CINEBLOG: CINDERELA BAIANA


Cineblog vem hoje com um "filme cult", uma verdadeira pérola dos anos 90 trazendo o grande fenômeno da época Carla Perez.

Cineblog orgulhosamente, ou nem tanto, apresenta:


Cinderela Baiana



Cinderela Baiana é um filme biográfico semi-ficcional de comédia romântica brasileiro, originalmente lançado em 1998. Dirigido por Conrado Sanchez (que também escreveu o roteiro, apesar de seu nome não ter sido listado nos créditos por isto) e produzido por A. P. Galante (em um de seus últimos trabalhos antes de sua aposentadoria no mesmo ano), é uma cinebiografia excessivamente ficcionalizada da dançarina Carla Perez, famosa por ser uma ex-integrante do grupo de axé É o Tchan!. O filme é notável por ser o primeiro trabalho de Perez, dos atores então desconhecidos Lázaro Ramos e Lucci Ferreira, e do músico Alexandre Pires (vocalista do grupo de samba Só pra Contrariar e à época namorado de Carla Perez) no cinema, e também conta com aparições especiais dos cantores Netinho e Cátia Guimma interpretando a si mesmos.

Cinderela Baiana foi um fracasso retumbante, não só de bilheteria como de crítica, e até os dias atuais é considerado um dos piores filmes já feitos pela indústria cinematográfica brasileira.


Enredo



Carla Perez (interpretada por Carla Fabianny quando criança e por si mesma quando adulta) vive com o pai Raimundo (Armindo Bião) e com a mãe tuberculosa cujo nome nunca é mencionado (Juliana Calil) em uma pequena e pobre cabana localizada em algum lugar no meio do sertão da Bahia. Após a morte de sua mãe, Carla e seu pai se mudam para Salvador, onde têm esperanças de conseguir melhores condições de vida. Carla, tendo uma paixão inata pela dança, logo é avistada pelo excêntrico agente artístico Pierre (Perry Salles) e seu assistente Beto (Josevaldo Oliveira); ela inicialmente fica entusiasmada com sua fama recém-adquirida, mas logo descobre que Pierre é um homem inescrupuloso interessado somente nos lucros de sua exploração. Ajudada por seus dois amigos vagabundos, Bucha (Lucci Ferreira) e Chico (Lázaro Ramos), e por seu namorado, Alexandre Pires (interpretado por si mesmo), ela ganha forças para lutar contra Pierre e viver com a liberdade que deseja.


Recepção



O filme foi massacrado pelo público e pela crítica especializada, destacando entre os principais fatores a performance amadoresca e embaçada de Perez, o enredo clichê (comparado por um crítico a um "plágio pobre de Uma Linda Mulher"), inúmeras inconsistências narrativas e a atuação ridiculamente exagerada de Perry Salles como Pierre. Ele tem uma nota de 2,3 de 10 no Internet Movie Database e de 2 de 5 no Filmow, com base em 741 votos. Perez anunciou numa entrevista de 2008 que renegara o filme, dizendo que "se arrependia dele como atriz", e a seu pedido foi retirado de circulação alguns anos depois de seu lançamento; assim sendo, cópias físicas do filme são extremamente raras e difíceis de se obter.
 Entrementes, ele conseguiu sobreviver por intermédio de sites de compartilhamento de arquivos, e foi postado na íntegra no YouTube em 30 de janeiro de 2013. O filme acabou por adquirir um status de clássico cult entre apreciadores de filmes trash, e trechos dele são amplamente utilizados como fontes para YouTube Poops.

Em 15 de março de 2010, a revista Veja fez uma lista dos 10 piores filmes brasileiros de todos os tempos, e Cinderela Baiana apareceu em primeiro lugar. A autora da lista, Pollyane Lima e Silva, afirmou que "tudo já começou errado quando alguém pensou que uma dançarina de axé, por melhor que fosse, mereceria uma cinebiografia". Também se referiu ao filme como sendo uma "vergonha".

O escritor, blogueiro e crítico de cinema Renzo Mora incluiu Cinderela Baiana em seu livro de 2009 25 Filmes que Podem Arruinar a Sua Vida!. Comentando sobre o filme, disse que era "o pior entre os outros 24".

Em dezembro de 2015, "fãs" do filme iniciaram uma petição virtual humorística para que ele passasse a ser exibido pelo Netflix. A petição não obteve sucesso, porém apesar da recepção unanimemente negativa que o filme recebeu, Lázaro Ramos afirmou numa entrevista de 2015 que "não se arrepende de ter participado dele" e que, graças ao salário que recebeu, foi capaz de deixar seu emprego como técnico de laboratório de patologia e pagar aulas de teatro.

Em 2016, foi incluído na lista dos "20 piores filmes de todos os tempos" do Estadão, na 12ª posição.

Nos créditos de abertura do filme, o título está erroneamente grafado como Cinderela Bahiana.


Prêmios


Ta de sacanagem né?


Cineblog volta semana que vem com outro clássico nacional dos anos 90 "Inspetor Faustão e o Mallandro".


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