DINASTIA: CAPÍTULO XXXII - DINASTIA (1º PARTE)
No dia seguinte observava meu bisavô pegar Bruno no colo e pensei em tudo aquilo que vi no escritório. Sim, daria um belo livro, não só daria, mas dará. No refeitório enquanto tomávamos café pedi desculpas a Pepe e contei que descobrira o baú.
Pepe se assustou e comentou da garrafinha. Respondi que não me interessava a garrafa ou que tinha dentro, mas sim os cadernos que vi. O Barão comentou que aquilo era nada demais, apenas velharia.
Falei pra ele que não. Aquela era a história de nossa família, de uma dinastia e daria um belo livro. Meu bisavô riu, bebeu mais pouco e completei “vamos escrever um livro, nós dois juntos e com ele comemorar seu centenário”.
Pepe me olhou e perguntou “Você realmente está falando sério não é?”. Olhei firme para ele e respondi que sim. Pepe limpou a boca com guardanapo e afirmou “conheço esse olhar, vi muitas vezes no espelho”.
O centésimo aniversário de meu bisavô se aproximava e queria que o livro sobre nossa família fosse uma das homenagens pela data. A outra grande homenagem seria dada pela Acadêmicos de Feital. O enredo para o carnaval seguinte seria “Pepe Granata, o Barão do carnaval”.
Ricardo preso ainda controlava o jogo do bicho. Sabem como é o sistema criminal do país, nem sempre justo. Ricardo tinha todas as regalias que o dinheiro podia comprar. Tv de plasma, ar condicionado, recebia comida de restaurantes e celular à vontade para falar. Natanael, um antigo funcionário de confiança de meu bisavô ficou responsável por seguir as ordens de Ricardo e conduzir tudo do lado de fora.
Natanael era um bom homem, me viu crescer e conversei com ele. Pela primeira e única vez me impus como herdeiro dos negócios e falei com o homem “nada de tráfico de drogas, caça níqueis, cassinos, nada disso. Conduza apenas o jogo do bicho e nem quero saber como”. Natanael deu uma risada serena e comentou que não entendia o porque do jogo do bicho ser proibido quando o governo é o primeiro a incentivar vários jogos a partir da Caixa Econômica Federal.
Ele me olhou e perguntou “qual problema de fazer uma fezinha doutor? É mais barato que jogar na loteria”. Fiquei sem resposta.
Executivos gerenciavam as “Casas Granata” e os “Granata Shopping”. Continuei com minhas ações como deputado, recebendo ameaças e não esmorecendo. Ao mesmo tempo escrevia o livro com meu bisavô.
Em meu notebook transcrevia coisas do caderno aliando passado e futuro e também entrevistava Pepe. O Barão realmente tinha memória privilegiada e lembrava-se de fatos importantíssimos para o livro.
Ainda tinha tempo de ser marido e pai. Chegava em casa completamente extenuado do trabalho, do dia e encontrava meu filho que dava um sorriso e engatinhava até a mim.
O sorriso de Bruno acabava com meu cansaço. Eu revigorado sorria e pegava meu filho no colo girando pelo ar. Sentava no chão e brincava com ele enquanto a babá ia embora e a diarista contava que o jantar estava quase pronto. Rolando com Bruno pelo chão eu respondia que jantaríamos quando a “dona Luciana” chegasse.
Luciana andava tão atarefada quanto eu. Além de trabalhar no escritório de Cássio resolveu que queria ser juíza. Estudava com afinco. Fazia curso à noite e chegava em casa tão cansada quanto eu. Ela abria a porta com cara de acabada e eu nem pensava duas vezes. Puxava Luciana ao chão para entrar na brincadeira.
E ficávamos os três ali brincando como qualquer família feliz de comercial de margarina.
O livro ganhava corpo. A história dos Granata sendo contada desde a vinda de Benito e Antonieta Granata ao Brasil até os dias atuais. Claro que como escritor dei uma romanceada em algumas coisas para dar uma valorizada e ao concluir deixei meu bisavô descansar já que eu era a parte final do livro. Depois de meses de trabalho escrevi “finito” e levei os originais para a mansão.
