TROCANDO EM ARTES: DOM CASMURRO


Trocando em artes começa 2019 iniciando uma nova seção, a de literatura e nada melhor que começar essa nova série com um dos maiores clássicos da literatura mundial.


Trocando em artes orgulhosamente apresenta:


Dom Casmurro


 Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1899 pela Livraria Garnier. Escrito para publicação em livro, o que ocorreu em 1900 – embora com data do ano anterior, ao contrário de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891), escritos antes em folhetins –, é considerado pela crítica o terceiro romance da "Trilogia Realista" de Machado de Assis, ao lado desses outros dois, embora o próprio autor não tenha formulado esta categoria.

Seu protagonista é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida", ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos, Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Ambientado no Rio de Janeiro do Segundo Império, se inicia com um episódio que seria recente, no qual o narrador recebe a alcunha de "Dom Casmurro", daí o título do romance. Machado de Assis o escreveu utilizando ferramentas literárias como a ironia e a intertextualidade, fazendo referências a Schopenhauer e, sobretudo, à peça Otelo, o Mouro de Veneza de Shakespeare.

Ao longo dos anos, Dom Casmurro, com seus temas do ciúme, a ambiguidade de Capitu, o retrato moral da época e o caráter do narrador, recebeu inúmeros estudos, adaptações para outras mídias e interpretações no mundo inteiro: desde psicológicas e psicanalíticas na crítica literária dos anos 30 e dos anos 40, passando pela crítica literária feminista na década de 1970, até sociológicas da década de 1980, e adiante. Creditado como um precursor do Modernismo e de ideias posteriormente escritas pelo criador da psicanálise Sigmund Freud, o livro influenciou os escritores John Barth, Graciliano Ramos e Dalton Trevisan e é considerado por alguns, disputando com Memórias Póstumas de Brás Cubas, como a obra-prima de Machado. Dom Casmurro foi traduzido para diversas línguas, continua a ser um de seus livros mais famosos e é considerado uma das obras mais fundamentais de toda a literatura brasileira.


Enredo


Narrado com foco narrativo em primeira pessoa, seu personagem principal é o carioca de 54 anos Bento de Albuquerque Santiago, advogado solitário e bem-estabelecido que, após ter reproduzido tal qual, no Engenho Novo, a casa em que foi criado "na antiga R. de Matacavalos" (hoje Riachuelo), pretende "atar as duas pontas da vida e resgatar na velhice a adolescência", ou seja, contar na meia idade seus momentos de moço. No primeiro capítulo, o autor justifica o título: é uma homenagem a um "poeta do trem" que certa vez o importunou com seus versos e que lhe chamou de "Dom Casmurro" por ter, segundo Bento, "fechado os olhos três ou quatro vezes" durante a recitação. Seus vizinhos, que lhe estranhavam os "hábitos reclusos e calados", e também seus amigos próximos, popularizaram a alcunha. Para escrever o livro é inspirado por medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa: imperadores romanos que mataram suas esposas adúlteras.

Nos capítulos adiante Bento começa suas reminiscências: conta as experiências que teve quando sua mãe, a viúva D. Glória, lhe enviou para o seminário, fruto de promessa que ela fez caso acabasse concebendo um novo filho depois de seu primeiro, que morreu no parto; a ideia foi ressuscitada pelo agregado José Dias, que conta a Tio Cosme e à D. Glória o namoro de Bentinho com Capitolina, a vizinha pobre por quem Bentinho era apaixonado. No seminário, Bentinho conhece seu melhor amigo, Ezequiel de Sousa Escobar, filho de um advogado de Curitiba. Bento larga o seminário e estuda direito em São Paulo, enquanto Escobar torna-se comerciante bem sucedido e casa-se com Sancha, amiga de Capitu. Em 1865, Capitu e Bentinho casam; Sancha e Ezequiel têm uma filha que dão o nome de Capitolina, enquanto o protagonista e sua esposa concebem um filho que chamam de Ezequiel. O Escobar companheiro de Bento, que era exímio nadador, paradoxalmente morre afogado em 1871, e no enterro tanto Sancha quanto Capitu olham o defunto fixamente, "Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, , como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã", segundo ele.

