O CLUBE DOS 12: IMPERATRIZ
Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense (ou simplesmente Imperatriz Leopoldinense) é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, sediada no bairro de Ramos. A escola foi fundada em 6 de março de 1959, pelo farmacêutico Amaury Jório juntamente a alguns sambistas da Zona da Leopoldina e remanescentes da extinta agremiação Recreio de Ramos.
Seu nome faz referência à Estrada de Ferro Leopoldina - que cortava o bairro de Ramos - e que, por sua vez, recebeu esse nome em referência à Imperatriz Maria Leopoldina de Áustria. Suas cores foram escolhidas em referência à sua escola-madrinha, Império Serrano. Em seu pavilhão, onze estrelas simbolizam os bairros que compõem a Zona da Leopoldina: Benfica, Bonsucesso, Brás de Pina, Cordovil, Manguinhos, Olaria, Parada de Lucas, Penha, Penha Circular, Ramos e Vigário Geral. A estrela que representa Ramos fica destacada, na parte de cima da bandeira, por representar o berço da escola. Sua quadra se localiza na Rua Professor Lacê, n.º 235, em Ramos, próximo à estação de trem do bairro.
A Imperatriz Leopoldinense é detentora de oito títulos de campeã do grupo principal do carnaval carioca, conquistados em 1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Sendo que em 1980, 1989 e 2001 foi campeã obtendo nota máxima em todos os quesitos.
Desfilou pela primeira vez em 1960, com um enredo em homenagem à Academia Brasileira de Letras. Porém, apenas em 1972 ganhou notoriedade, após fazer parte da novela "Bandeira 2", da Rede Globo. Naquele ano, apresentou o enredo "Martim Cererê", conquistando o 4.º lugar. O samba-enredo daquele ano foi o primeiro a ser incluído em uma trilha sonora de telenovela. Em 2012, outro samba da escola - "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!" - seria o primeiro samba-enredo utilizado como tema de abertura de uma telenovela. Nesse caso, na novela "Lado a lado".
A escola foi pioneira ao implantar, no ano de 1967, um departamento especial para elaborar os seus desfiles. O Departamento Cultural e de Carnaval da Imperatriz Leopoldinense visava organizar os carnavais da escola e desenvolver atividades culturais para os integrantes da mesma. Durante o seu período de atividade, o Departamento elaborou enredos de cunho nacionalista; sobre movimentos culturais ou sobre a história do Brasil. A maioria baseados em obras da literatura brasileira. No final da década de 1970, com a chegada de Luiz Pacheco Drummond à presidência da escola, o Departamento de Carnaval foi extinto e a Escola voltou a apostar na figura do carnavalesco como principal responsável pela confecção dos seus desfiles. Ainda assim, enredos sobre a História do Brasil ou elementos da cultura brasileira continuaram a ser tema principal na maioria dos desfiles da Imperatriz.
Em 1980, com melhores condições financeiras, a escola contratou o carnavalesco campeão do ano anterior, Arlindo Rodrigues. No mesmo ano, com um enredo em homenagem a Bahia, a escola conquistou o seu primeiro título de campeã, dividido com Portela e Beija-Flor. No ano seguinte, dessa vez sozinha, conquistou o bicampeonato com o popular samba-enredo "O teu cabelo não nega" ("Nesse palco iluminado, só dá Lalá").
Em 1989, com "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!", o carnavalesco Max Lopes conquistou mais um título para a escola de Ramos, vencendo o famoso desfile "Ratos e urubus, larguem a minha fantasia" da Beija-Flor. A partir desse período, a Imperatriz se caracterizara por seus desfiles técnicos, elaborados exclusivamente para atender às obrigatoriedades dos quesitos julgados, o que lhe rendeu o apelido de "certinha de Ramos". Utilizando-se dessa técnica, sob o comando da carnavalesca Rosa Magalhães, venceu os campeonatos de 1994, 1995, e nos anos de 1999, 2000 e 2001 conquistou o primeiro tricampeonato da "era Sambódromo".
Destaques
Luiz Pachecho Drumond (Presidente)
Wagner Araujo (Diretor de carnaval)
Junior Escafura (Diretor de harmonia)
Cahê Rodrigues (Carnavalesco)
Arthur Franco (Intérprete)
Mestre Lolo (Mestre de bateria)
Thiaguinho Mendonça e Rafaela Theodoro (Mestre Sala e Porta Bandeira)
Anos de destaque
Martim Cererê (1972)
O quê que a Bahia tem? (1980)
O teu cabelo não nega (1981)
Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós (1989)
O quê que a banana tem? (1991)
Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajeres (1994)
Mais vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube...Lá no Ceará (1995)
Imperatriz Leopoldinense honrosamente apresenta: "Leopoldina, a Imperatriz do Brasil (1996)
Brasil, mostra a tua cara em..Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae (1999)
Quem descobriu o Brasil, foi seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do carnaval (2000)
Cana-Caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco...Quero vê descê o suco na pancada do Ganzá (2001)
Bem, aí está um pouco da história da Imperatriz leopoldinense que será a terceira escola a desfilar no domingo 26/02/2017 com este samba.
Amanhã voltaremos com Beija-Flor de Nilópolis.
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