O QUE EU VI DA VIDA


Hoje estava indo a uma reunião e pensei "É..41 anos.."

Faço 41 anos hoje. Não dá pra dizer que nasci ontem ou que parece que passou rápido, não, passou no tempo que tinha que ser. É uma vida, espero que na pior das hipóteses a metade de uma vida, mas 41 anos de uma história não é de se jogar fora, já é uma boa bagagem.

Aí lembrei de um quadro que tinha no Fantástico com o nome "O que eu vi da vida". Nesse quadro algumas pessoas respondiam exatamente o nome do quadro, tudo que viram de bom e de ruim, suas experiências e aí me veio a pergunta "O que eu vi da vida"?

Vi muita coisa, mas espero que pouco ainda perto do que verei. Mas vi sim muitas coisas e muitas coisas bonitas. Sim, bonitas, data de aniversário normalmente serve para nos deprimir ou nos pegar em um bom momento que só nos faz agradecer, eu estou mais para a segunda situação hoje então só posso agradecer.

Viver é bom e todo mundo gosta de viver, quer viver, ninguém quer morrer. A pessoa que está enferma ou deprimida e diz "Quero morrer" ou "Deus, me leve logo" não quer morrer, quer na verdade aplacar aquela dor, ficar bem e em seu desespero só percebe como a única opção de melhora morrer, mas como diz a música do lendário Gonzaguinha "Ninguém quer a morte, só saúde e sorte".

Viver é muito bom, é muito legal, só que andamos em tempos tão chatos que nos acostumamos a reclamar e não vemos as coisas boas que existem a nossa volta.

Eu quero viver, eu gosto de viver, eu gosto dos amores que tive e tenho, gosto dos amigos que fiz na minha vida, gosto das coisas que fiz com a consciência que já fiz muitas coisas legais e quero fazer muito mais ainda, tenho um mundo a conquistar. Só peço saúde, o resto eu resolvo.

Saúde, a gente passa dos 40 e se preocupa mais com isso, fica mais paranoico, mais pensativo. Passando dos 40 a gente não vê mais a morte como um futuro distante, normalmente também não está tão peto, mas está no caminho.

Caminho que alguns chamam de destino e tem vários cruzamentos. Em alguns com potes de ouro e outros armadilhas. Cabe a nós ter discernimento que fatalmente bateremos de frente com os dois em algum momento e nesse momento termos a sabedoria de avaliar que nenhum deles é definitivo. O ouro acaba e a gente consegue sair da armadilha.

Encontrei alguns potes de ouro nesses 41 anos, algumas armadilhas também, mas nenhum deles me impediu de continuar seguindo meu caminho e nunca esse caminho esteve tão florido. Um Sol forte reflete em mim na esperança de realização de sonhos. Para esses sonhos tive que abrir mão de algumas coisas, mas não podemos ter tudo. só o que cabe de verdade a nós.

Mais um 9 de agosto em minha vida. Um dia fui presente para minha avó nascendo no dia do seu aniversário, o caminho me trouxe dentro de um pote de ouro Gabriel que nasceu no dia do meu. Os três de 9 de agosto, três gerações no mesmo caminho.

Levando os ensinamentos de minha avó e tentando deixar bons exemplos para meu menino, pessoas das mais importantes da minha vida, continuo seguindo o caminho entre potes de ouro e armadilhas vendo que a vida pode reservar ainda mais momentos marcantes. Quero ver muitas coisas da vida ainda.

O que eu vi da vida? Pouco ainda diante de um universo que quero enxergar.


Esse artigo de hoje dedico a você dona Lieida, feliz aniversário.


E a você meu meninão, meu Gabriel.    

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