Precisava me livrar daquela loucura que a minha vida se transformava. Precisava me livrar daquela areia movediça que me tragava. Sim. Precisava me livrar de Camila. É duro dizer isso de alguém que é tão importante para a gente, da mulher que amamos, mas era necessário. Ca