A COPA NA MÍDIA


*Coluna publicada no blog "Ouro de Tolo" em 29/6/2014


Semana passada escrevi uma crônica para o Ouro de Tolo falando da copa na TV. Mas pensando bem acho que posso alastrar para a mídia toda porque na verdade temos várias copas em uma só.

Eu mesmo acompanho por inúmeras mídias.

Assim como a grande maioria dos brasileiros que acompanham pela tv vejo os jogos, principalmente do Brasil, pela Globo e na última segunda-feira não consegui acompanhar pela emissora.

E senti falta. Nunca mais eu xingo o Galvão Bueno.

Senti falta primeiro porque apesar de reclamarmos estamos acostumados com narrações “padrão Globo”. Narrações quentes, com um Galvão passional, enlouquecido narrando parcialmente. Vi até o primeiro gol pelo SPORTV e depois pela Band. 

Achei as duas transmissões frias, impessoais, não pareciam narrar uma copa do mundo.

O outro desespero foi ver a transmissão em HD. A bola estava com os camaroneses e a vizinhança já gritava gol. Delay de pelo menos cinco segundos. 

Entre os jogos costumo caminhar e nesse momento ouço a rádio Globo. Às vezes quando não consigo chegar em tempo também ouço parte dos jogos.
Impressionante como caiu o nível da emissora. A rádio Globo virou a emissora do Luis Penido, excelente narrador apesar de ser exagerado e do ótimo Eraldo Leite.

O restante da equipe me parece ser feita por pessoas inexperientes misturadas com veteranos que provocam risadas involuntárias como Cláudio Perrout e gente que está ali e ainda não entendi o porque como Dé, o aranha.

O bom da rádio Globo fica pelo show de informações com repórteres em todos os lados passando tudo que ocorre na copa do mundo. Também curto transmissão de jogo pelo rádio e como eu disse, o Penido é fera.

Lamentando novamente o garotinho José Carlos Araújo estar fora das grandes emissoras em um momento como esse.

Aos poucos começo a me habituar com os programas especiais dos canais de assinatura para a copa. Virei espectador do “Madruga SPORTV” (que por acaso estou assistindo agora).

Não esperem um programa sensacional com “furos de reportagens”. É um programa simpático feito por apresentadores simpáticos e notícias requentadas. Não é fácil apresentar um programa ao vivo por sete horas, todos os dias. Segurar a atenção dos telespectadores com tantas emissoras concorrentes.

Mas acaba ocorrendo o que ocorre comigo. Eu deixo lá e muitas vezes nem presto atenção, só por saber que o programa é ao vivo e assim me sinto acompanhado.

Outro programa que me chamou a atenção foi o “Extra Ordinários” que faz jus ao nome chegando próximo ao ordinário.

Juntaram um monte de gente que não entende nada de futebol no programa para falar um monte de abobrinhas. Maitê Proença parece estar chapada, os cassetas há pelo menos duas copas não tem mais graça, Paulo Miklos nunca foi nem um dos três melhores Titãs e o inteligente Peninha se acha mais engraçado do que realmente é.

Eu já desisti desse programa.

Como às vezes da vontade de desistir das redes sociais como facebook e twitter.

A impressão que as redes sociais dão é que a Colômbia reinventou o futebol, o Uruguai é o Deus da raça, o Chile é a “Roja mecânica”, a Alemanha vai enfiar chucrute em todo mundo, a França fará uma nova queda das Bastilha e a cada dia temos uma nova seleção campeã do mundo.  

Ale, claro, que o único país que jogou rigorosamente nada na copa é o Brasil.  

O Brasil é um país corneteiro por natureza, chato também e babaca algumas vezes. Basta verem comerciais como o da Skol zoando o hino argentino.

Semana que vem tem mais corneta porque a mídia nunca para de dar motivos.  

 

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