AMOR: CAPÍTULO 2 - PRIMEIRO AMOR
Pra começar a contar minha história tenho que voltar um pouco no tempo. Doze anos para ser mais preciso. Tinha treze anos de idade e terminava o ensino fundamental. Era um garoto como todos os outros com sonhos, esperanças, vontades. Essa idade é muito complicada porque você não é adulto nem criança. Quer ser adulto, mas muitas vezes pensa como criança. Eu gostava de jogar bola, apesar de ser péssimo, soltar pipa, apesar de ser péssimo, pique esconde, pique bandeira, jogo de taco, queimado, vôlei, apesar de ser péssimo. Sim, eu era péssimo em todos os esportes. O último a ser escolhido antes dos jogos, motivo de piadas e gozações. A única coisa que eu era realmente bom era em sonhar. Ah, nisso eu era. Filho único, introvertido, não tinha muitos amigos na infância para brincar e ainda por cima ficava na rua chorando no portão pedindo para entrar quando minha mãe me botava pra fora para brincar. Eu era um tipo esquisito e as crianças, consideradas tão puras