TROCANDO EM ARTES: ESCRAVA ISAURA
Trocando em artes versão novelas volta com uma das mais importantes já realizadas. Um marco da teledramaturgia brasileira.
Trocando em artes orgulhosamente apresenta:
Escrava Isaura
Escrava Isaura é uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo, no horário das 18 horas, entre 11 de outubro de 1976 e 5 de fevereiro de 1977, em 100 capítulos, substituindo O Feijão e o Sonho e sendo sucedida por À Sombra dos Laranjais. Foi a 10ª "novela das seis" exibida pela emissora.
É uma adaptação do romance A Escrava Isaura de Bernardo Guimarães, feita pelo novelista Gilberto Braga, com direção de Herval Rossano e Milton Gonçalves.
Contou com Lucélia Santos, Edwin Luisi, Roberto Pirillo, Carlos Duval, Átila Iório, Gilberto Martinho, Léa Garcia e Rubens de Falco nos papéis principais.
Em abril de 2012 foi lançada em DVD pela Globo Marcas.
Enredo
Órfã desde o nascimento, a escrava branca Isaura (Lucélia Santos) desconhece quem é seu pai. Sabe apenas que a mãe foi uma mulata, mucama da fazenda onde agora reside. Isaura sempre foi amparada por Ester (Beatriz Lyra), sua senhora, que a educou como moça da Corte. Sua protetora morre logo no início da trama, e o filho, Leôncio (Rubens de Falco), se torna o administrador dos bens da família. Apaixonado por Isaura e furioso por não ser correspondido, ele se apodera de sua carta de alforria, deixada pela mãe, e aplica castigos cruéis à moça. Isaura também sofre com as intrigas de Rosa (Léa Garcia), uma escrava má e invejosa.
O desejo por liberdade se torna ainda mais premente quando Isaura se apaixona por Tobias (Roberto Pirillo), proprietário de terras vizinhas. O casal tem que enfrentar as perversidades de Leôncio, que se recusa a vender Isaura. O romance acaba tendo um fim trágico, quando Leôncio incendeia a cabana onde se encontrava Tobias, desconhecendo que sua própria esposa, Malvina (Norma Blum), também estava lá.
Deprimida com a morte de Tobias, Isaura encontra consolo ao descobrir a identidade de seu pai, Miguel (Átila Iório), que decide comprá-la para lhe dar a sonhada liberdade. Mas Leôncio não aceita vendê-la e lhe impõe castigos cada vez mais cruéis: ela passa a trabalhar na lavoura, além de assumir outros serviços pesados, e chega a ser presa ao tronco.
Isaura acaba fugindo com o pai e um casal de escravos amigos e vai morar em outra cidade, assumindo a identidade de Elvira. Lá, a moça conhece o jovem abolicionista Álvaro (Edwin Luisi). Mas é desmascarada durante uma festa de gala e forçada a voltar para o seu senhor. Completamente falido, o vilão se suicida no final, após ter todos os bens arrendados por Álvaro, inclusive Isaura.
Elenco
Lucélia Santos - Isaura dos Anjos / Elvira
Rubens de Falco - Leôncio Almeida
Edwin Luisi - Álvaro
Léa Garcia - Rosa
Gilberto Martinho - Leopoldo Almeida (Comendador Almeida)
Roberto Pirillo - Tobias
Norma Blum - Malvina
Mário Cardoso - Henrique
Haroldo de Oliveira - André
Isaac Bardavid - Francisco (Chico)
Zeni Pereira - Januária
Beatriz Lyra - Ester
Átila Iório - Miguel / Anselmo
Elisa Fernandes - Taís
Dary Reis - Conselheiro Fontoura
Maria das Graças - Santa
Ângela Leal - Carmem
Ítalo Rossi - José
Francisco Dantas - Sr. Matoso
Myrian Rios - Aninha Matoso
Carlos Duval - Beltrão
André Valli - Martinho
Clarisse Abujamra - Lúcia
José Maria Monteiro - Capitão Andrade
Gilda Sarmento - Carolina
Ary Coslov - Geraldo
Neuza Borges - Rita
Edyr de Castro - Ana
Lady Francisco - Juliana
Amíris Veronese - Alba
Ana Maria Grova - Eneida
Almeida Santos - Jaime
Aguinaldo Rocha - Dr. Alceu
Nena Ainhoren - Lucíola
Mário Polimeno - Palhares
Marlene Figueiró - Leonor
Alexandre Lambert - Geraldo
Joyce de Oliveira
Lídia Iório - Isaura (criança)
Janser Barreto - Leôncio (criança)
Dudu Moraes
Joel Silva
Hilda Reis
Ana Lúcia Torre
Henriette Morineau - Madame Madeleine Besançon
Marcos Frota - Eurípedes
Reprises e exibições internacionais.
Escrava Isaura é a novela mais reapresentada pela Rede Globo, com cinco reprises: A primeira, entre 29 de agosto de 1977 e 16 de janeiro de 1978, às 13h30; a segunda, um compacto de 30 capítulos às 18h entre 17 de dezembro de 1979 e 19 de janeiro de 1980; pela terceira vez no programa TV Mulher a partir de setembro de 1982; a quarta um compacto em 1990 no Festival 25 Anos; a quinta mais um compacto somente para o Distrito Federal em 1985 após o Jornal Nacional, enquanto no restante do país era exibido o horário eleitoral gratuito.
Foi uma das telenovelas brasileiras mais exibidas no mundo, em quase 80 países, entre eles Alemanha, África do Sul, Áustria, Bélgica, Bulgária, China, Coreia, Dinamarca, Gana, Hungria, Indonésia, Islândia, Israel, Itália , Letônia, Líbano, Lituânia, Luxemburgo, Madagáscar, Namíbia, Nigéria, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Quênia, República Tcheca, Rússia, Singapura, Sri Lanka, Suíça, Turquia, Ucrânia e Moçambique, chegando a parar a guerra na Croácia, furando a cortina de ferro na Europa. Em Cuba o governo cancelou o racionamento de energia elétrica durante o horário da novela. Em Portugal, a sessão da Assembleia da República foi encerrada antes do horário previsto, para se assistir ao final da novela. E a personagem de "Leôncio" gerou um ódio tal nos Portugueses, que houve uma manifestação contra o actor Rubens de Falco, quando este veio visitar Portugal.
Em 2012, o Portal Terra (edição peruana) a considerou uma das cinquenta melhores novelas de todos os tempos.
Trilha Sonora
Prisioneira - Elizeth Cardoso
Amor Sem Medo - Francis Hime
Retirantes - Dorival Caymmi
Nanã - Orquestra Som Livre
Banzo - Tincoãs
Mãe Preta - Coral Som Livre
Curiosidade
No ano de 1965, a TV Paraná, de Curitiba, realizou uma adaptação da obra de Bernardo Guimarães. Escrita por Paulo de Avelar e dirigida por Roberto Menghini, estreou em 7 de junho de 1965 às 22h, sendo exibida às terças, quintas e sábados. No elenco, os atores Maria Aparecida (Isaura), Alceu Honório (Leôncio), Airton Mullher (Álvaro), Aracy Pedroso (Malvina), entre outros.
Trocando em artes versão novelas volta no fim do ano se despedindo de 2018 com uma não novela, uma série histórica, Armação Ilimitada.
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