AS MULHERES DE ADÃO: CAPÍTULO XX - VIVIANE


Depois de um tempo descobriram que o rapaz era inocente e a droga era de Úrsula. Descobriram mais, que Úrsula era uma das maiores traficantes do país.

Na verdade ela não combatia a criminalidade, ela combatia seus adversários. Úrsula minava o poder de seus concorrentes um a um e reinava absoluta. Mas quando a polícia descobriu era tarde demais. Úrsula já sumira no mundo milionária.

Esperta, não?

Ela foi esperta e eu quase fui burro. Gostara de verdade de Úrsula e se não fosse seu lado cleptomaníaco poderia ter viajado com ela e parado em uma prisão turca igual o cara do filme “expresso da meia noite”.

Na boa, não era uma boa ideia.

Mas enfim, não parei em prisão turca, parei em um caixão, a última morada.

Edu sumira realmente com os lutadores de UFC, foi ensinar a ténica do “martelinho invertido”. Mas a frente da capela ficava cada vez mais cheia e o cemitério também já constava com muitos populares. Não por minha causa, mas porque a imprensa já noticiara a presença de Eva. Eva por sinal era a que mais se preocupava com Bia. Chegava perto dela e perguntava se estava tudo bem, precisava de alguma coisa. Bia só balançava a cabeça e respondia que estava bem sim.

Do nada apareceram umas mulheres com roupas estranhas. Estranhas não pra mim que já me acostumara com aquele tipo de vestimenta. Shortinho, top, muita maquiagem, botas...Minha avó, interiorana, perguntava o que era aquilo e Eva respondia que eram moças que cobravam por coisas que muitas faziam de graça..Minha avó não entendeu direito e enquanto ela processava a informação as meninas se aproximaram do caixão e começaram a se lamentar.

“Como vamos ficar sem você agora Adão, nosso homem, nosso protetor? Aquele que era como um pai pra gente e só cobrava 40% do nosso dinheiro ou então nos dava navalhada?”.

Pronto, ganhei fama de cafetão.

Elas se uniram em mãos dadas pro alto e começaram a cantar uma música antiga que foi sucesso na voz da Fafá de Belém e era versão de tema de filme do 007 “Você me faz amor tão bem, como você ninguém mais..ai meu homem você é demais !!”.

Eu era demais mesmo..

Elas contaram que a vida era muito triste sem mim e que os meninos também sentiam muita falta.
“Meninos?” Meu avô tomou um susto ao ouvir..até eu quase levantei do caixão e perguntei “meninos?”.

De repente os “meninos” apareceram. Cerca de dez rapazes de sunga rebolando que arrancaram gritos histéricos das mulheres presentes. Um deles virou para o caixão e apontando pra mim disse “tio, essa é pra você”. Nesse instante os rapazes pegaram cadeiras, chapéus e começaram um show para as mulheres que foram ao delírio. Minha mãe foi a primeira a colocar dinheiro na sunga de um deles, o que pegou mal é que meu pai foi o segundo.

Até minha avó se empolgou. Meu avô ainda tentou intervir soltando um “contenha-se Nicete”, ouviu de volta um “não enche” e ela foi pra frente dançar junto com os rapazes e a dança “comeu solta” no velório.

Eu mesmo adorava dançar e foi assim que decidi “me libertar” de Úrsula, dançando.

Fui com Eva, Kátia e Bia a uma danceteria e me acabei. Bebi muito, me diverti, paquerei, as coisas do jeito que eu sempre gostei. Em determinado momento apareceu uma estrela de tv no local cercada de seguranças. Eu já pegara trauma de seguranças, mas estava tão feliz que nem me importei.. A tal estrela se chamava Viviane Aquino e era protagonista da novela das nove. Ela era “ a namoradinha do Brasil”. Eu não sabia, mas era muito amiga de Eva e foi logo ao seu encontro.

