CEM
É..O título é esse mesmo. Pequeno, curto e
grosso. Por quê desse título?
Muito simples. Essa é o centésimo texto que posto
desde que o blog foi reativado em 28 de fevereiro desse ano.
Faltando um dia para quatro meses chego a cem
postagens. Não é pouco.
O blog na verdade existe desde 2011. Criei para
ter um local onde guardar meus livros e dividir com quem quisesse ver.
Divulguei para algumas pessoas o passo a passo, cada capítulo que eu colocava e
interagia com elas. Mas o papel dele sempre foi mesmo de arquivo e com o tempo
eu nem divulgava mais, só escrevia e postava.
Criado em 27 de abril de 2011 com o primeiro
capítulo de meu livro “O retrato da vida” entre 2011 e 2012 coloquei três
livros completos no blog. O citado, “Era da violência” e “No Baile”. Além
desses livros tem a peça de teatro “Folhetim” que escrevi ano passado. Os
quatro trabalhos estão de forma completa disponível nos arquivos do blog.
Além do livro “Dinastia” que está aí ao lado com
links para sites onde está sendo vendido. Ajuda lá vai, o livro é bom.
Depois que coloquei a peça em agosto do ano
passado deixei o blog de lado. Era colunista do blog Ouro de Tolo, continuo
sendo e no fim do ano fui convidado para escrever no blog Brasil Decide. Duas
coisas que gosto muito de fazer já que adoro escrever desde criança.
Mas sempre tive vontade de ativar o blog. Não só
postar livros e peças para guardar em arquivo como escrever textos inéditos.
Textos que talvez não coubessem nos dois blogs por achar muitas vezes bobagens
e pensar que bobagens só poderiam ser postadas em um blog meu.
Também queria um lugar para escrever quando eu
quisesse. Se pintasse algo urgente que merecesse um texto ter onde colocar na
hora e ter exata noção da repercussão dele através do número de visitantes,
dados que não tenho contato direto nos dois blogs.
No fim de fevereiro tomei coragem dada a
repercussão do caso do sinalizador que matou um adolescente em Oruro e escrevi
um texto reativando o blog sendo o primeiro realmente para alcançar um público.
Dei o nome do texto de “O estádio vazio e o vazio que fica”.
O blog recebeu entre trinta e quarenta visitas no
primeiro dia, não lembro ao certo. Sabia que era pouco, mas achei interessante
saber que essa quantidade de pessoas se interessou pelo que escrevi. Passei
alguns dias divulgando. Essa postagem especificamente chegou a mais ou menos
cinquenta visitas e decidi continuar.
Escrevi um texto sobre o aniversário da morte dos
Mamonas Assassinas, republiquei as colunas do Ouro de Tolo e do Brasil Decide e
quando fui ver começaram a acontecer os motivos pelos qual reativei o blog.
Primeiro a morte do Hugo Chaves, depois a
quinta-feira que movimentou o Brasil com protestos contra o Feliciano, mudança
da pena ao Corinthians no caso de Oruro e a condenação do goleiro Bruno. Rendeu
o texto “Quinta do escárnio”. Primeiro texto a passar de cem visitas.
Assim formei uma grade para o blog. Dias de
textos inéditos, de republicações de outros blogs, contos e propaganda maciça.
O blog teve 986 visitas entre abril de 2011 e 28 de fevereiro de 2013. Dessa
data para cá foram quase 20 mil.
Mais importantes que números, de ter chegado a
média de 200 visitas diárias, 1400 por semana, que ainda é pouco, é que pude me
mostrar um pouco mais a leitores e amigos. Quem me conhecia era por causa de
meu lado compositor de samba-enredo, mas essa foi uma das últimas coisas em
escrita que comecei a fazer.
Sempre fui péssimo em esportes, péssimo em quase
tudo e o que me salvou de ser um completo idiota foi saber escrever. Com esse
dom me aproximei de pessoas, fiz amizades, conquistei respeito e até amores.
Escrevo desde os meus nove anos de idade quando fazia revistas em quadrinho da
série “Armação Ilimitada”. Com treze fazia roteiros, aos quinze músicas e ao
mesmo tempo em que comecei no samba escrevi meu primeiro rascunho de livro.
Só que tirando o samba o restante era coisa que
eu guardava pra mim, que colocava na gaveta como diz o linguajar sobre quem
escreve algo e não publica, não mostra a leitores. A internet me ajudou nisso.
