A VIDA PÓS PANDEMIA


 Ainda não acabou a pandemia, que fique bem claro nesse início de conversa. Distanciamento e máscaras são fundamentais ainda.

Isto posto, é notório que a situação está melhorando, e graças as vacinas que fique bem claro, a tendência é que no começo do ano que vem esteja tudo sob controle, mas e aí? Como diz a União da Ilha como será o amanhã?

Como falei semana passada mágoas ficarão, não tem como. O rancor de um país dividido, a dor de quem perdeu pessoas queridas, a luta de quem teve COVID  e ficou com sequelas, nada disso dissipará no ar. Mas tem outras questões.

Essas questões, evidente, só valem para quem levou a doença a sério, para os negacionistas ou aqueles que levaram tudo de forma irresponsável muda nada. Qual será a hora de largar as máscaras? A prefeitura do Rio diz que começará a flexibilizar agora em novembro, mas você se sente seguro em fazer isso? Eu já tomei a segunda dose, mas não me sinto seguro nem fazendo caminhada sozinho.

Outra questão prefeito. Não adianta chegar a 65% e depois 80% de imunizados aqui tendo cidades da região metropolitana atrasadas. O Rio não é uma ilha e todos convivem em ônibus, BRTs e em seus dia a dia. Ah, outra, sr. Prefeito. adianta nada pedir passaporte sanitário e não dar o exemplo em evento que organiza com todos entrando sem mostrar nada. E isso não é neurose, é o certo.

Não me sinto seguro em deixar a máscara, não me sinto seguro aglomerando. Quando saio é para lugar vazio e sempre usando máscara, mas pelo menos em fevereiro já tenho que me sentir seguro, pois comprei ingresso para o carnaval. Mas se não me sentir irei de máscara.

Outra situação. Vejo que os filmes estão voltando aos cinemas, mas os mesmos permanecem vazios, as pessoas não se sentem seguras ainda para voltar aos cinemas. Como será o futuro deles? A facilidade do streaming já era um perigo aos cinemas sem pandemia, com ela aumenta. Vamos ser sinceros, quem segura o cinema somos nós mais velhos, a garotada prefere ver filme em casa, parando para ir ao banheiro, ver celular, fazer outras coisas. O jovem não quer sair de casa, pagar, aturar outras pessoas fazendo barulhos com comida e conversando e mais, não poder parar o filme.

Nós seguramos os cinemas, mas nesses quase dois anos sem ir a eles curtimos ficar em casa vendo filme e pedindo lanche. Será que iremos nos reacostumar? Pra mim nada supera a tela grande e o som do cinema, mas já fico ansioso esperando estreia no Netflix como fico esperando algo na telona. Talvez não fosse tão rápido, mas a pandemia pode ter acelerado o processo do cinema entrar em decadência como o jornal impresso. Acabar como as locadoras não acredito.

Teremos que tomar a vacina todos os anos? Não sei. O medo do Covid vai se tornar algo do passado? Também não sei. Ficaremos neuróticos achando que outras doenças virão? Talvez. Não sabemos como será o amanhã, só temos esperanças em relação a ele.

Que pelo menos possamos respirar um pouco.

E sem máscara. 


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