O CLUBE DOS 23: BANGU




Hoje “O clube dos 23” fala de um dos clubes mais queridos do futebol brasileiro. Dos “mulatinhos rosados” cuja torcida reunida até parece a do Fla x Flu.

Vamos falar do Bangu. 

Bangu Atlético Clube (fundado como The Bangu Athletic Club) é uma agremiação esportiva da cidade do Rio de Janeiro, capital do estado do Rio de Janeiro, oficialmente fundada a 17 de abril de 1904, mas o futebol já era praticado neste bairro do Rio de Janeiro que o Alvirrubro Suburbano carrega no nome desde o Século XIX.

O Bangu é o 5º time do Rio de Janeiro em títulos internacionais, com um total de 10 títulos (1 em 1957, 3 em 1958, 1 em 1960, 1 em 1961, 1 em 1984, 1 em 1998 e 1 em 1999).

Entre as principais conquistas do Bangu, se destacam o vice-campeonato Brasileiro, em 1985, e os títulos do Campeonato Carioca nos anos de 1933 e 1966.

O seu uniforme é composto por camisas com listras verticais vermelhas e brancas, calções brancos e meias com listas horizontais na mesma cor da camisa, sendo que desde sua fundação o clube tem por meta se desenvolver em três setores: o social, o cultural e o esportivo, pois tanto isso é verdade que no seu escudo, as letras B, A, C não são simples desenhos, cada qual representa um objeto.

O "B" significa um pincenê, espécie de monóculos muito usado no século XX, e que representa o lado "intelectual" do clube. O "A" é um suporte para pintura de telas, mostrando uma vocação para o lado cultural e o "C" representa uma ferradura, desejando sorte nas atividades esportivas, tudo isso sobreposto sobre faixas diagonais vermelhas e brancas, desenhado em 1904, pelo chefe da seção de gravura da Fábrica Bangu, o português José Villas Boas.

O seu mascote um castor, em alusão ao bicheiro Castor de Andrade, que foi presidente de honra e grande financiador do Bangu até o fim da década de 80, com recursos provenientes do jogo do bicho sendo o grande responsável pela conquista do título de campeão carioca de futebol de 1966 e pelo vice-campeonato brasileiro de 1985 perdendo a decisão para o Coritiba na final, na disputa de pênaltis, no Maracanã.

O Bangu é atualmente o 122º colocado no ranking da CBF e o sexto nos rankings cariocas de títulos e de pontos ganhos, entre outros.

A origem do clube de futebol surge na extinta Fábrica Bangu, que existia no bairro de mesmo nome, localizado na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Alguns britânicos que trabalhavam no local, especialmente o escocês Thomas Donohoe, apresentaram o esporte para os brasileiros, trazendo bolas de futebol ao Brasil ainda no Século XIX.

A primeira partida disputada no bairro de Bangu foi em 1894 embora a história "oficial" do início do futebol brasileiro não registre o fato, que conta com farta documentação reunida pelo historiador banguense Carlos Molinari. 

A versão que indica Charles Muller como introdutor do futebol no Brasil procura desqualificar esse momento alegando que os jogos realizados anteriormente não ocorreram em campos com medidas oficiais, tampouco com uma organização que previa, entre outras coisas, uniformes às equipes.

Em dezembro de 1903, o inglês Andrew Procter sugeriu a fundação de um "club", após observar o entusiasmo de seus colegas. A fundação ocorreu em 17 de abril de 1904, quando foi fundado oficialmente o Bangu Atlético Clube.

O primeiro jogo aconteceu no dia 24 de julho de 1904 contra o Rio Cricket and Athletic Association, clube de origem inglesa de Niterói, com derrota por 5 a 0. Contudo, já no jogo seguinte, o Bangu conquistou sua primeira vitória: 6 a 0 contra o Andaraí.

Em 1905 o Bangu foi um dos fundadores da primeira Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e, desde o início, teve seu nome vinculado à classe operária fabril e ao bairro que carrega no nome.

No Campeonato Carioca de 1916 o Bangu terminou empatado com o Botafogo de Futebol e Regatas na segunda colocação. O campeão foi o America Football Club, com quem o Bangu faz o importante clássico, menos visado na atualidade, mas com uma história gloriosa, America versus Bangu.

O Bangu sempre teve tradição de revelar grandes jogadores e, no final da década de 1920, lançou Domingos da Guia, lenda do futebol brasileiro conhecido como El Divino Mestre, com passagens em outros grandes clubes do Brasil, da Argentina e do Uruguai e pai de outra grande revelação do Bangu, Ademir da Guia.

Em 1921 três importantes jogadores banguenses, Claudionor Corrêa, Américo Pastor e José de Mattos, foram convocados para defender a Seleção Brasileira no Sul Americano, na Argentina, mas como eram operários da Fábrica Bangu não foram liberados por seus chefes para disputar a competição. Em 1921, o aniversário de 17 anos do clube o Bangu derrota o Botafogo por 3 a 1 e ganha a Taça James Hartley.

No ano de 1929 o Bangu ganhava o curioso apelido de Mulatinhos Rosados
Há duas versões para a história. Na primeira, o apelido levava em conta que o time do Bangu era formado basicamente por mulatos. Como suas camisas desbotavam ao suarem, as listras vermelhas pareciam rosadas, surgiu o nome. Na segunda versão, o presidente da época, Antônio Pedroso, para responder a um dirigente adversário que dissera "Como tem crioulo neste time!", respondeu: "Crioulos não, mulatinhos rosados". A história ocorrida com o clube brasileiro pioneiro na luta contra o racismo no futebol brasileiro, ainda em 1905, deve ser entendida de maneira extremamente simpática e singela, se não folclórica.

Em 1933 a superioridade do Bangu na conquista de seu primeiro Campeonato Carioca foi incontestável, pois, em 10 jogos venceu 7, empatou 2 e perdeu apenas 1 com 35 gols em 10 jogos. Uma média impressionante de 3,5 gols por jogo. Na final Fluminense versus Bangu, vitória sobre o tricolor por 4 a 0.

Fotos:

Time campeão 1966



Estádio Moça Bonita


Gilmar


Domingos da Guia


Mauro Galvão


Zizinho


Arturzinho


Moisés


Ademir da Guia


Paulo Borges


Marinho


Vídeos:

Campeão carioca 1966


Campeão da Taça Rio 1987


Campeão carioca série B 2008


Bangu 6 x 2 Flamengo em 1983  




Campeonato carioca 1985 (vice campeão)


Campeonato brasileiro 1985 (vice campeão)


Bem. Aí está um pouco da centenária história do Bangu que longe dos campeonatos nacionais luta por dias melhores na série A do campeonato carioca.


Semana que vem, no último “O clube dos 23” do ano tem Portuguesa de Desportos.



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PONTE PRETA

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