Logo o narrador começa a desconfiar que seu melhor amigo e Capitu o traíam às escondidas. Dom Casmurro também passa a duvidar de sua própria paternidade. Diz ele nas últimas linhas:  quis o destino que acabassem juntando-se e enganando-me… O livro termina com o convite irônico "Vamos à História dos Subúrbios", livro que ele, no início do romance, teria pensado escrever antes de ocorrer-lhe a ideia de Dom Casmurro. A ação do romance passa-se entre 1857 e 1875, aproximadamente, e a narrativa, embora de tempo psicológico, permite a percepção de algumas unidades: a infância de Bento em Matacavalos; a casa de Dona Glória e a família do Pádua, com os parentes e agregados; o conhecimento de Capitu; o seminário; a vida conjugal; a densificação do ciúme; os surtos psicóticos de ciúme, agressividade; a ruptura.


Características


A partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Machado de Assis escreveu livros com temas e estilos diferentes de seus romances iniciais, como Ressurreição e A Mão e a Luva. Esses novos romances — que incluem, além de Memórias Póstumas, Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro — são chamados de realistas por possuírem atitude crítica, objetividade e contemporaneidade. Alguns críticos preferem chamar este gênero de "realismo psicológico", por apresentar o interior, o pensamento, a ausência da ação aliada à densidade psicológica e filosófica. No entanto, também há em Dom Casmurro resíduos românticos, como a metáfora erótica em relação à Capitu, descrita com "olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Ian Watt escreveu que o realismo referia-se às experiências empíricas dos homens, mas a recriação do passado através da memória de Bentinho, suas "manchas" de recordação, aproxima o livro do romance impressionista.

Para John Gledson, Dom Casmurro "não é um romance realista no sentido de que nos apresenta abertamente os fatos, sob forma facilmente assimilável. Apresenta-se com eles, mas temos de ler contra a narrativa para descobri-los e conectá-los por nós mesmos. Na medida em que assim procedermos, descobriremos mais não só acerca dos personagens e dos acontecimentos descritos na história, mas também sobre o protagonista, Bento, o próprio narrador." Assim, podemos concluir que Dom Casmurro é um romance realista voltado para a análise (ou exposição) psicológica e que critica ironicamente a sociedade, no caso da elite carioca, a partir do comportamento de determinados personagens. Os críticos também notam certos elementos do modernismo em Dom Casmurro. Mesmo alguns, como Roberto Schwarz, arriscam considerar que este é o "primeiro romance modernista brasileiro". Isso deve-se fundamentalmente a seus capítulos curtos, à estrutura fragmentária não-linear, ao gosto pelo elíptico e alusivo, à postura metalinguística de quem escreve e se vê escrevendo, às intromissões na narrativa e à possibilidade de várias leituras ou interpretações: elementos "anti-literários" que só seriam popularizados com o modernismo décadas mais tarde.

Outros ainda o vêem como um romance policial, onde o leitor teria que investigar os pormenores das ações desconfiando das visões do narrador para chegar a uma conclusão sobre a veracidade do adultério, já que "desde o início há incongruências, passos obscuros, ênfases desconcertantes, que formam um enigma." Entre essas pistas estariam: a metáfora dos "olhos de ressaca" e dos "olhos de cigana oblíqua e dissimulada", o paralelo com o drama shakespeariano de Otelo e Desdêmona, a aproximação com a ópera do tenor Marcolini (o duo, o trio e o quatuor), as "semelhanças esquisitas", as relações com Escobar no seminário, a lucidez de Capitu e o obscurantismo de Bentinho, a imaginação delirante e perversa do ex-seminarista, o preceito bíblico do Eclesiastes no final do livro.


