Capítulo V - Conhecendo o amor

Apesar de dar autógrafos no morro, tirar fotos com meninas que pediam ávidamente os tratando como estrelas Lucas e Léo continuaram os mesmos e com a mesma rotina.

Acordavam cedo na segunda junto com o raiar do Sol e desciam o morro para trabalhar. Construíam, trabalhavam duro carregando tijolos, sacos de cimento, pregando, serrando só com um espaço de meia hora pra almoçar e logo voltavam ao batente.

Em casa na hora do jantar Balão debochava do filho perguntando do dinheiro do prêmio. Lucas respondia que gastou pagando dívidas. O pai ria e ironizava que sabia muito bem como essas dívidas eram pagas, com bebida e mulheres.

Jurema colocava o prato cheio do filho na mesa e pedia que não ligasse pro pai, pois, era um menino ajuizado e tinha muito orgulho dele.

Jéssica começou a namorar Rubens. Um menino do morro, trabalhador. Rubens trabalhava em uma mercaria com o pai e era evangélico. Jéssica acabou se convertendo para acompanhar o namorado.

E Léo e Lucas viraram atração nos bailes de sexta sempre tendo uma horinha por baile pra se apresentar. Eles cantavam músicas de outros MCs e “o sonho” que era o momento que o baile explodia.

Recebiam um cachê modesto por isso e mais um aos sábados e domingos quando acompanhavam a caravana de DJ Mustang e se apresentavam por bailes do Rio de Janeiro.

Léo sempre foi mulherengo e aproveitava esses shows para “pegar as gatinhas”. Era comum que o rapaz saísse com uma diferente a cada show. Lucas era mais centrado e se preocupava mais com seu desenvolvimento artístico, já pensava em novas músicas para criar.

Léo começou um caso com a Mc Lidy, a mais famosa do grupo de Mustang e que tinha mais espaço para se apresentar. Lidy era a celebridade da caravana com músicas tocando em programas dedicados ao funk.

Quando os meninos terminavam suas apresentações iam pra coxia babar com a apresentação de Lidy.

Em uma dessas apresentações, feita em Niterói. Lucas cantava e notou uma menina na platéia que olhava pra ele.

A menina tinha um jeito de novinha, era mesmo tinha sua idade vinte anos. Branca, cabelos negros, bonita. Tinha jeito de bem nascida, estudante universitária e não parava de olhar pra Lucas que chegou a se intimidar com aquele olhar.

Léo notou e cochicou no ouvido do amigo que ela “era gostosa”. Lucas se encheu de coragem e disse que iria improvisar e que o amigo lhe acompanhasse.

Anunciou ao público que cantaria uma antiga do Mc Marcinho e pediu que a platéia cantasse junto.

Olhando para a menina emendou que era para uma pessoa especial que estava na platéia e começou..

“Hoje eu vim para poder falar
Para poder contar o que passou
Falar das coisas que ficou guardado
E que deixei de lado aquele amor
Meu coração, pois, já te entreguei
Pois quando te beijei me apaixonei
Só hoje que o tempo já passou
Que eu pude perceber que eu errei...

Igual a você eu sei que não tem
De 0 a 10 te dou nota 100
E até hoje eu lembro de ti
E ainda sonho que um dia vc vem...”.

O público foi ao delírio e logo depois a apresentação se encerrou. Lucas desceu apressado pro meio do público, mas a menina não estava mais lá. Revirou o baile todo, foi até a portaria e descreveu a menina pro porteiro na esperança que ele tivesse visto algo e nada.

Voltava desolado pra dentro do baile quando ouviu Lidy anunciar ao microfone que tinha uma convidada naquela noite.

Lucas olhou pro palco e viu a garota que procurava. Lidy anunciou “Com vocês minha amiga, a talentosa Mayara !!” sob aplausos do público.

