PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE ADNET



Marcelo Adnet é humorista.

Não só humorista, mas um senhor humorista, o melhor humorista decida geração. Em uma geração fraca de humoristas que torce o nariz para o humor mais antigo dizendo que envelheceu mal, que se divide entre humoristas de direita que adoram ofender, de esquerda que só pensa em lacrar e aqueles que fazem sempre os mesmos personagens e quando vemos os personagens são exatamente o que a pessoa é de verdade o Adnet é diferente.


Primeiro que ele é realmente engraçado, faz rir com o poucos, segundo que sua variedade de vozes é impressionante imitando de forma perfeita. E por último e não menos importante. Ele segue a premissa de qualquer bom humorista. Ironiza quem está no poder, não os enfraquecidos.

Melhor do que isso. Adnet provoca o poder e esse poder cai em sua pilha, se irrita. Na última semana recebeu a irá do secretário de Cultura Mário Frias e do SECOM apenas por fazer humor.


Marcelo Adnet se tornou uma voz importante desse momento, uma voz que é ouvida e irrita, uma voz capaz de fazer isso brincando, fazendo rir. Já fez coisas ruins como Adnight e Dentista Mascarado, mas o Tá no Ar e principalmente o Sinta-se em casa, programa mais importante dessa pandemia, colocam Adnet em outro patamar.

Nesse período difícil nos fez rir, refletir, nos fez sentir vingados como as músicas de Chico Buarque e Geraldo Vandré nos anos 60. Pois é, em tempo de músicas descartáveis e cantores e compositores alienados parece que a resistência virá do humor.

Pra não dizer que não falei de Adnet.



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