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Mostrando postagens de setembro, 2013

O SEQUESTRO

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*Conto da coluna "O buraco da fechadura" publicado no blog Ouro de Tolo em 5/1/2013 Vânia era uma moça inteligente, bonita e batalhadora. Jovem com vinte e dois anos de idade, no último ano de medicina na UFRJ e trabalhava na clínica do pai. Tinha sonho de ser pediatra, tratar e cuidar de crianças, assim como o sonho de ser mãe. Era noiva de Vinicius há dois anos, de namoro cinco. Os dois eram coleguinhas de maternal e cresceram juntos, eram melhores amigos e com o tempo descobriram o amor. Vinicius foi seu único homem, era seu único amor e a moça sonhava com o dia do casório que se aproximava. Era feliz, o que mais importava. Wallace era um rapaz com vinte anos que não teve a mesma sorte que Vânia na vida. Não conheceu os pais sendo largado em um orfanato ainda bebê, fugiu com oito anos depois de ninguém querer adotá-lo e foi viver nas ruas. Lá comeu o pão que o diabo amassou. Sofreu, foi humilhado, conheceu a miséria, a violência e acabou aprendendo a carti

UMA ILHA CERCADA DE SAMBAS

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  Como os amigos que acompanham o meu blog e o Ouro de Tolo já sabem eu concorri esse ano na Portela, mas também sou compositor da União da Ilha do Governador. A União da Ilha nunca venceu um carnaval no grupo especial do Rio de Janeiro, mas mesmo assim é uma agremiação que tem seu lugar na história do carnaval brasileiro. É considerada a escola mais simpática do carnaval, a segunda escola de todo folião   e se o Império Serrano é considerado a escola com os sambas mais bonitos, a União da Ilha é a que tem os sambas mais alegres e populares. A agremiação insulana teve sua época de ouro com seus sambas entre 1977 e 1991 - ainda que tenha grandes sambas fora dessa época como “Lendas e Festas das Yabas” de 1974, Confins de Vila Monte de 1975, “Fatumbi, a Ilha de todos os Santos” de 1998 e “A União faz a força com muita energia” de 2001, mas é da fase que eu falei que vem sua grande história. Desse período da história vem sambas como o antológico “Domingo” de 1977, seu ún

ERA DA VIOLÊNCIA 2: CAP 2 - ANTES DO COMEÇO

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Alguns anos antes.. Em uma casa abandonada ouve-se um pinga pinga de dar nos nervos. Poderia ser um objeto de tortura, mas não é de propósito. Telha quebrada, infiltração, enfim, coisas de uma casa velha e abandonada. Dois caras estão sentados e conversando. Chamam-se Scarface e Galalite. Não são muito inteligentes, mas são “casca grossa”. Mais pra frente falo melhor sobre eles. Eles, sentados, conversavam trivialidades. O assunto era futebol e a má fase do Botafogo. Galalite metia o pau em Gagau, o camisa 7 do clube, maior revelação do futebol brasileiro que não marcava gols há dez jogos e havia o papo que a noite lhe atrapalhava. “É um cretino filho da puta, se eu pegar na noite cubro de porrada” vociferou Scarface. “Porra, não fala merda, o técnico ta fudendo ele, bota o maluco isolado lá na ponta esquerda quando ele na verdade tem que buscar jogo” rebateu Galalite. “Esse cara ta na noite, vai por mim, amigo meu viu no baile funk outro dia com umas c

CARLINHOS FUZIL

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*Coluna publicada no blog Ouro de Tolo em 22/9/2013 Sábado passado estava na União da Ilha assistindo mais uma apresentação de seu concurso de samba-enredo. É um programa ótimo pra quem curte samba e melhor ainda para um compositor que não está no concurso porque relaxamos vendo, sem o stress que uma disputa provoca e por ser do meio vemos as entrelinhas. Entrelinhas são aquilo que o frequentador que vai apenas para beber sua cerveja e o compositor que está envolvido no concurso não conseguem ver. É poder ser neutro, observador e entender o que se passa. Só não fui uma vez esse ano e um personagem é o que mais me chama atenção, é um compositor e o nome dele está no título do texto. Vocês que me acompanham nesses quase dois anos e meio de colunas já leram esse nome várias vezes. Carlinhos Fuzil foi meu parceiro de samba e fomos campeões juntos na União da Ilha em 2012. Nos separamos e o Fuzil mostrou nesses dois últimos anos que não estamos juntos a força que tem.

SOBE O SOM: ERA UMA VEZ O CINEMA

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Continuando a série “Sobe o som” hoje vou a um tema que mexe demais com a gente: Cinema. Todo mundo já foi a um cinema, tem um filme que lhe marca de forma especial e muito da emoção que passamos em frente a telona tem a ver com a trilha sonora. Se nós lembramos com carinho de um filme logo sua música vem à mente. Cinema e música. Casamento perfeito que mostro aqui a partir de agora. Então vamos lá. Sobe o som “Era uma vez o cinema”!!! Superman – John Williams ET – John Williams  Cinema Paradiso – Ennio Morricone Era uma vez no Oeste – Ennio Morricone O poderoso chefão –   N ino Rota Táxi driver – Bernard Herrmann Em algum lugar do passado – Rachmaninov / John Barry Love Story – Francis Lai Laços de ternura – Michael Gore  Ghost – The Righteous Brothers Forrest Gump – Alan Silvestri Luzes da ribalta – Charlie Chaplin E o Vento Levou – Victor F