Entreguei a Pepe e falei para ele ler com calma, mas apenas dois dias depois me ligou pedindo que eu fosse à mansão. Ao chegar o Barão me deu um abraço emocionado e comentou que estava toda ali a história de nossa família. Fiquei feliz com seus dizeres e ele me perguntou qual seria o nome do livro.
Pra dizer a verdade em nenhum momento eu pensara no nome do livro. Fiquei ali queimando meus neurônios pensando em algo enquanto a enfermeira enchia o copo de Pepe com uísque. Sentei e comentei “é, não me vem nada à cabeça”. Pepe bebeu um pouco do uísque e levantou o copo dizendo “Dinastia”.
Naquele momento olhei meu bisavô e ele completou “dê ao livro o nome de Dinastia”. Pensei um pouco e respondi “Taí. Gostei, simples, direto. Dinastia”. Meu bisavô rindo comentou “você é um ragazzo inteligente, mas não se esqueça que o líder dessa família sou eu”. Disse isso e pediu à enfermeira mais um pouco de uísque. Comentei como ele conseguia que a enfermeira, que devia cuidar de sua saúde, lhe desse bebida.
Pepe pegando o copo cheio respondeu “primeiro porque sou eu que pago seu salário e segundo porque não corro mais riscos de morrer jovem devido à bebida”.
Pepe Granata era um gênio.
E dessa forma, tantas e tantas páginas depois voltamos ao início do livro. Eu conduzia o carro em direção a livraria para lançar nosso livro, orgulhoso de nosso trabalho, mas ao mesmo tempo preocupado.
Pepe há dois dias fora internado em um hospital com pneumonia. Meu bisavô sempre teve uma saúde de ferro e mesmo próximo aos cem anos ficar doente me surpreendia. Ao mesmo tempo não conseguia estar plenamente feliz. Meu bisavô era parte essencial daquilo, era co autor e queria que ele estivesse no lançamento ao meu lado. Mas como Luciana disse ao ajeitar minha gravata “em coração ele estará”.
Enquanto eu dirigia notei um carro suspeito nos seguindo. Comentei com Luciana e rapidamente ela ligou para o carro dos seguranças lhes alertando. Todos ficamos receosos, tensos, mas depois de algum tempo o carro virou e não mais nos acompanhou. Luciana deu um suspiro de alívio e eu comentei “é o preço”.
Chegamos à livraria e ela estava lotada. A imprensa tirava fotos e muitos se aproximavam para me abraçar. Conheci ali alguns membros da família Granata como Lucca e Moema, filhos de Enrico acompanhados de seus filhos. Ali também revi Adriana depois de tantos anos. Ela estava linda ao lado do marido, de sua filha Clara, marido e um bebê no colo. Adriana tão jovem já era avó.
Minha avó Isabela também estava lá, assim como minha mãe, Cássio e Xande que veio da Califórnia com seu marido surfista. Depois de um tempo chegou uma senhora que veio me abraçar emocionada. Eu não lhe conhecia e ela se apresentou como Mariana. A menininha que Pepe e Oscar salvaram na revolução constitucionalista em 1932.
Mariana já passava bem dos oitenta anos e há pelo menos trinta morava na Espanha então realmente não lhe conhecia. Apresentou um rapaz que devia ter minha idade e antes que eu perguntasse se era seu neto respondeu que era Fernando, seu marido.
Sem graça cumprimentei Fernando e perguntei se estava tudo bem. O homem respondeu que sim e Mariana contou que ele era seu motorista há um mês quando se declarou completamente apaixonado. Eu ouvia a história sem nem conseguir raciocinar quando ela contou “Pra você ver meu netinho, acho que posso lhe chamar assim, era meu motorista e casou comigo, isso já é de família né ocorreu com o Pepe”.
Fernando comentou que foi amor à primeira vista e só consegui comentar “que bom”. Mariana perguntou por Pepe e quando contaria que adoentado ele não participaria ouvi uma voz dizendo “estou aqui sua velha sem vergonha, arrume alguém de sua idade”.
