O CLUBE DOS 12: MANGUEIRA


Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira (ou simplesmente Mangueira) é uma escola de samba brasileira da cidade do Rio de Janeiro. Foi fundada em 28 de abril de 1928, no Morro da Mangueira, próximo à região do Maracanã, pelos sambistas Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, entre outros. Sua quadra está sediada na Rua Visconde de Niterói, no bairro do mesmo nome.

A Mangueira foi a primeira escola que criou a ala de compositores, incluindo mulheres. Mantém, desde a sua fundação, uma única marcação, com o surdo de primeira, na sua bateria. Marcelino Claudino, o Maçu, introduziu as figuras do mestre-sala e da porta-bandeira no Carnaval. No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos.

Foi campeã do Grupo Especial do Carnaval em 1932, 1933, 1934, 1940, 1949, 1950, 1954, 1960, 1961, 1967, 1968, 1973, 1984, 1986, 1987, 1998, 2002 e 2016

Ganhou, ainda, um Super-Campeonato, exclusivo, oferecido no ano de 1984, na inauguração do Sambódromo. A Verde-e-Rosa fora a campeã da segunda-feira de carnaval, e a Portela do domingo. Três escolas foram para o sábado das campeãs disputar o Super-Campeonato, e a Mangueira foi aclamada a Super-Campeã com um desfile memorável em que a escola,ao chegar à Praça da Apoteose, retornou pela avenida, carregando uma multidão de foliões.

Uma das figuras mais emblemáticas da Mangueira é o sambista Jamelão, que foi o intérprete oficial da escola de 1949 até 2006, e que tornou-se uma verdadeira autarquia do samba carioca, com seu jeito mal-humorado e sua voz potente - o maior intérprete de Samba-Enredo de todos os tempos.

Após parceria com a Xerox do Brasil e a Petrobras, na década de 1990 a Mangueira também montou uma Vila Olímpica e passou a disputar campeonatos esportivos, principalmente no Atletismo e no Basquete, onde disputou o Campeonato Brasileiro de Basquete Feminino.

Quando o samba ainda não tinha reconhecimento cultural e nem se pensava em escolas de samba, a comunidade da Mangueira já despontava como pioneira dos carnavais cariocas através dos seus cordões, onde um grupo de mascarados conduzidos por um mestre com um apito acompanhava uma orquestra de percussão. Na Mangueira existiam pelo menos dois cordões: o Guerreiros da Montanha e o Trunfos da Mangueira.

Menos primitivos que os cordões, surgiram os ranchos, que se destacaram por permitir a participação das mulheres nos cortejos carnavalescos e por trazerem inovações tais como: alegorias, uso do enredo, instrumentação de sopro e cordas e o casal de dançarinos baliza e porta-estandarte, hoje conhecidos como mestre-sala e porta-bandeira. Três ranchos se destacaram em Mangueira: Pingo de Amor, Pérola do Egito e Príncipes da Mata.

Por volta de 1920, surgiram os blocos com os elementos dos cordões e dos ranchos reunindo os "bambas" do batuque e que atuaram como células para mais tarde darem origem às escolas de samba. Somente na localidade conhecida como Buraco Quente havia os blocos da Tia Fé, da Tia Tomázia, do Mestre Candinho e o mais famoso de todos, o Bloco dos Arengueiros. Foi Cartola, que aos 19 anos, sentiu que era a hora de canalizar o dom natural dos malandros do bloco, a fim de mostrá-los de uma forma mais civilizada, com todo o potencial rítmico e coreográfico herdados do ancestral africano.

No dia 28 de abril de 1928, reunidos na Travessa Saião Lobato, nº 21, os arengueiros Zé Espinguela, "Seu" Euclides, Saturnino Gonçalves (pai de Dona Neuma), Massu, Cartola, Pedro Caim e Abelardo Bolinha fundaram o Bloco Estação Primeira. Este bloco esteve presente no primeiro concurso entre sambistas na casa de Zé Espinguela, em 1929, sendo um dos precursores das escolas de samba, junto com a Deixa Falar e a Portela.

Cartola, que mais tarde casou com Zica, foi o primeiro mestre de harmonia da agremiação e deu a palavra definitiva na escolha do nome e das cores: Estação Primeira, porque era a primeira estação de trem a partir da Estação Central do Brasil onde havia samba; verde e rosa como forma de homenagem a um rancho que existia em Laranjeiras, Os Arrepiados. Aos poucos todos os outros blocos do morro foram se agregando e nos anos 1930 e 40, com o surgimento da categoria carnavalesca, a Mangueira já figurava no rol das "grandes" escolas de samba da cidade.

Venceu os três primeiros concursos oficiais, foi vice-campeã em outros dois. Não desfilou em 1937, pois o desfile foi cancelado por ordem do delegado de polícia Dulcídio Gonçalves. Neste ano, o morro da Mangueira foi representado pela azul e rosa Unidos de Mangueira, que somente participou do desfile oficial por quatro anos.

Com o racha entre os sambistas no ano de 1949, a Mangueira, juntamente com a Portela, decide seguir com a UGESB, acusada de ser uma organização simpatizante do Comunismo, enquanto outras escolas, como o Império Serrano, decidiram seguir a liga paralela estimulada pelo governo municipal, a FBES. Foi neste ano que Jamelão assumiu o posto de cantor oficial na escola, ocupando o lugar de Xangô da Mangueira. Logo em seu primeiro desfile, no posto, a escola sagrou-se campeã.


Destaques

Chiquinho da Mangueira (Presidente)


Nelson Sargento (Presidente de honra)


Leandro Vieira (Carnavalesco)


Ciganerey (Intérprete)


Junior Scarpin (Coreógrafo comissão de frente)


Matheus e Squel (Mestre sala e Porta bandeira)


Rodrigo Explosão e Vitor Art (Mestres de bateria)


Anos de destaque

O mundo encantado de Monteiro Lobato (1967)


Yes, nós temos Braguinha (1984)


Caymmi mostra ao mundo o que a Bahia e a Mangueira tem (1986)


No reino das palavras, Carlos Drummond de Andrade (1987)


Cem anos de liberdade, realidade ou ilusão? (1988)


Se todos fossem iguais a você (1992)


Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu (1994)


Chico Buarque da Mangueira (1998)


Brazil com "Z" é para cabra da peste, Brasil com "S" é nação do Nordeste (2002)


Maria Bethânia: A menina dos olhos de Oyá (2016)


Bem. Aí está um pouco da história da Estação Primeira de Mangueira que será a última escola a desfilar na segunda-feira de carnaval 27/02/2017 com esse samba.


Boa sorte para as doze agremiações e a todas as escolas de samba do carnaval brasileiro. Chegou o carnaval!!


O CLUBE DOS 12:

UNIDOS DA TIJUCA

PORTELA

SALGUEIRO

BEIJA-FLOR

IMPERATRIZ

GRANDE RIO

VILA ISABEL

SÃO CLEMENTE

MOCIDADE

UNIÃO DA ILHA

PARAÍSO DO TUIUTI 

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