Eva me chamou e nos apresentou. Eu estava tão bêbado que não a reconheci. Cumprimentei, disse que ela era uma delícia e Viviane riu. Depois comentei que precisava ir ao banheiro vomitar e já voltava. Viviane rindo perguntava a minha irmã quem era “aquele louco” e ela respondeu que eu era seu irmão. Bia já se enroscara com um moreno e nem via o que eu aprontava, só chegou naquele momento dizendo que iria se divertir com o rapaz em outro canto e que me avisassem pra não me preocupar.

Voltei do banheiro e completamente bêbado virei pra Viviane e falei que a conhecia de algum lugar. A moça rindo contou que provavelmente e pediu um gole da bebida que tinha em meu copo falando que devia ser muito boa. Entreguei o copo pra ela e disse que pegaria outro e a garrafa. Peguei e ficamos bebendo e conversando a noite toda, sem rolar nada, nem um beijo.

No dia seguinte a ressaca era braba e eu esticado no sofá tinha uma bolsa de água na cabeça enquanto Bia, Eva e Joana faziam o almoço. Eu perguntava o que ocorrera na noite anterior e elas riam sem querer me contar. No telejornal da tv apareceu uma notícia  que a Viviane posaria nua para uma revista masculina e seria o maior cachê da história da revista. Eva colocava os pratos na mesa e contava que ela que negociou o contrato de Viviane e seria maior que o dela quando posou, mas que a Vivi merecia, pois, era linda.

Eu sucumbindo a ressaca respondi que a Viviane era mesmo linda e bem que minha irmã poderia me apresentar um dia. Falei isso e todas começaram a rir. Queria saber o motivo da graça e Eva contou que eu na noite anterior conversei com Viviane na boate até de manhã e não lembrava. Coloquei a mão na cabeça e comentei “putz, era com ela que eu falava então? Lembro de falar com uma mulher.

As três gargalhavam alto e minha filha disse que eu era um “mané”.

Resmunguei que ela nem devia querer mais olhar pra minha cara e Eva falou que não era bem assim. Ela gostou tanto de mim que marcaram jantar pra mais tarde e Viviane fazia questão de minha presença.

Pois é, não sei o que falei bêbado pra ela, mas Viviane gostou de mim, vai entender...

De noite tomei um banho daqueles demorados, botei a minha melhor roupa, me perfumei e fui ao encontro das garotas. Já estava com Joana, Bia, Eva e Kátia e nada de Viviane chegar. Estava ansioso quando notei uma rodinha com pessoas tirando fotos. Era ela chegando. Sentou e abriu um sorriso pra mim perguntando se eu estava melhor. Devolvi o sorriso, mas de uma forma constrangida e pedi desculpas caso houvesse cometido algum excesso na noite anterior.

Viviane pegou em minha mão e mandou que não me preocupasse porque cometi excesso nenhum e era muito divertido. A mesa estava muito animada com todos conversando, comida boa, uma noite muito agradável. Viviane me falava de sua carreira e eu da minha vida. Uma grande empatia surgiu entre nós.

No fim da noite fui até seu carro me despedir, Joana estava ao nosso lado então preferi apenas dar um beijo em seu rosto e trocarmos telefones. Ela partiu e Joana comentou que Viviane tinha gostado de mim. Também senti isso, mas preferi manter a cautela, afinal, Viviane era uma estrela da tv.

No dia seguinte eu todo enrolado preparava o almoço de Joana na folga da empregada quando a campainha tocou. Era Viviane.

Surpreso lhe convidei pra entrar. Joana feliz deu um abraço nela e perguntei se já almoçara. Viviane respondeu que não então mandei que ela se sentasse na sala com Joana porque comeria o melhor macarrão de sua vida. Enquanto me enrolava na cozinha via Viviane brincar com minha filha. Era legal aquela imagem familiar, ainda mais tendo participação de uma atriz gostosona de tv nela.

Depois de algum tempo servi o macarrão. Não era o melhor macarrão da vida de Viviane, mas mesmo assim estava gostoso. Depois sentamos no sofá enquanto Joana assistia desenhos e Viviane comentou comigo que sabia que eu era fotografo. Respondi que era sim, mas era apenas hobby e Viviane contou que Eva tinha comentado e que eu era muito bom. Fiquei sem jeito e ela me pediu que mostrasse minhas fotos.