Quando olhei era meu bisavô muito bem vestido entrando acompanhado da enfermeira. Feliz me surpreendi e perguntei “mas como? O senhor estava internado”. O Barão com seu jeito peculiar de ser contou “E você achou que eu deixaria todos os louros só pra você?”. Deu um abraço em Mariana, cumprimentou todos os presentes e nos sentamos à mesa para autografar os livros.
Antes que o primeiro fosse autografado comentou comigo “Vamos lá Chico, vamos assinar a nossa dinastia”.
Ficamos horas assinando livros. Pepe não tirava o sorriso do rosto. O momento de emoção foi quando um senhor na altura de seus setenta anos se aproximou para Pepe autografar seu livro.
Pepe mal olhando para ele perguntou seu nome e o homem respondeu “Manolo Guerrero Diaz Neto”. Pepe parou de escrever no livro, respirou e olhou para o homem dizendo “não pode ser”.
Podia sim. Era idêntico ao homem de uma das fotos da parte destinada a Salvatore Granata. Era um dos netos de Manolo. O melhor amigo de meu trisavô.
O passado estava presente com força naquela noite esplendorosa. Parecia que podíamos sentir a presença de Salvatore, Pepino, Luigi e todas as pessoas que lhes cercaram e ajudaram a construir aquela saga. A nossa dinastia.
No fim reunimos a família e tiramos uma foto para posteridade.
Depois da foto Pepe se despediu de mim. Tinha que voltar à mansão para voltar a se alimentar comida de verdade, comentou “comida de hospital é para doentes e eu sou um homem sadio”.
A enfermeira lhe encaminhou até a porta. Mas ele fez um sinal para que ela parasse e pediu para voltar. Voltaram até próximo de mim e Pepe pediu para que eu agachasse.
Agachei-me e ele me disse.
“Demorei décadas para achar meu herdeiro. Não herdeiro de negócios, mas herdeiro de vida e esse herdeiro é você Francisco. Você é a minha perpetuação, o meu sangue em sua total pureza. Tenho muito orgulho de você ragazzo”.
Aquelas palavras significaram muito para mim. Abracei meu bisavô e lhe agradeci. Pepe para não mostrar que chorava pediu que a enfermeira lhe levasse logo antes que morresse de fome.
Boas notícias vieram. Luciana passou na prova e se tornou juíza. Uma mulher íntegra que muito tinha a acrescentar à nossa justiça. Chegou à época também do centésimo aniversário de Pepe Granata. Mas ele não quis festa.
Por coincidência seu aniversário de cem anos seria no dia do desfile da Acadêmicos de Feital. Pepe me disse que não poderia existir comemoração maior. Junto ao seu povo.
Na noite do desfile, antes de começar, o bolo foi cortado com velas que representavam o número cem. Pepe riu e comentou “ainda bem que não botaram cem velas, eu não teria fôlego”.
O intérprete do samba pegou o microfone e cantou parabéns pra você com acompanhamento da bateria. A Marquês de Sapucaí toda cantou junto e enquanto Pepe era colocado sentado em uma cadeira no último carro alegórico comentou comigo “é o dia mais feliz da minha vida”.
Vim na frente da escola apresentando a agremiação e o desfile foi emocionante, impactante. As arquibancadas, camarotes, frisas vieram junto conosco cantando o samba em homenagem a Pepe Granata. Os componentes cantavam felizes. Eu nunca vira a Acadêmicos de Feital tão guerreira, tão linda.
Eu vivia uma catarse.
No último carro um emocionado Pepe Granata acenava ao povo. Um filme passava por sua cabeça, tudo o que viveu. Via anônimos cantando sua história, viu figuras familiares. Viu Manuel, seu velho amigo que lhe deu a mão quando chegou ao Rio e nada entendeu.
Esfregou os olhos e era mesmo Manuel passando elegante ao lado do carro cantando abraçado ao filho Romeu, aquele que se matou. Manuel e Romeu olharam Pepe e acenaram felizes.
