SEMANA FLAMENGO: AMOR DE UMA VIDA


Semana passada participei de um bate papo com crianças de uma escola e falei para elas da importância de na idade delas criar o hábito da leitura porque assim se cria o amor aos livros e alguns dos maiores amores de nossas vidas surgem na infância.

E é verdade, vale para muita coisa na vida. Alguns de nossos maiores amores, os mais especiais surgem na infância. Querem exemplo? O amor eterno que criamos por nossos pais.

Tem um amor que não citei ainda que para alguns pode não ser o maior, mas pode ser o mais longevo que é o amor pelo time de futebol. Ok, amor pelos pais é eterno, mas pelo ciclo natural da vida os pais morrem e esse amor eterno se mistura com a saudade. O amor pelo time não, ele é eterno, se renova, os jogadores que vestem a camisa de seu time e você torce com oitenta anos de idade são completamente diferentes daqueles que te fizeram amar esse time.

E é um dos amores mais sinceros, amor mesmo na amplutide da palavra porque é um amor em que pensando friamente você ganha nada, muito pelo contrário.  Gasta dinheiro com ingressos, camisas, souvenires, se arrisca em estádios, viagens loucas, deixa de dormir, se aborrece e em troca de quê? Nada!! Se o time for campeão você não ganha dinheiro, emprego, a mulher dos seus sonhos, saúde, nada!!

Se fosse racional ninguém amaria futebol.

Mas o amor não é racional.

Um amor que não aceita traição. Como diz um velho clichê é aceitável que se troque de país, religião, esposa, até sexo, nunca de time. Na fase boa você pode apoiar seu time, na ruim obrigação.

E como o torcedor do Flamengo viveu essa obrigação nos últimos anos, quantos vexames..o quanto tivemos que passar até esse fim de semana onde não ganhamos dinheiro, emprego, nem saúde, mas ganhamos tudo.

Fim de semana que fez adultos chorarem como crianças, desconhecidos se abraçarem, uniu ricos e pobres, o asfalto e o o morro, petralhas e bolsominions, fez uma massa ensandecida ir para as ruas acompanhar um ônibus apenas por amar.

Um ônibus que foi e voltou de um avião, ônibus que parou definitivamente no Olimpo. Lá no Olimpo Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Junior, Andrade, Adilio, Tita, Nunes, Lico e Carpegiani abriram os portões e aplaudindo receberam Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís, William Arão, Gerson, Diego, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Gabigol e Jorge Jesus. Abraçados todos entraram e ao entrar encontraram um trono, desse trono Zico levantou e sorrindo disse "Bem vindos. Vamos bater uma bola?"

E assim, no Olimpo, se iniciou a pelada mais extraordinária da história de nossos sonhos. Sonhos? Não, isso não é mais sonho, virou realidade.


A torcida do Flamengo vive um imenso momento de amor com o amor de sua vida.


E é um amor correspondido.


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