2019


E chega ao fim mais uma história, a história de 2019.

Uma história com todos os elementos de um folhetim, para uns uma boa história, para outros ruim, o problema é que acham que bastam subir os letreiros e iniciar uma nova história que essa nova automaticamente será boa. As coisas não são bem assim, um tempo atrás aprendi isso e desde então tenho gostado das minhas.

Evidente que nem tudo é bom na história contada em um ano. A de 2019 começou com algumas decepções, projetos que não deram certo, mas logo levantamos a cabeça e partimos para outros até porque tinha muita coisa importante para ocorrer. O ano que logo em seu início se mostrou diferente. Como nunca na vida curti o pré carnaval, fui a blocos mesmo com Sol na cabeça, multidão e adorei, adorei como hoje adoro ir na praia provando que nunca é tarde para aprendermos coisas novas. mas esse período prosseguiu curioso porque assim como curti em blocos o pré carnaval viajei no carnaval. Pois é, viajei, pela primeira vez em 24 anos passei o carnaval fora do Rio indo para Teresópolis curtindo o carnaval de rua de lá e só vendo desfiles de escolas de samba pela tv, e  posso dizer? Adorei. Quem me acompanha aqui viu a transformação da minha relação com o carnaval ao longo dos anos e posso dizer que estou feliz hoje afastado dele mesmo ainda gostando do mesmo e respeitando, mas o afastamento às vezes é necessário para o amor permanecer.

Amor pela escrita, pela literatura cada vez é mais presente. Começo de março me deu oportunidade de estar com meus livros em hostel em Botafogo, logo depois em evento na Portela mais uma vez, também estive na Bienal do Rio, pelo primeira vez como escritor em evento tão importante para mim,  evento que fui várias vezes criança. Estive lá com "Princesa Bia e o reino encantado" e "As mais belas cartas de amor que não escrevi" e em novembro estive no "Poeta saia da gaveta" no Méier. Momentos emocionantes, importantes, mas o mais importante, sem dúvidas, foi estar com as crianças do CCIG falando do "Princesa Bia" e contando da minha história, eu que comecei como ciiança ouvindo escritores falarem me vi ali no lugar deles.

Ano intenso do PACIG. Depois do sucesso da "Ponte" continuamos ousando e logo em janeiro filmamos nosso segundo curta "Ainda lembro". Não só isso, filmamos mais três curtas e em agosto fizemos no Ilha Plaza a "Primeira Mostra Pacig de cinema". O nosso Polo continua e durante todo o ano preparou o filme "Camarada Jonas" que vem a ser nosso primeiro longa e que deve estrear em 2020 fazendo muito barulho.

Barulho..Fiz barulho no teatro, não só pelas conquistas como pelas mudanças. Em abril se encerrou o projeto "Dona Carola" com Os Carolas simplesmente por não vermos mais aonde crescer ali. Decisão polêmica sim, que deve ter trazido mágoas, mas necessária porque botei na cabeça que não deixarei mais ninguém atrapalhar meus sonhos. Abril marcou também a grande mudança na minha vida como autor teatral passando a ser costume peças de teatro minhas em teatros pelo Rio de Janeiro. Foi o mês de estreia de "A farsa de uma nação" no Fashion Mall em São Conrado. Com grande equipe que contava com gente experiente a peça ficou um mês em cartaz indo muito bem apesar dos problemas internos. Problemas que se repetiram na nova versão de Dona Carola que ficou em cartaz em setembro no Grandes Atores na Barra. Problemas que ficaram menores perto do que representou para mim essa mudança de patamar e as pessoas que esses projetos me trouxeram.

Gente como Lucas Caldeira que fez um personagem na Farsa e se tornou grande amigo. Entrou nos projetos de curtas do PACIG, em Camarada Jonas e junto com outro cara que marcou demais minha vida esse ano, Raffa Bagesteiro, pegou a esquete de "A ponte" e transformou na peça teatral "A Ponte entre nós" sendo encenada no mês de setembro no Solar de Botafogo e entre novembro e dezembro no CEDARCO em Copacabana. Visceral, bem humorada, agressiva, apaixonante, Lucas e Raffa fizeram uma grande peça de meu texto e nós uma bela parceria