Lucas pelo menos já descobrira o nome, Mayara. A menina pegou o microfone, agradeceu o carinho e disse que tinha se preparado pra cantar uma música pra eles, ensaiado apenas essa, mas que acabaram de cantar. Pediu desculpas pela repetição, mas era a única que poderia cantar.

Falou e começou a cantar a mesma música do Mc Marcinho. Lucas maravilhado ouvia Mayara cantar. Ela nitidamente tinha estudo musical, vocal ao contrário de Lucas e cantou com mais suavidade, beleza.

Léo chegou perto do amigo e ironizando falou “te humilhou”, Lucas respondeu “humilhou nada, salvou minha vida” e saiu em direção a coxia com Léo atrás.

Lidy e Mayara saíam do palco e Lucas foi se apresentar. Estendeu mão a Mayara e quando foi dizer quem era Mayara apertou rapidamente sua mão e respondeu que sabia quem ele era, era o rapaz que roubou sua música.

Virou-se pra Lidy e disse que precisava ir embora agradecendo pela “canja” e partindo sem Lucas conseguir falar mais nada.

Lucas ficou lá paralizado sem conseguir agir e Léo ria brincando com o amigo que ele “tinha perdido”. No mesmo instante Lucas puxou Lidy e pediu informações sobre aquela menina.

Lidy respondeu que era uma amiga dela estudante de medicina da UFRJ, de família boa e não era pro bico dele. Lucas não tomou conhecimento da advertência e pediu alguma informação que pudesse lhe aproximar dela.

Lidy pensou bem e respondeu que ela fazia aula de canto todas as terças e quintas em um curso de técnica vocal no centro da cidade. Lucas pediu endereço do curso e falou que se matricularia lá.

 Terça-feira conforme o prometido Lucas estava no curso. Perguntou quanto era matrícula e mensalidade tomando um susto. Rapidamente pensou em seu orçamento e viu que com alguns apertos dava para pagar se matriculando.

Entrou na sala de aula procurando por Mayara e não encontrou, deixando o rapaz preocupado e pensando se teria se matriculado no curso certo, não estaria gastando dinheiro à toa.  No ambiente encontrou apenas um monte de jovens brancos, bem nutridos de classe média. Lucas, único negro ficou um pouco constrangido, mas se apresentou quando o professor pediu.

Respondeu que se chamava Lucas, morava no morro do Dendê e era Mc, o professor não entendeu muito que queria dizer Mc e Lucas respondeu “funkeiro”.

Algumas risadas foram dadas, mas Lucas não se abalou. Já se acostumara com risos, deboches e que as pessoas não confiassem nele e rapidamente arrumou motivo pra sorrir.

Mayara entrou na sala de aula.    
            
A menina entrou demonstrando cansaço como se tivesse corrido pra chegar e ao fechar a porta pediu desculpas ao professor. Virou-se e viu Lucas tomando um susto.

Ela não conseguia tirar os olhos dele enquanto o professor respondia que não tinha problemas e pedia que os alunos formassem um círculo a sua volta.

Fizeram o círculo e fizeram exercícios vocais com Lucas e Mayara não parando de se olhar.

No fim da aula se encaminhavam pra rua quando Lucas correu atrás de Mayara e chamou por seu nome.

Ela olhou pra trás e Lucas conseguiu se aproximar dando seu sorriso característico. O rapaz perguntou se ela se lembrava dele do baile em Niterói no último fim de semana e Mayara respondeu que sim. 

Lucas pediu desculpas por ter cantado a música que ela havia reservado e Mayara respondeu que tudo bem, essas coisas aconteciam e que ela teria que ir embora, pois, já estava tarde.

Enquanto ela andava Lucas foi atrás e perguntou onde ela morava e a menina respondeu que na Ilha. Ele aproveitou e disse que era uma grande coincidência já que também era da Ilha e perguntou pelo bairro. Mayara respondeu Jardim Guanabara.

