Trocando em miúdos

  Robinho envoca Deus, a familia, Bolsinaro, chama a Globo de lixo como todo seguidor da ultra direita. Marcius Melhem é moderno, antenado, faz críticas sociais, é contra o governo atual como qualquer seguidor da esquerda. Robinho é de direita, Melhem de esquerda. Os dois tem agora nas testas tatuada a expressão "abusador de mulheres". Porque não adianta ser de direita ou de esquerda simplesmente. Fdps não são divididos por ideologias. Fdps são simplesmente fdps.

  Edson tem muitos defeitos. Defeitos como todo ser humano tem, até porque Edson é um ser humano como qualquer outro. Aliás, não vamos passar pano aqui, Edson tem defeitos gravíssimos como renegar filho e nisso ele terá que se entender com Deus mais tarde. Mas essa crônica não é sobre Edson, é sobre Pelé. O maior brasileiro da história, o homem que mais jogou futebol nesse planeta, o atleta do século XX cultuado e admirado por presidentes, líderes mundiais, artistas, personalidades, a marca que se tornou uma das mais famosas do mundo. Três copas do mundo vencidas, mais de 1200 gols, o jogador completo, a referência mundial, a entidade que fez 80 anos. Pelé é eterno, Pelé é mítico, Pelé é rei. Edson não. Pelé é Edson, dois seres diferentes como ele mesmo sempre alardeou. Todo meu respeito ao primeiro. Ao rei.

  Muito já falei dessa samba. Muito já falei do processo da escolha dessa samba, das dificuldades na feitura, da disputa, da noite da final, da emoção da vitória.  Mas poucas vezes falei das consequências. Orun Aye mudou a minha vida, me fez ter a certeza que eu escrevia bem e aquele era um caminho pra minha vida. O samba me fez ser respeitado no meio, me abriu portas e entrou para a história do carnaval. Logo na minha primeira vitória escrevi minha maior obra no samba. Escrevi mais de uma centena de sambas e todos pós Orun Aye foram comparados com ele, alguns lindos, vitoriosos, bem sucedidos, mas não teve jeito, todos perderam na comparação. Nunca mais irei escrever um samba enredo tão bem sucedido, mesmo que um dia volte a compor e faça um samba premiado e campeão do carnaval numa Portela, Mangueira, Salgueiro ou Mocidade, todas já passaram por isso tem sambas assim. O Boi não, ele nunca teve um samba assim, foi o maior momento de sua história, o samba que apresentou o Boi da Ilha a

 O humorista Fábio Porchat deu uma excelente entrevista no Pedro Bial e entre tantas coisas disse que existe uma "lacromédia". Ele usou essa definição para falar do tipo de humor de hoje que está mais preocupado em causar, fazer críticas que propriamente rir e admitiu que o Porta dos Fundos muitas vezes resvala nisso tendo que as vezes refazer textos por estarem muito críticos e pouco engraçados. Eu falei recentemente sobre isso aqui, que o novo humor está dividido entre aqueles caras que não cresceram e parecem moleques de quinta série que só querem humilhar os outros e dizer que o mundo está chato quando são contestados por isso e aqueles que realmente vem deixando o mundo chato, esses da "lacromédia" como Porchat tão bem definiu. Um exemplo desse é o Zorra Total. O programa era daquele jeito antigo, com piadas machistas, homofóbicas, personagens populares e bordões. Evidente que não cabe mais no mundo machismo e homofobia, mas personagens populares e bordões sim.

O domingo passado foi especial, um dos maiores da história do esporte. Poucos foram os dias que tantos fatos históricos ocorreram. De manhã Lewis Hamilton venceu o GP de F1 se tornando ao lado de Michael Schumacher o maior vencedor da história dá F1 com 91 vitórias. Feito que não esperávamos que ocorresse tão cedo. Hamilton já é um dos melhores pilotos das história, não vou dizer se acho ou não o melhor por não acompanhar muito F1. Sim, é verdade que há anos dirige o, disparado, melhor carro da categoria, mas a maioria dos grandes campeões assim também fizeram. De tarde Rafael Nadal venceu Roland Garros se igualando a Roger Federer como o maior vencedor de Gran Slams da história do tênis, 20. Já não é um feito tão inesperado porque ele sempre se manteve perto de Federer pelo número de conquistas, mas é um assombro que ele tenha vencido Roland Garros 13 vezes. Guga é considerado uma lenda do tênis brasileiro por ter vencido 3. Não sei entre Nadal, Federer e Djokovic quem é o melhor, mas

  No futebol se a diretoria for corrupta, mas o time ganhar títulos a torcida perdoa. No futebol é permitido gritos homofóbicos e racistas mas arquibancadas. No futebol tem gente que defende goleiro que matou e esquartejou mulher. No futebol crianças morrem queimadas e torcedores tentam colocar as cinzas pra baixo do tapete. No futebol se permite clube contratar com festa um estuprador. Não, não é suspeita de estupro, não é acusação de estupro, o jogador foi condenado e se pisar no país da condenação é preso. Pois é, no futebol estupro feito por ídolo é permitido. Adianta nada lançar camisa rosa e campanha em redes sociais a favor das mulheres e contratar um estuprador. O Santos é gigante, um dos grandes clubes do futebol mundial e que nos deu o rei. Ele não tinha o direito de contratar um estuprador e assim manchar sua imagem. Não tinha direito de fazer isso com as mulheres, contratar o Robinho é uma violência com todas elas. Mas tem torcedor que aplaude, tem jornalista que passa pano

Lewis Hamilton está a uma vitória de alcançar um feito inimaginável, alcançar Michael Schumacher no número de grandes prêmios vencidos na F1 chegando a 91. Para muitos Hamilton já é o maior piloto da história. Exagero? Talvez, principalmente para quem passou dos 40 anos e viu Alain Prost e Ayrton Senna. Mas quem tem menos de 30 anos não lembra de nenhum deles na pista. Sim, é isso, pasmem senhores, quem tem menos de 26 anos nem viu a morte do Senna. É natural que com o passar dos anos novos ídolos surjam e os velhos ídolos virem coisas de pessoas velhas e vão sendo esquecidos. Poucos hoje ainda se lembram de João do Pulo, Adhemar Ferreira da Silva, Eder Jofre, Emerson Fittipaldi. Até ídolos mais recentes como Gustavo Kuerten já são menos alvos de idolatria do que foram. Até mesmo Ayrton Senna e Pelé já foram "mais ídolos". Digo isso porque semana passada surgiram na mídia declarações feitas por Nelson Piquet. Como sempre polêmico Nelson detonou algumas pessoas e vi alguém com

A produtora de conteúdo que mantenho no YouTube com a Luciana continua fazendo radionovelas e a dessa semana tem um tema atual, aliás, maus atual impossível. Estamos próximos de mais uma eleição municipal. Você conhece bem seu candidato a prefeito e a vereador? Acha que eles são exatamente aquilo que mostram para as câmeras e os eleitores? A República trata disso. De forma assustadora trata dos bastidores do poder e de como nossos destinos podem estar nas mãos de poucas e nada confiáveis pessoas. Aqui no blog segue o primeiro episódio da radionovela. Para quem quiser acessar o restante e ver como termina essa história do entrar no Canal do SDC Produções no YouTube clicando aqui .