Parceria. Várias foram as parcerias em 2019. Parceria com Gilberto D `Alma que fez uma maravilhosa adaptação de "Os filhos da miséria" em uma leitura inesquecível no CCIG, parceria com Hertz Feliz que encenou "Entre nós" em Juazeiro, com Gabriel Télie que encenou "A farsa de uma nação" e "Dona Carola" permitindo assim que eu conhecesse muita gente importante, com Fatima Montenegro, Analua Dias, Vic, Barbara, Lucas em "Michael", o último projeto do ano que me fez ter a honra de ter uma peça encenada em uma feira para portadores de necessidades especial no Parque Olímpico e conhecer o Christian, um dos melhores atores que tive a oportunidade de trabalhar. Parceria com a galera de "Camarada Jonas" que passou o ano inteiro junta batalhando por esse projeto..Amiizades que se dissolveram com o ano, outras que chegaram, outras que nos deram susto, mas que Deus continuou ajudando a manter como do meu irmão Cadinho, parcerias que se Deus quiser serão pra sempre como com a minha Lu.

Se tem algo que me fez feliz em 2019 foi atravessar o ano inteiro com a Luciana. Minha namorada, noiva, mulher, melhor amiga. Em todos os meus momentos importantes do ano ela esteve presente, até porque não seriam importantes se ela não estivesse. Nosso amor se consolidou, nossos objetivos, planos cada vez mais fortes, focados, somos uma dupla, um time, uma parceria, uma história de amor que deu certo. Obrigado Lu por sempre estar ao meu lado, por ser essa companheira, essa pessoa tão especial. Ela me faz tão bem e eu também quero fazer isso por ela.

Lu é minha família, assim como minha querida avó Lieida que esteve em dezembro aqui no Rio. Com 86 anos lúcida, memória privilegiada, às vezes sinto pena dela, acho que poderia estar em um melhor momento de vida mesmo com idade avançada, mas viveu em sua plenitude, teve uma vida privilegiada e espero que ainda tenha essa vida por muitos anos. Minha avó é a minha infância ainda viva, minhas mais doces lembranças, eu sou essência dela, de minha mae também que em 2020 faz 15 anos que partiu..Eu sou a criação delas e sendo essa criação tento criar da melhor maneira posível.

Criar minhas histórias, meu futuro, minha família, meus filhos..Bia com 10 anos, pré adolescente, não é a mais  minha menininha em tamanho, está com muito mais que três palmos do chão, mas para sempre será minha Bibica Cara de Pinica. Bia já tem seus ídolos, seus crushs, sua vaidade e a qualquer momento virará mocinha. Estou preparado para isso? Não sei, mas quem se importa? Não quero me preparar, quero viver.

Gabriel com seis é malandrinho, gosta de andar com os caras mais velhos, se  mostrrar espertão, mas tem cara de menino pidão, que sempre precisa de colo e isso vai lhe trazer muitos romances pela frente, que não faça as besteiras que seu pai fez. Lucas com três é um docinho, sorriso cativante, menino lindo que em 2020 vai pra escola. Melhores filhos que um pai poderia ter. Sou um privilegiado.

Privilegiado por dizer que 2019 foi um ano legal pra mim mesmo com tanta gente reclamando dele. Até o Flamengo resolveu ajudar esse ano!! Ano épico onde lembramos que em 81 botamos os ingleses na roda e pedimos o mundo de novo. Ele não veio, mas veio o mais importante, graças a 2019 meus filhos viraram Flamengo. Ano que me mantive com menos de 80 quilos seu período inteiro, ano bacana. O ano de 2019 chega perto do "The End" e como dizia o Gentil e, "A farsa de uma nação" não posso me queixar. Eu gostei dessa história, valeu o ingresso.

E sabe quem faz a história de um ano ser boa ou não? Nós. Isso aí. Nós somos os escritores de nossas histórias, de nossos anos. Teremos comédia, drama, romance, aventura, suspense como toda boa história, todo bom ano, mas somos nós que conduzimos o ano. Quando percebermos que não somos conduzidos e sim condutores de nosso tempo começaremos a gostar mais dessas histórias e aplaudir de pé.

Que venha uma nova história!! Que venha 2020!!


Feliz ano novo!!


*Trocando em miúdos se despede de 2019 com 110 postagens e mais de 200 mil visualizações agradecendo a todos que nos acompanham. Ele entra de férias e volta em março reformulado, mas pronto para criar mais histórias. Se despede com aquela que foi a música do ano para mim.  


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