É DIA DE ROCK BEBÊ


No último sábado se comemorou o dia mundial do rock, que não vem a ser o Rock Balboa nem o Roque Santeiro. O rock a quem me refiro é aquele mesmo. O sessentão de cabelos grisalhos, calça jeans rasgada e que sai por aí numa moto achando que tem dezoito anos.

E que bom que seja assim. Apesar de confessar não acompanhar o rock atual e nem saber se ele realmente existe atualmente o rock é esse coroa com alma jovem que apresenta gerações para a música. Como eu escrevi na coluna “O rock da direita” ainda não inventaram um som que represente mais o jovem que o rock.

O rock é transgressor, rebelde e livre. Ama e odeia, cospe e sorri. Capaz de morder cabeça de morcegos, queimar guitarras em pleno palco e fazer do “paz e amor” seu lema.

Apesar das pessoas me conhecerem pelo samba, me verem como compositor de samba-enredo a minha origem é no rock. Até hoje é meu ritmo preferido, que ouço mais e posso dizer que sou um roqueiro frustrado.

Meu sonho de adolescência era ter uma banda de rock. A banda no meu imaginário tinha nome, nome dos discos lançados, turnês, até o momento certo que iria se separar. Também tinha músicas porque eu compus. Foram as primeiras músicas que compus na vida e tenho a letra de algumas até hoje.

Só faltou um pequeno detalhe pra tudo dar certo. Ter os outros componentes.

Eu sempre fui péssimo cantor e nunca toquei nenhum instrumento. Por aí já ficava difícil ser um astro do rock, apesar de que muitos viraram astros nessa condição. Mas também nunca bebi, fumei, usei nada ilícito, sempre fui tímido, gordo e não pretendia morrer aos vinte e sete anos. É, não dava.

Levei todas as minhas faltas de qualidade ao samba que é mais democrático nesse sentido e consigo enganar alguns incautos há dezesseis anos.

Não me transformei num astro do rock, nem do samba, mas continuei sendo fã do gênero. Fã e um pouco estudioso. Para qualquer tipo de música, acho que pra tudo na vida, sou um pouco saudosista e graças ao youtube posso me deliciar com o tipo de som que eu gosto e me fez amar música, além de conhecer um pouco mais sua história.


Desde os tempos de Elvis, o pai do rock, o ritmo que surgiu nos anos 50 assustando os pais de família e deixando as menininhas loucas com aqueles caras de jaqueta e gel na cabeça. Sou vidrado naquele rock da época capitaneado por Elvis, mas também com lendas como Little Richard, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Ricthie Valens entre outros.

No fim dos anos 80 ganhei o disco “Jive Bunny” que tinha um coelho na capa e versões remixadas dessas músicas e devo ter furado o disco de tanto ouvir. Foi a sensação do meu aniversário de 13 anos em 1989.

Nos anos 60 os quatro caras de Liverpool todo arrumadinhos e sorriso fácil que cantavam o amor e revolucionaram o mundo chamados Beatles, na mesma época o anti-Beatles representados naqueles caras desajustados e com fama de maus chamados Rolling Stones, os que nunca estão satisfeitos. 

ROLLING STONES


BEATLES


Com o tempo os Beatles se modificaram, fizeram umas viagens no ácido e mostraram que não eram tão certinhos assim. Que bom.


Na esteira dos dois e do lema “sexo, drogas e rock`n roll” vieram Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison e seu The Doors. Todos mortos aos 27 anos comprovando minha tese que se você não se chama Mick Jagger ou Keith Richards e quer ser roqueiro a melhor coisa que faz é não envelhecer.

JIMI HENDRIX

JANIS JOPLIN

Pink Floyd, Led Zeppelin, The Who, Queen, Kiss, Ramones, AC/DC, Aerosmith, U2, The Police, Megadeth, Foo Fighters, Iron Maiden, Bon Jovi, R.E.M, The Cure, Guns N´Roses, Nirvana, Oasis..Várias grandes bandas vieram. Artistas fabulosos e dessa forma o rock foi ganhando tentáculos, divisões para chegar a todos os públicos desde os punks até o rockabilly. Grandes festivais como Woodstock ou o nosso Rock `n Rio que serviu para aproximar o púbico brasileiro dos grandes astros internacionais.

LED ZEPPELIN


GUNS N`ROSES



Porque os nacionais já produzíamos e eu nasci culturalmente na sua maior época. Nos anos 80.

Rock nacional que teve Raul Seixas e Mutantes em seus primórdios e estourou de vez com a “geração 80” que será homenageada no próximo “sobe o som”. Legião Urbana, Barão Vermelho, Titãs, Blitz, Gang 90, Ira, Ultraje a Rigor, Plebe Rude, Léo Jaime, Lobão, Capital Inicial, Biquini Cavadão, João Penca, Magazine, Herva Doce, Ritchie, Dr Silvana, Kid Abelha, Paralamas do Sucesso, RPM e muitos outros capitaneados por Renato Russo e Cazuza transformaram o cenário da música brasileira.

Responsáveis depois pelo surgimento de gente como Raimundos, Charlie Brown Jr, Skank, J Quest, Los Hermanos, Restart (É, ninguém é perfeito).

LEGIÃO URBANA


CAZUZA



E aqueles que dos anos 90 pra cá foram o que melhor surgiu pra mim no rock nacional. Não apenas por ser fã de suas músicas, mas também de seu som. Mamonas Assassinas.  



Botei acima não um dos  mega hits do grupo, mas uma das menos conhecidas, mas que mostra esse lado rock deles. Olhando sem o preconceito da música de humor dá pra ver a ótima qualidade do som.

Dizem que o rock errou. Não sei, deve ter errado só sei que tem muito mais acertos que erros ao longo de sua estrada, se não fosse assim não durava tanto.

O toque de um tamborim e o acorde distorcido de uma guitarra me provocam a mesma emoção. São músicas e música me emociona sempre. Ou quase sempre já que tem algumas coisas por aí que..


Viva o rock!!


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