Pepe acenou de volta e viu Constância passando pelo outro lado e sambando. Antonieta aplaudia e Dora rodava como uma baiana. Pepe sorriu ao ver tantas pessoas que amava no desfile em sua homenagem.
Olhou em volta do carro alegórico e viu seus filhos Domenico, Enrico e Benito cantando. Olhou nas frisas e viu Luisa com Sophia no colo acenando acompanhada de Giuliana.
Viriato, Dulce, Barbosa, Janete e Zaqueu jogavam confetes e serpentinas do camarote. Pepe sorria e se perguntava o que todas aquelas pessoas faziam ali. Seu avô Benito Granata andava com Domenico Vergara e Oscar pela lateral da pista como se ajudassem a harmonia.
Faltava gente. Sentia-se feliz, mas faltava rever algumas pessoas. Pepe olhou para mim na frente do desfile acenando ao público e viu ao meu lado Pepino e Luigi. Os três Granata acenando e apresentando a Acadêmicos de Feital.
O velho homem vivia sua felicidade plena. Emocionado tirou os óculos, limpou as lágrimas dos olhos e disse baixinho “eu já entendi”. Ao pronunciar a frase Beatriz e Cecília surgiram a sua frente no carro alegórico.
As duas mulheres estenderam as mãos para Pepe. Pepe respirou fundo, sorriu e deu as mãos às mulheres levantando. Cecília e Beatriz levaram Pepe até o chão onde viu Salvatore. Abraçou o pai e foi cercado por todos esses amigos queridos.
Pepe sambava feliz no meio de uma roda feita pelas pessoas importantes de sua vida. Começou do nada a chover e a chuva molhava o seu corpo sem que se importasse. Fechou os olhos levantou os braços ao céu e gritou “obrigado meu Pai Xangô”. Ao dizer Mãe Baiana surgiu no meio da roda e contou “Está na hora meu filho”. Pepe sorriu para a Mãe de Santo e respondeu “eu sei”.
Naquele momento vi um raio que iluminou todo o céu. Senti um arrepio. Luciana me perguntou se eu estava bem e respondi “ele partiu”.
Quando o carro alegórico do Barão chegou na apoteose as pessoas perceberam que ele estava desmaiado na cadeira. Uma ambulância chegou correndo com o médico subindo no carro para tentar ressuscitá-lo. Abracei Luciana e num misto de sorriso e lágrimas falei para ela “felicidade plena”.
No dia de seu aniversário de cem anos Pepe Granata morreu. Seu velório foi realizado na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e depois seu corpo conduzido no carro de bombeiros até Feital. O povo do município foi para as ruas despedir-se de seu Barão, o pai dos pobres.
Quando o cortejo entrou no cemitério dei meia volta com Luciana. Ela perguntou se eu não iria acompanhar o funeral e respondi “não precisa, ele não está mais lá”.
Pegamos Bruno com a babá e levamos para brincar na “Praça das rosas”, que algumas semanas depois ganhou o nome de “Praça do Pepe”. A avenida principal do município passou a se chamar “Avenida Giuseppe Granata” e a maior das honrarias. O município de Feital passou a se chamar Barão de Feital.
Pepe Granata não era apenas o Barão de Feital, o pai dos pobres, nome de praça, avenida ou município, mais importante que tudo isso, ele era meu bisavô.
Não era um homem perfeito, tinha muitos defeitos, dúvidas sobre ele, mas até que se provasse o contrário um homem correto, íntegro, extremamente corajoso e com uma força de vontade que nunca conheci igual.
Saiu da pobreza em São Paulo dizendo que venceria no Rio de Janeiro e venceu. Conseguiu enriquecer como prometera. Pegou os negócios de Domenico Vergara e aumentou em mais de vinte vezes seu império. Domenico era rico, Pepe virou bilionário, um dos homens mais ricos e poderosos do Brasil. Uma locomotiva, um trem pagador.
E meu grande orgulho.