O rapaz então disse que para não deixá-la ir embora sozinha se quisesse poderia pegar o ônibus com ela e lhe deixar em casa e depois ele pegava um para sua casa. Nesse momento Mayara pegou uma chave e apontou para um carro destravando a porta.

Lucas constrangido abaixou a cabeça e falou “não sabia que você tinha carro, desculpa”. Mayara sorriu. O primeiro sorriso dela desde que Lucas lhe viu pela primeira vez e o rapaz se despediu começando a andar pro ponto de ônibus.

Mayara observou o rapaz se afastar um pouco e gritou perguntando se ele queria uma carona e assim não deixá-la ir embora sozinha. Lucas sorriu e foi em direção ao carro.

Conversaram no carro e souberam um pouco da vida um do outro. Mayara parou em uma das entradas do Dendê e os dois ouviram som de tiroteio e viram carros da polícia na frente.

A menina perguntou se ele ficaria lá mesmo e Lucas respondeu que não teria como subir. Mayara perguntou o que fazer e ele pediu que a levasse até o bairro Bancários que dormiria numa obra que está fazendo.   

Ela chegou à frente da obra e perguntou se era ali mesmo que ele queria ficar. Lucas respondeu que sim e deu um beijo no rosto da menina agradecendo a carona. Desceu e antes de ir embora Mayara disse “até quinta”.

Lucas sozinho naquela obra inacabada colocou a cabeça em cima de um saco de cimento que fez de travesseiro e sorriu sonhando acordado com Mayara.

Na quinta Lucas já estava cedo no curso e abriu um sorriso quando viu Mayara chegar. A menina dessa vez não chegou atrasada e também sorriu ao ver o funkeiro. Fizeram a aula e no fim Lucas perguntou se ela estava com fome.

Mayara respondeu que sim e ele então falou que tinha um convite pra lhe fazer.
Alguns minutos depois estavam sentados em banquinhos ao lado de uma carrocinha que vendia cachorro quente e hambúrguer.

Comiam um típico “podrão” que vem a ser sanduíche com muitas coisas dentro, ninguém sabe de onde vieram e Mayara parecia se divertir toda lambuzada com sanduíche do tipo que nunca comera.

Mayara contava seus planos, sonhos. Música pra ela era apenas hobby, ela queria ser médica e salvar vidas. Contava sobre sua vida, viagens para Europa, Estados Unidos, baladas que gostava e festas que frequentava.

Lucas percebia que o mundo de Mayara era completamente diferente do seu, mas não parava de tirar os olhos dela, prestar atenção no que falava e não escondia sua fascinação pela moça.

Mayara novamente lhe deixou em casa e na despedida Lucas lhe convidou para na noite seguinte cantar no baile do Dendê com ela. A moça ficou em dúvida, mas falou que iria ver e qualquer coisa lhe avisava. Deu um beijo no rosto do rapaz que desceu do carro feliz.

Na noite seguinte Lucas estava impaciente no baile, nada de Mayara chegar. 

Toda hora ia até a portaria e conversava com o porteiro descrevendo a moça e perguntando se ela chegara com o homem respondendo que não.

Teve um momento que não tinha mais jeito, teriam que subir ao palco. Léo mandou que o parceiro deixasse a “patricinha” pra lá e subissem para o show. Lucas triste abaixou a cabeça e concordou.

Fizeram o show com Lucas olhando fixamente pra porta na esperança que Mayara chegasse, mas nada. Terça ela chegou à sala de aula dando um beijo na cabeça de Lucas que estava sentado e não retribuiu ficando com olhar brabo e quieto.  

Mayara perguntou se ocorrera algo e Lucas respondeu que ficou feito um bobo lhe esperando no baile. Mayara sorriu e disse que em nenhum momento falou que iria só que veria se dava e qualquer coisa lhe avisaria.

Lucas olhou pra menina e começou a rir pedindo desculpas. Os dois gargalharam juntos.