Influências e diálogos


Dom Casmurro, assim como Memórias Póstumas de Brás Cubas, possui estilo próprio e elementos "anti-literários" que só seriam popularizados com o modernismo décadas mais tarde: capítulos curtos, estrutura fragmentária não-linear, tendência ao elíptico e alusivo, postura metalinguística de quem escreve e se vê escrevendo, intromissões na narrativa e possibilidade de várias leituras e interpretações.

Oswald de Andrade, nome de destaque da importante Semana de Arte Moderna de 1922, cujo estilo literário, assim como o de Mário de Andrade, se insere na tradição experimental, metalinguística e citadina mais ou menos dialogável com a obra de Machado de Assis, tinha Dom Casmurro como um de seus livros preferidos e encarava o escritor como um mestre do romance brasileiro. A influência mais direta do livro, no entanto, é estrangeira; John Barth escreveu A Ópera Flutuante (1956) que, na comparação de David Morrell, possui traços semelhantes ao enredo de Dom Casmurro, como o de que os personagens principais dos dois livros são advogados, chegam a pensar em suicídio e a comparar a vida a uma ópera, e vivem transtornados num triângulo amoroso. Na verdade, todas as primeiras obras de Barth sofreram forte influência deste livro de Machado de Assis, principalmente sua técnica de escrever o romance e o enredo de Dom Casmurro. Dom Casmurro também dialoga com Grande Sertão: Veredas (1956), em que Guimarães Rosa retoma a "viagem de memória" presente no livro de Machado.

O desafio de Bentinho em atrair e conquistar Capitu para lograr seu objetivo interessado nas prendas da namorada — atitude identificada como "modelo senhorial e possessivo que prescinde de maiores sutilezas" — influenciou indiretamente Graciliano Ramos ao escrever um de seus mais famosos romances modernistas do século XX, São Bernardo (1934), ao retratar a ação direta de Paulo Honório na captura de Madalena. Dom Casmurro também influenciou, só que dessa vez explicitamente, o conto "Capitu Sou Eu", de Dalton Trevisan, publicado num livro de contos homônimo em 2003, em que uma professora e um aluno rebelde tem um caso doentio e discutem sobre o caráter da personagem.

A crítica moderna também atribui a Dom Casmurro ideias e conceitos que seriam posteriormente desenvolvidos por Sigmund Freud e seus projetos de psicanálise. O livro de Machado é publicado no mesmo ano que sua Interpretação dos Sonhos, e Dom Casmurro já escrevia frases como "Penso que lhe senti o sabor da felicidade no leite que me deu a mamar", alusão àquilo que Freud veio chamar de fase oral na psicanálise, em relação à boca-seio, no que alguns chamam de "premonição freudiana". O menino Bentinho era introspectivo e seus devaneios substituíam parte da realidade: "Os sonhos do acordado são como os outros sonhos, tecem-se pelos desenhos das nossas inclinações e das nossas recordações", escreve o Dom Casmurro já velho, numa antecipação do conceito freudiano que concebe a unidade da vida psicológica no sonho e na vigília.

As diversas adaptações posteriores de Dom Casmurro, em inúmeras mídias e formas, também comprova o diálogo e a influência que o romance continua realizando nas mais diferentes áreas, seja no cinema, no teatro, na música popular e erudita, na televisão, nos quadrinhos, na própria literatura etc.


Crítica


Brevemente, pode-se dizer que a crítica de Dom Casmurro é relativamente recente. Recebeu aval dos contemporâneos de Machado e as críticas posteriores à sua morte trataram de analisar o personagem Bento e sua situação psicológica. Dom Casmurro também foi aproveitada por estudos da sexualidade e da psique humana, e do existencialismo assim que comumente nos tempos recentes atribuiu-se à obra machadiana uma abertura de interpretações.