A tendência com a morte de Pepe era uma guerra familiar começar pelo poder. Eu era o legítimo herdeiro e Ricardo o homem que mantinha os negócios. Não era e nunca foi do meu interesse comandar os negócios da família, mas também não queria o poder todo nas mãos de Ricardo.
Mas não aconteceu a guerra.
Ricardo como contei recebia privilégios na cadeia e uma noite pediu comida de um restaurante chique das imediações. Comeu e logo depois começou a sentir-se mal com uma terrível dor no estômago. Ricardo se contorcia na cama gritando por ajuda, mas ninguém interveio. Na manhã seguinte ao abrirem a cela encontraram seu corpo. Ricardo morrera envenenado e nunca foi descoberto seu assassino.
Eu era o único herdeiro.
Luciana perguntou o que eu faria, se comandaria as lojas, shoppings e principalmente jogo do bicho. Seria contraditório demais eu que lutava contra a criminalidade na cidade virar um banqueiro do bicho. Chamei Natanael e alguns gerentes que trabalhavam para a família.
Perguntei a Natanael quanto tempo ele trabalhava com a família. Ele respondeu que cerca de trinta anos. Comentei que era bastante tempo e perguntei para os cerca de dez gerentes que tinham no local. Todos trabalhavam a mais de dez anos.
Agradeci a todos e comentei que não precisava mais de seus serviços. Todos tomaram um grande susto e Natanael implorou para não ser demitido, pois, já tinha mais de sessenta anos e não conseguiria mais emprego.
Contei ao homem que ele não estava sendo demitido, nem ele nem nenhum gerente. Na verdade eu que me demitia do jogo do bicho, eu e toda a família Granata.
Natanael nada entendeu e apertei sua mão dando parabéns “ao novo banqueiro do bicho do Rio de Janeiro”. Virei para os gerentes e falei que doava para eles as bancas que tomavam conta. Para Natanael disse “as bancas de Feital e do restante do país são suas”.
O velho homem começou a chorar e os gerentes me abraçaram agradecendo. Natanael se recompôs e beijou minha mão comentando que não tinha como agradecer. Respondi que eles tinham sim como me agradecer. Bastava mirarem apenas no jogo do bicho sem se envolverem com drogas e outros negócios ilegais.
Os homens prometeram e dei boa sorte completando “não quero encontrar vocês nas investigações que faço”.
Nunca encontrei.
Vendi as empresas da família e reparti o dinheiro com todos os parentes diretos de Pepe Granata. O jogo do bicho passou a ser comandado por quem entendia, as empresas também. Todos ficaram bem de dinheiro e eu sabia que não precisava me preocupar com o futuro de Bruno. Todo o dinheiro que era meu de direito coloquei em uma poupança em nome de Bruno Granata onde ele só poderia mexer depois dos dezoito anos.
Minha família não vivia do dinheiro dos Granata, vivia de nosso suor. De Luciana como juíza de direito e do meu como advogado e deputado estadual.
E eu continuava meu trabalho, continuava a incomodar muitas pessoas. As investigações chegaram até um desembargador e um governador da região Sudeste do Brasil. Era um grande escândalo e para muitos eu assinava minha sentença de morte.
Uma noite chegava em casa e dei de cara com Luciana estacionando. Esperei que minha esposa descesse e lhe dei um beijo para subirmos juntos ao nosso apartamento.
Enquanto subíamos falávamos de detalhes de nosso dia. Perguntei se Bruno já tacara fogo na babá e Luciana rindo respondeu que achava que não já que não sentia cheiro de queimado.
Saímos do elevador e encontramos nossa porta aberta. Luciana se assustou e peguei minha arma, comecei a andar armado depois do primeiro atentado e pedi que minha esposa esperasse do lado de fora.
Entrei e encontrei a casa toda revirada. Muito preocupado andei pela casa gritando pela babá ou por Bruno. Entrei no quarto de meu filho e encontrei a babá amarrada e amordaçada em uma cadeira.
Soltei a mulher que gritou “levaram o Bruno!!”
Continua...
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O BAÚ
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