O tempo foi passando e a amizade aumentando. Léo e Jonas provocavam Lucas perguntando quando ele iria se declarar. O rapaz respondia que faltava coragem.

Contou a Mariano na cadeia sobre seu amor e a falta de coragem de se abir e o irmão mandou que fosse em frente, sempre era melhor a certeza que a dúvida.

Lucas e Léo começaram a trabalhar na feitura de uma parede numa casa no Jardim Guanabara e Lucas comentava com o amigo que arrumara coragem e se declararia a Mayara. Léo sorriu e deu um abraço no amigo respondendo que era assim que devia agir.

Continuavam passando cimento entre os tijolos quando Léo percebeu umas pessoas na piscina da casa e perguntou a Lucas se uma das meninas não era Mayara.

Lucas olhou e viu que a menina de biquini que brincava na água com um rapaz era mesmo Mayara. Enquanto Mayara jogava água nele o rapaz tentava lhe agarrar até que em determinado momento ela se jogou em cima dele e os dois se beijaram.

Léo soltou um “merda” e Lucas abaixou a cabeça com olhos marejados continuando o trabalho. Léo botou a mão no ombro do amigo e pediu que ele não se abalasse, o mundo dos dois era completamente diferente e seria melhor assim.

Lucas disfarçando a tristeza e o choro concordou com o amigo e continuou o trabalho.

Algum tempo depois o pai de Mayara pediu a empregada que levasse água para os pedreiros. A empregada estava ocupada fazendo o almoço e Mayara se ofereceu para levar.

Pegou a jarra de água, dois copos e levou até o local tomando um susto quando viu Lucas.

Sorrindo tentou lhe dar um abraço e Lucas desviou. Surpresa a menina disse que não sabia que os dois estavam trabalhando em sua casa e Lucas respondeu que era o dia das surpresas mesmo.

Léo bebeu um copo de água e falou que a casa dela era muito bonita. Mayara agradeceu e Lucas emendou que a piscina era muito bonita também e já tinha lhe visto lá com amigos.

Mayara respondeu que o dia estava quente e pedia uma piscina mesmo. Lucas então falou que não sabia que ela namorava e desejou felicidades.

Mayara sem entender o jeito do rapaz contou que não namorava, Lucas com jeito sério disse que ela não precisava esconder, tinha lhe visto beijar na piscina.

Mayara respondeu que era apenas um ficante, nada demais e o funkeiro emendou que já percebera que as coisas pra ela eram nada demais. A Moça perguntou o que estava acontecendo e Lucas respondeu que nada demais e que ela desse licença e voltasse para a piscina que precisavam trabalhar.

Mayara ainda tentou falar mais alguma coisa, mas Lucas lhe ignorou voltando pro serviço. A moça chateada deixou o local com a jarra e os copos.

Na semana seguinte Lucas foi ao curso de música apenas pra trancar matrícula e se despedir. Dentro da sala agradeceu aos colegas, ao professor, mas precisava sair do curso porque o orçamento apertou e seu trabalho aumentara.

O professor lamentou, os alunos aplaudiram e Lucas acenou a todos antes de sair da sala. Mayara não conseguiu esboçar reação, apenas olhava. 

Lucas não voltou a trabalhar na casa de Mayara colocando Jonas em seu lugar. Mayara preocupada perguntou aos rapazes o que ocorria com Lucas e Léo respondeu que só ele poderia lhe contar.

A moça nervosa perguntou então onde poderia encontrá-lo naquele momento. Léo respondeu que não sabia, mas Jonas contou que quando o irmão estava triste costumava ir até a “Pedra da Onça” ver o mar. 

Mayara agradeceu, pegou o carro e foi até o bairro do Bananal na Ilha do Governador onde fica o monumento.

Ela não demorou e encontrar Lucas sentado na areia observando o mar e os barcos de pesca. Mayara sem dizer nada se sentou a seu lado e ficou com ele observando a Baía de Guanabara.