No entanto, o primeiro tratado que revigorou o papel do romance, escrito por Helen Caldwell na década de 1960, não desfrutou de impactos no Brasil. Só recentemente, através de Silviano Santiago, em 1969, e principalmente Roberto Schwarz em 1991, o livro de Caldwell foi descoberto e abriu novas propostas para a obra machadiana. Esta também foi a década que Machado de Assis teve maior relevância crítica na França e o romance recebeu comentários importantes através de tradutores franceses; o livro escrito por Dom Casmurro interessou principalmente as revistas literárias de psicologia e de psiquiatria, que também recomendavam a leitura de L'Aliéniste, "O Alienista", a seus leitores.

A crítica moderna, muito influenciada pelo histórico de interpretações do romance, que examinaremos a seguir, identifica nos dias de hoje três leituras sucessivas de Dom Casmurro, a saber:

1. Romanesca, é a história da formação e decomposição de um amor, do idílio da adolescência, passando pelo casamento, até a morte da companheira e do filho duvidoso.

2. Próxima do romance psicanalítico e policial, é o libelo acusatório do marido-advogado à cata de prenúncios e evidências do adultério, tido por ele como indubitável.

3. Deve ser realizada à contracorrente, pela inversão do rumo da desconfiança, transformando em réu o próprio narrador, em acusado o acusador.

O histórico das interpretações que se vai ler na próxima seção, destacando a crítica da década de 1930 e 40 até a década de 1980, mostra a reviravolta que se tem feito nas diversas interpretações de Dom Casmurro, sustentada não somente por críticos brasileiros, mas também, e consideravelmente, internacionais. A maioria das interpretações do romance são influenciadas pela sociologia, feminismo e psicanálise, e a maioria também se refere ao tema do ciúme do narrador, Dom Casmurro; algumas argumentando que não existiu adultério e outras que o autor deixou a questão em aberto para o leitor.


Recepção e edições


À época de sua publicação, Dom Casmurro foi elogiado pelos amigos próximos do autor. Medeiros e Albuquerque, por exemplo, dizia ser este "o nosso Otelo". Seu amigo Graça Aranha comentou sobre Capitu: "casada, teve por amante o maior amigo do marido." Sua primeira recepção parece ter acreditado nas palavras do narrador e relacionou o livro com O Primo Basílio (1878) de Eça de Queiroz e com Madame Bovary de Flaubert, isto é, romances de adultério.

José Veríssimo, por sua vez, escreveu que "Dom Casmurro trata de um homem inteligente, sem dúvida, mas simples, que desde rapazinho se deixa iludir pela moça que ainda menina amara, que o enfeitiçara com a sua faceirice calculada, com a sua profunda ciência congênita de dissimulação, a quem ele se dera com todo ardor compatível com o seu temperamento pacato." Veríssimo também fez uma analogia entre Dom Casmurro e o narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas: "Dom Casmurro é o irmão gêmeo, posto que com grandes diferenças de feições, se não de índole, de Brás Cubas."

Silvio Romero já há tempo não aceitava o rompimento de Machado com a linearidade narrativa e com a natureza do enredo tradicional e depreciava sua prosa. Como se sabe, no entanto, a Livraria Garnier publicava os volumes de Machado tanto no Brasil como em Paris e, com este novo livro, a crítica internacional já passava a colocar em dúvida se Eça de Queiroz ainda seria o melhor romancista da língua portuguesa. Artur de Azevedo elogiou a obra duas vezes e numa delas escreveu: "Dom Casmurro é um desses livros impossíveis de resumir, porque é na vida interior de Bento Santiago que reside todo o seu encanto, toda a sua força", e concluiu que "O que é tudo, porém, neste livro sombrio e triste, onde há páginas escritas com lágrimas e sangue, é a fina psicologia das duas figuras capitais e o nobre e soberbo estilo da narrativa."

Machado de Assis comunicou-se em cartas com amigos e recebia outras, satisfeito com os comentários que eram publicados a respeito de seu livro. Dom Casmurro continuou recebendo inúmeras outras críticas e interpretações com o tempo e nos dias atuais é visto como uma das maiores contribuições ao romance impressionista e é tratado por alguns como sendo um dos maiores expoentes do realismo brasileiro.