Graças a ela e aos blogs que voltei a escrever. Mostrei
que não era apenas um compositor de samba-enredo, mesmo sabedor que isso não é
pouco e o samba me deu muita coisa. Mas eu era mais que isso, podia mostrar
mais que samba-enredo.
Processo que começou nos dois blogs e se
fortaleceu no meu. Nele publico a cada terça-feira contos de ficção de dois
livros meus “O buraco da fechadura” e “Enredo do meu samba” que também são
publicados aos sábados no Ouro de Tolo. Pude escrever com inspiração repentina
um conto brincando com a PEC das empregadas chamado “Pec no cafezal” que por
muito tempo, até a última semana era meu texto mais visto com mais de 300
visitações.
Pude mostrar um pouco do meu lado político. Mostrar
meus posicionamentos desde a morte de Hugo Chaves até as manifestações que
tomaram o país. Duas dessas postagens agora estão entre as mais visitadas “A
tropa de elite na terra da UPP” e “Olho por olho, dente por dente”. Pude
escrever de música, homenagear artistas que gosto e que trago comigo desde a
minha infância. Fiz publicações homenageando Tim Maia, Elis Regina, Ronald
Golias, Cauby Peixoto e mais uma boa quantidade de grandes artistas.
Pude falar mais de samba, claro, assunto que é
importante na minha vida. Falei bastante de carnaval, contei novidades de minha
vida como compositor e na ocasião do aniversário de 90 anos da Portela escrevi
“Portela em cinco carnavais” falando um pouco da escola e dos cinco carnavais
que mais me marcaram.
Por coincidência na semana seguinte era eleição
da Mangueira e decidi fazer o mesmo com “Mangueira em cinco carnavais” e acabou
que virou uma série. Onze escolas já foram homenageadas e mais algumas serão.
Uma série que tem boa repercussão com ótimo número de visitações e emocionado
torcedores das agremiações o que me deixa honrado demais.
Semana passada comecei outra serie a “Sobe o som”
onde a cada semana destacarei banda ou artista que gosto com pouco texto e
muitos vídeos. Esses tempos de youtube ratificaram a ideia que artistas são
imortais e achei que seria legal concentrar vários sucessos desses artistas em
uma postagem só. Das pessoas ficaram em um bom tempo no blog só curtindo seu
artista favorito.
E falei do assunto mais importante. Falei de
amor.
Pude mostrar como sou realmente. Um cara que
quando ama ama pra valer. Passional, apaixonado, visceral, romântico, que finge
que é poeta e consegue enganar os trouxas. Falei do amor em todas as suas
formas. Aliás, só com esse título foram dois textos e juntando os dois são quase 500 visitações.
Falei do amor por meus amigos, pelas mulheres,
por algumas mulheres específicas. Fiz declarações que nunca imaginaria fazer em
público. Desnudei minha alma, me expus, mas valeu a pena porque me fizeram bem.
E falei dos maiores amores da minha vida. De
minha mãe no texto “Oito anos sem ela” e da minha filha Bia em “Quatro anos com
ela”. Nos dois, que estão entre os dez mais visitados, tentei mostrar todo o
amor que tenho por elas e até cantei. Outra coisa que faço muito mal.
Para os livros e peça foram 52 postagens em 2011
e 25 em 2012 somando 77. Com essa chego a 100 só em 2013. A 100 desde a
reativação.
Que me leva a dois pensamentos. O primeiro é que
estou com muito tempo livre e o segundo é que sou um escritor compulsivo mesmo
e ainda tenho muito a escrever.
Só posso agradecer a quem vem aqui perder alguns
minutos de sua vida para ler as besteiras que escrevo. Aos amigos que leem e
comentam comigo as postagens e aqueles que não conheço e não tenho a mínima
ideia de quem são.
Dá orgulho e alegria tudo isso. Ver que não me
enxergam mais apenas como compositor de samba-enredo. Que aos pouquinhos isso
vai dando certo.
E é apenas o começo, Ainda tenho muito a dizer,
falta só saber se querem ler.
Se toparem ler os próximos cem não vão se arrepender.
Obrigado.
Pra fechar os dois maiores micos que paguei nesse
blog. Minhas duas vezes cantando.
Para minha mãe
Para a Bia.
O que a gente não faz por audiência...
Ps. Fotos e vídeos usados foram dos textos mais importantes. Se você reconheceu é porque acompanha, se não ta sabendo agora. Olhe o que perdeu, ta em tempo de recuperar. Olhe os arquivos e seja bem vindo.
Como eu sou bom marqueteiro...
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