Lucas perguntou a Mayara se ela sabia por que aquele lugar se chamava Pedra da Onça e porque daquele monumento de onça na mais alta das pedras e Mayara respondeu que não.

Ele então explicou que dizia uma lenda que uma índia da tribo ali localizada ia todos os dias, no fim da tarde, até a praia com seu gato maracajá que criava desde filhote e lá ficava mergulhando da pedra durante horas. Um dia, porém, a jovem índia mergulhou e não mais voltou, ficando o gato a esperá-la, olhando para o mar até não mais agüentar e morrer de fome apesar da tentativa dos índios em retirá-lo do local.

Mayara comentou que a história era triste Lucas emendou que essa lenda não era confirmada pelos historiadores, mas inspirou um grupo de moradores na década de 1920 a erguer o monumento em homenagem à fidelidade do animal. 

O artista plástico Guttman Bicho projetou e esculpiu o maracajá.  Em 1965 a estátua original, já bem castigada pelo tempo, foi substituída por outra que lá está até hoje.

Ela perguntou como ele sabia de todas essas coisas e Lucas respondeu que frequentava o local desde criança. Era fascinado pela Pedra da Onça e era seu refúgio quando não tinha o que comer, o pai batia na mãe ou não podia subir o morro devido a tiroteios.

Mayara encostou a cabeça no ombro do rapaz que tomou coragem e contou que era completamente apaixonado por ela desde a primeira vez que lhe viu, que assim que lhe viu no baile dedicou a música do Mc Marcinho pra ela e tudo que fez desde então foi para ficar ao seu lado, inclusive se matricular no curso.

Mayara tentou falar alguma coisa e Lucas contou que ela não precisava dizer nada. Ele nunca pediu nada a ela, só tinha a dar, a entregar.

O amor que ele sentia já lhe satisfazia, amava pelos dois.

O rapaz então levantou e Mayara perguntou aonde iria. Lucas contou que pra casa se arrumar, pois, era dia de baile no Dendê.

Lucas foi embora deixando Mayara sozinha na praia e foi pra casa. Chegando lá Jonas lhe esperava perguntando se estava bem e o irmão respondeu que sim, só precisava de um banho.

Lucas tomou banho, dessa vez sem cantoria, sem sonhos. Tomou seu banho quieto e assim se arrumou e jantou pra estranheza da família. 

Foi para o baile com Léo já esperando na porta. Lucas contou que conseguiu desabafar e falar de seu amor a Mayara. O parceiro com a mão no seu ombro disse que ele fez bem e que entrassem porque em instantes se apresentariam.

Os dois foram pra coxia e de lá esperaram pra ser anunciados. Subiram ao palco pra delírio do público e cantaram algumas músicas.

Lucas foi profissional, cantou com o mesmo empenho de sempre, mas não estava feliz. Pensava em Mayara e lembrava-se dos dois no curso, em seu carro ou comendo o “podrão”. O amor gritava em seu peito e poderia fazer nada.

Antes que Lucas começasse a música seguinte Léo pediu que ele esperasse, pois, tinha uma surpresa. Lucas ficou sem entender e Léo anunciou no microfone “Agora com vocês uma convidada muito especial nossa pra cantar com a gente, para o aplauso de todos a grande e talentosa amiga Mayara !!”.

Lucas tomou um susto e virou para o lado. Viu seu amor entrar no palco linda, receber o microfone da mão de Léo, dar um beijo em seu rosto e começar a cantar a música do Mc Marcinho.

Lucas continuava abobalhado quando Léo lhe deu um cutucão e mandou que cantasse junto.

Lucas e Mayara cantaram aqueles versos um olhando pro outro. Cantavam para eles como se não tivesse mais ninguém ali.

No fim Mayara chegou perto de Lucas, pegou em seu rosto e lhe deu um beijo apaixonado sob aplausos de todos.     

De zero a dez, um beijo nota cem.



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