Mostrei e Viviane falou que eu era muito bom e devia ser profissional.  Comentei que adorava tirar fotos, mas não me sobrava tempo pra ser profissional até que Viviane contou que tinha uma proposta pra me fazer, profissional e que eu ganharia muito dinheiro. Perguntei o que era e ela respondeu que não confiava em nenhum dos fotógrafos indicados pela revista masculina pra fotografar seu nu e perguntou se eu não queria fazer. Ri achando que era brincadeira dela, mas Viviane reafirmou que era sério.

Falei que não dava porque eu não era profissional e a atriz reforçou que eu era muito bom e tinha carta branca pra escolher o fotógrafo que quisesse e só toparia se fosse comigo. Fiquei relutante e perguntei quanto ela achava que eu ganharia fazendo as fotos. Viviane me contou e topei na hora.

No dia marcado cheguei lá no estúdio alugado. Fui até o camarim e Viviane era maquiada. Desejei boa sorte e ela rindo falou que não precisava de sorte para tirar a roupa. Fui até o estúdio, vi tudo que precisava para meu trabalho e ela chegou. Estava linda, só de roupão e perguntou se eu estava pronto. Respondi que quem devia estar pronta era ela e perguntei se podíamos começar.

Viviane então deixou o roupão cair ficando completamente nua e falou “agora estou”.

Mandei que se posicionasse. Ela se posicionou e eu não conseguia tirar a foto olhando tamanha beleza. Viviane riu e perguntou se ocorria algum problema, me toquei então do “mico” que pagava e respondi que estava tudo bem começando a tirar as fotos. Foi uma tarde inteira de fotos que modéstia a parte ficaram lindas.

Fui com Viviane até a editora da revista e eles aprovaram as fotos. Com elas aprovadas escolhemos junto com Viviane as melhores. No dia do lançamento da revista eu me arrumava quando Viviane tocou a campainha. Abri e ela perguntou se eu queria companhia pra festa. Respondi que sim então ela se ofereceu pra ser essa companhia.Falei que ela devia estar brincando, era a estrela da festa e um monte de homens queriam levá-la. Viviane respondeu que os homens só queriam uma coisa que eu já conseguira então era mais fácil ir comigo, vê-la nua. Eu ri e ela perguntou se podia ir comigo ou não, respondi que sim e lhe dei o braço.

Chegamos e ao entrar no local da festa consegui ver mais nada só um enorme clarão. Eram os fotógrafos e seus flashes pra cima de Viviane que sorria.

Os repórteres perguntavam quem eu era e Viviane respondia que era seu namorado. Baixinho falava em seu ouvido que não sabia dessa novidade e ela respondia que eu a pediria em namoro no fim da festa. Festa chique, cheia, com muita gente bonita, diversas celebridades e a mulher mais desejada da festa estava comigo, não saía do meu lado. Eu me sentia o Hugh Grant no filme “Um lugar chamado Nothing Hill”.

Mais pro fim da festa Viviane virou pra mim e pediu pra irmos a outro lugar. Perguntei se ela tinha alguma idéia e respondeu que sim, só teríamos que sair “a francesa”. Viviane me levou pra praia de Ipanema, mais precisamente pra areia e ficamos os dois lá na areia com uma garrafa de champanhe, eu com smoking, ela com longo bebendo e rindo.

Tiramos nossos sapatos e brincávamos na água jogando um em cima do outro. A noite era nossa. Ipanema era nossa. Em determinado momento Viviane perguntou por que nunca tinha lhe beijado, respondi que já beijara muitas vezes em meus sonhos. Ela então me beijou.

Um tempo depois estávamos na minha cama fazendo amor. Eu e a estrela das novelas.

