43
É, os 43 anos chegaram..
..Não tenho do que me queixar.
Percebi que uso bastante essa frase "Não tenho do que me queixar", só esse ano em dois textos encenados essa frase foi utilizada. Mas por que uso tanto? Fiquei pensando sobre isso. Seria uma forma de comformismo com a vida? Ou simplesmente aceitar as coisas como ela são e tirar o lado bom de tudo?
Acho que estou mais para a segunda opção, Realmente não tenho do que me queixar porque estou vivendo um momento de vida que dá para tirar lado bom de tudo. Evidente que a vida não é um mar de rosas, tem tristezas, decepções, aborrecimentos, não tem como evitar, isso é humano, mas eu me sinto um privilegiado.
Eu diria que se a vida fosse uma partida de futebol eu cheguei aos 37 anos dela em 2013, o que poderia equivaler a 40 minutos do primeiro tempo, perdendo por 3x0 e com um jogador a menos. Agora chego aos 43, ao intervalo, perdendo por 3x2 apenas e com um jogador adversário expulso tendo o segundo tempo inteiro ainda perdendo a partida, mas com a torcida imflamada me jogando pro ataque.
Por que isso? Porque desde que comecei a fazer caminhadas no fim de 2013 perdi peso ganhando saúde, perdendo uma hernia que estava nascendo e ganhando autoestima. A vida mudou para muito melhor, autoestima, isso é tudo na vida, se você quer algo primeiro tem que cultivar sua autoestima e acho que tê-la atraiu tudo de bom que ocorreu.
Até 2013 tinha de relevante na minha vida o Estandarte de Ouro com o Boi da Ilha em 2001 e o samba vencido na União da Ilha em 2012. além de uma filha maravilhosa, a Bia. De 2013 pra cá perdi peso, fundei o "Reage Boi" e a "Nação Insulana", passei como comentarista pelos principais sites de carnaval, criação de"Os Carolas" e do "Pacig", tive três livros publicados passando por FLIP e Bienal de São Paulo, terei mais dois esse ano publicados na Bienal do Rio, quatorze peças encenadas por quase todas as regiôes do Brasil, peça com temporada em São Conrado, outra que terá em setembro na Barra, uma terceira em Copacabana em outubro, um curta metragem lançado em cinema, mais quatro sendo lançados em uma mostra e um longa metragem com roteiro e direção meus. Projetos teatrais, em vídeo, musicais, fora os nascimentos de Gabriel, Lucas e ter encontrado a Luciana.
Tudo iso que ocorreu de 2013 para cá já me faria ser um cara satisfeito, mas não poder se queixar não é sinônimo de estar satisfeito, sou um insatisfeito por natureza e sempre quero mais, por isso mesmo com tudo isso digo que ainda perco por 3x2 porque eu quero o mundo. Meus sonhos são do tamanho dele e eu sou capaz de realizar.
Vivo provavelmente o melhor momento de minha vida e o mais legal é que de 2013 pra cá todos os anos eu digo isso, sinal que estou numa crescente. Chego aos 43 anos na minha plenitude mental, física e tendo todo um futuro pela frente pára falar, debater,criar, amar, amar meus amigos, a minha arte, meus filhos e a mulher que me escolheu para ser minha esposa.
Quero fazer muita coisa ainda, quero e sei que posso, quero deixar minha marca aqui quando partir e isso que me move, A cada dia levanto da cama, ainda com sono, na missão de chegar de noite melhor do que acordei, produzindo, criando, fazendo aocntecer pelo futuro de Bia, Gabriel e Lucas e para honrar o nome de minha mãe que viveu por mim. Tenho que um dia mostrar para ela que valeu a pena.
Essa é minha missão e chego aos 43 anos com esse foco. Penso assim porque sou louco e acredite, não são os gênios que mudam o mundo e sim os loucos.
Definitivamente não posso me queixar, mas posso muito mais.
Tenho uma grande partida pra vencer.
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