Publicado pela Livraria Garnier em 1900, embora a imprenta em sua folha de rosto mostrasse o ano anterior, Dom Casmurro foi escrito para sair diretamente em livro, ao contrário de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891) que antes de sua publicação saíram como folhetins. Quincas Borba, por exemplo, saiu em capítulos na revista A Estação entre os anos de 1886 e 1891 para, em 1892, ser publicado definitivamente e o outro de março a dezembro de 1880 na Revista Brasileira até ser editado em 1881 pela Tipografia Nacional.

Garnier, que publicava Machado tanto no Brasil quanto em Paris (sob o nome Hippolyte Garnier), recebeu uma carta do autor em 19 de dezembro de 1899 em francês, que reclamava do atraso na publicação: "Esperamos Dom Casmurro na data em que anunciaram. Peço-vos, com todos nossos interesses, que a primeira remessa de exemplares seja grande o suficiente, porque ela pode acabar rápido, e o atraso da segunda remessa vai prejudicar as vendas" ao que a casa editora respondeu em 12 de janeiro de 1900: "Dom Casmurro não partiu essa semana, trata-se de um atraso de um mês por causas independentes de nossa vontade.

Sua primeira edição foi limitada, porém a composição estava guardada para ser reimpressa assim que se esgotassem os dois mil exemplares iniciais.


Adaptações


As duas adaptações cinematográficas do romance diferem entre si. A primeira, Capitu (1968), dirigida por Paulo Cesar Saraceni, com roteiro de Paulo Emílio Sales Gomes e Lygia Fagundes Telles, e atuação de Isabella, Othon Bastos e Raul Cortez, é uma leitura fiel do livro, enquanto a mais recente, Dom (2003), dirigido por Moacyr Góes, com Marcos Palmeira e Maria Fernanda Cândido, mostra uma abordagem contemporânea sobre o ciúme nos relacionamentos.


A obra também ganhou importantes adaptações para o teatro, tais qual a peça Capitu (1999), com direção de Marcus Vinícius Faustini, premiada e elogiada pela Academia Brasileira de Letras, e Criador e Criatura: o Encontro de Machado e Capitu (2002), livre adaptação de Flávio Aguiar e Ariclê Perez, dirigido por Bibi Ferreira. Antes dessas duas produções, recebeu uma adaptação em ópera, intitulada Dom Casmurro, com libreto de Orlando Codá e música de Ronaldo Miranda, que estreou no Teatro Municipal de São Paulo em 1992.

Luiz Tatit compôs "Capitu", canção interpretada pela cantora Ná Ozzetti.

O compositor Ronaldo Miranda escreveu uma ópera com libreto de Orlando Cordá que estreou em maio de 1992 no Theatro Municipal de São Paulo..

Em 1998, Fernando Sabino publicou pela Editora Ática o romance Amor de Capitu. Nele, a história original foi reescrita em uma narrativa em terceira pessoa.

Em comemoração ao centenário da morte de Machado de Assis, a Rede Globo realizou em 2008 uma microssérie chamada Capitu, dirigida por Luiz Fernando Carvalho, escrita por Euclydes Marinho, com Eliane Giardini, Maria Fernanda Cândido e Michel Melamed, entrelaçando elementos de época como figurinos com elementos modernos que vão desde a trilha sonora, com músicas da banda Beirut, até cenas onde eram mostrados os MP3s.

Dom Casmurro foi adaptado para os quadrinhos por Felipe Greco e Mario Cau. O livro, publicado pela editora Devir, ganhou o Prêmio Jabuti em 2013 (nas categorias "Livro didático e paradidático" e "Ilustração") e o Troféu HQ Mix em 2014 (na categoria "Adaptação para os quadrinhos").

Outras adaptações de Dom Casmurro para quadrinhos também foram lançadas pelas editoras Ática (autores: Ivan Jaf e Rodrigo Rosa) e Nemo (autores: Wellington Srbek e José Aguiar).

Trocando em artes versão literatura volta com outro clássico "O guarani".


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