No dia seguinte acordamos e tomamos o café na cama nos divertindo com as manchetes dos jornais. Viviane me perguntou como me sentia acordando ao lado de “Rita Hayword”. Não entendi e ela completou dizendo que a atriz Rita Hayword falava que os homens dormiam com seu personagem Gilda, mas acordavam com ela Rita Hayword. Eu ri, falei que nunca tinha visto Gilda e lhe beijei.

Nunca tive nada com Gilda ou a Rita Hayword, mas comecei uma relação com Viviane muito curiosa já que nunca saíra com alguém tão famoso. Íamos a restaurantes e pediam autógrafos e pra tirar fotos com ela. Mercados e senhoras nos paravam pra lhe dizer que o mocinho da novela a amava e eles deviam ficar juntos no fim.

Ruim era quando elas olhavam pra mim e falavam que o tal mocinho era muito melhor. Outra coisa ruim era o “ataque” dos paparazzi. Uma vez fui com ela em um restaurante e pedi licença para ir ao banheiro. Estava eu sentado no vaso perdido em meus pensamentos quando alguém abriu a porta e tirou uma foto minha ali naquela situação.

Ainda tive que aturar reclamação de Viviane que eu teria exposto os dois quando só estava em um vaso sanitário. Confesso que a relação era mais gostosa quando havia apenas o flerte. Era complicado aturar tanta fama, tanta gente correndo atrás dela e o pouco tempo que tinha em sua agenda pra ficar comigo.

E o pior era que Viviane amava esportes radicais, adorava o perigo e se tem uma coisa que eu sempre detestei foi correr ricos, nem cambalhota eu gostava de dar. Pra poder acompanhar minha namorada comecei a praticar esses esportes com ela me borrando de medo.

Andamos de asa delta pelo Rio de janeiro, um cenário lindíssimo para qualquer um saborear maravilhado e eu teria saboreado se em algum momento tivesse aberto os olhos pra ver já que no vôo duplo enquanto Viviane falava das belezas que estavam lá embaixo eu com olhos fechados nem queria lembrar que existia o “lá embaixo”.

Viviane adorava escalada também e eu que nunca nem pulara muros na vida era obrigado a acompanhar minha namorada nessas escaladas. Ela subia naturalmente e falava pra eu não
olhar pra baixo. Mas aí que eu olhava mesmo e me borrava.  

 Adorava caminhadas, trilhas e eu quase morria sem fôlego, pulamos de para quedas e enquanto ela vibrava no ar eu gritava pela minha mãe. Eu não aguentava mais e ela ainda chegou a mim propondo uma viagem, que fôssemos explorar cavernas no interior de Minas. Tentei juro, pensei em várias desculpas para escapar, mas não consegui ainda mais que ela contou que sua mãe iria junto e eu não conhecera ainda minha sogra.

Resignado topei a viagem.

No sábado de manhã passei bem cedo na casa de Viviane que a me ver deu um abraço apertado e apresentou sua mãe, dona Rosa. Cumprimentei minha sogra dando bom dia e a velha devolveu perguntando onde o dia estava bom, estava nublado e parecia que iria chover. E a velha foi reclamando a viagem toda. Reclamou do tempo nublado, da forma que eu dirigia, do engarrafamento, das músicas que coloquei no cd player e depois reclamou do calor e que meu ar condicionado não funcionava direito. Ainda tentei argumentar que aquele não era o meu carro, o meu estava no conserto devido a marcas de tiro..pra quê?

Dona Rosa começou a reclamar perguntando onde Viviane arrumara um tipo como eu, que na verdade eu poderia ser um bandido perigoso, um estuprador e estar sequestrando as duas....eu ouvia e entendia porque Viviane ficou tanto tempo solteira.

Chegamos ao local no fim da tarde. Não tinha como explorar cavernas pelo adiantar da hora então fomos comer alguma coisa na pequenina cidade. Evidente que Viviane virou atração no local tirando muitas fotos com os populares. Enquanto Viviane era fotografada toda sorridente dona Rosa virou pra mim e disse “Minha filha é linda né?” respondi que sim e ela complementou “e não é pro seu bico”.

Falei pra Viviane que já estava tarde e era melhor irmos para um hotel e ela respondeu que não, iríamos acampar. Perguntei como assim e minha namorada respondeu que queria contato com a natureza e perguntou se tinha algum problema. Dona Rosa respondeu antes de mim dizendo claro que sim, que eu era um fresco e tinha cara de ser criado pela avó. Irritado falei pra Viviane que havia problema nenhum.

Armei a barraca, no bom sentido, sozinho enquanto a velha reclamava dos mosquitos e que eu não levei repelentes.  Pra dormir foi um transtorno devido o ronco dela. Na manhã seguinte nos juntamos a um grupo que percorreria as cavernas. O guia na frente explicava tudo e a velha reclamava que não levei água e ela precisava tomar um remédio.

Um homem da excursão ofereceu, ela aceitou tomando o remédio e dizendo que aquele era homem pra sua filha mesmo eu dizendo que não tinha água, mas tinha suco e refrigerante. Eu de saco cheio da velha puxei Viviane em direção a outra caverna e lá dentro enchi minha namorada de beijos. Ela falava para sairmos e que tínhamos que acompanhar o grupo com sua mãe quando ouvi um estrondo.

Corri pra direção de saída da caverna e percebi que ocorrera um deslizamento e ela se fechara por pedras. Entramos em desespero e começamos a gritar pedindo ajuda, o guia ouviu e disse que voltaria com socorro. Em poucos minutos médicos, bombeiros e equipes jornalísticas estavam no local pra relatar o drama da estrela da televisão Viviane Aquino. Especialistas diziam que seria um resgate dificil pela quantidade de pedras que rolaram e poderia durar dias, até semanas para nos tirar de lá e torciam para que tivéssemos mantimentos.

Do lado de dentro estávamos cansados de tanto gritar, sujos e desolados. Abraçava minha namorada e pedia para que ela tivesse fé que nos salvariam. Viviane chorava e pedia que eu fizesse alguma coisa e eu respondia pra minha namorada que poderia fazer nada e que ela mantivesse a calma.

E no fundo agradecia que pelo menos dona Rosa não estava lá.

Até que ouvi a voz da velha.

Dona Rosa apareceu e Viviane correu pra abraçar sua mãe. Eu desesperado perguntava o que ela fazia lá e ela respondeu que se perdera do grupo e só ouviu o deslizamento e homens do outro lado falando que o resgate poderia durar semanas. Eu desnorteado com a notícia só pensava “Semanas? Semanas preso com dona Rosa?” Enquanto a velha começou a reclamar que eu era um imprestável e perguntando se eu não faria nada.

De repente me bateu um desespero extremo e comecei com as mãos a tirar as pedras. Em poucos minutos tirei todas e as equipes de tv espantadas mostravam nossa saída da caverna de forma tão rápida.  

A imprensa toda veio falar comigo pedindo pra eu relatar aquele ato heróico. Eu só conseguia pensar em dona Rosa presa comigo naquele buraco e dizer que foi um ato de desespero. A multidão me aplaudia e me tratava como super homem. Viviane me abraçou, me deu um beijo e falou que eu era o seu herói enquanto dona Rosa reclamava porque eu demorei tanto pra tirar aquelas pedras.

No fim minha namorada contou que já tinha uma nova viagem programada. Iríamos eu, ela e sua mãe escalar o Everest no fim do mês. Dona Rosa olhou pra mim e falou que esperava que eu agisse como homem e não tivesse “medinho” de frio.

 Não aguentei.

Virei pra Viviane e falei que tinha uma sugestão melhor, uma viagem solitária de sua mãe. Viviane perguntou pra onde e eu falei. Ao falar ela me deu um tapa na cara e mandou que eu nunca mais a procurasse e mandou que a mãe lhe seguisse. Elas foram embora sem antes minha agora ex sogra me chamar de mal educado.

Podem imaginar qual foi minha sugestão de mandar a velha né?

 Elas foram e respirei aliviado pensando que feliz era meu xará Adão que não teve sogra.


CAPÍTULO ANTERIOR:

ÚRSULA  

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