O CLUBE DOS 12: BEIJA-FLOR


Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor (popularmente referida como Beija-Flor de Nilópolis) é uma escola de samba brasileira do município de Nilópolis, no Rio de Janeiro. Treze vezes campeã do Grupo Especial do Carnaval Carioca, a escola é a maior campeã da "era sambódromo". A quadra da escola está localizada na Pracinha Wallace Paes Leme, 1025 no município de Nilópolis, Baixada Fluminense.

Ao todo, a Beija-Flor venceu 13 desfiles de carnaval do Rio de Janeiro, nos anos de: 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011 e 2015. Foi vice-campeã outras 12 vezes, nos anos de: 1979, 1981, 1985, 1986, 1989, 1990, 1999, 2000, 2001, 2002, 2009 e 2013.

A Beija-Flor foi formada como um bloco carnavalesco no dia 25 de Dezembro de 1948, por um grupo formado por Martje F., Milton de Oliveira (Negão da Cuíca), Edson Vieira Rodrigues (Edinho do Ferro Velho), Helles Ferreira da Silva, Mário Silva, Walter da Silva, Hamilton Floriano e José Fernandes da Silva. A mãe de Negão da Cuíca, Dona Eulália, sugeriu o nome da agremiação, o que lhe valeu o direito de ser admitida como fundadora. O nome foi inspirado no Rancho Beija-Flor, que existia na cidade de Valença, na região serrana do Rio.

O bloco foi campeão municipal logo em 1949, seu primeiro ano de desfile, tendo sido tricampeão até 1953, seu último desfile como bloco. Um fato curioso é que nessa época um dos blocos rivais da Beija-Flor era o Bloco do Centenário, que chegou a ser presidido por Aniz Abraão David, o Anísio. Segundo depoimento de integrantes antigos da Beija-Flor, havia uma certa rivalidade entre os dois blocos, chegando até mesmo a Anísio ter, certa vez, desligado a iluminação durante o desfile da Beija-Flor. Por outro lado, seu irmão Nelson, ainda jovem, gostava de frequentar os eventos sociais da Beija-Flor, e mais tarde, lá conheceria sua futura esposa, Marlene Sennas, filha do primeiro presidente da escola.

Em 1953, através da articulação do compositor Cabana, que morava em Nilópolis, mas tinha família oriunda do Rio Comprido, na capital, começou-se as articulações para a transformação do bloco em escola de samba, que se inscreveu na Confederação Brasileira de Escolas de Samba para participar dos desfiles do segundo grupo carioca, onde obteve a primeira colocação. Seu primeiro presidente, após a transformação em escola de samba, foi José Rodrigues Sennas, ex-militar, morador da comunidade, que não estava entre os fundadores originais, mas foi convidado por eles para assumir o posto. Vice-campeã do segundo grupo novamente em 1962, foi novamente rebaixada após o décimo e último lugar de 1963. Em 1964, amargou novo rebaixamento, indo parar na terceira divisão do carnaval. Em 1965, Anísio, ex-adversário, então já em ascensão no jogo do bicho, teve uma rápida passagem pela presidência da escola. Posteriormente, seu irmão Nelson foi eleito presidente, em 1972, derrotando em eleição o ex-presidente Helles, e um terceiro candidato.

Após vários anos pelas divisões inferiores, apenas em 1973, o primeiro sob a administração de Nelson, quando apresentou um enredo sobre a educação, conquistou o vice-campeonato do segundo grupo, retornando à divisão principal. A partir de então, seu irmão Anísio tornou-se patrono e presidente de honra, transformando-se numa espécie de mecenas, e assumindo cada vez mais as decisões na escola.

A história da agremiação, pode ser dividida em duas partes: antes e depois de Joãozinho Trinta, que assumiu o cargo de diretor em 1976, com um enredo em homenagem ao jogo do bicho. Os desfiles assinados são considerados pela maior parte da crítica como antológicos, pois mesmo quando não vencia, provocava admiração nos espectadores.

Foi o que aconteceu em 1989 quando a escola, conhecida pelo luxo de suas alas e alegorias, surpreendeu o público com o enredo "Ratos e urubus, larguem a minha fantasia" levando para o Sambódromo carros e alas repletos de lixo, além de uma réplica do Cristo Redentor mendigo.


Destaques

Farid Abrahão David (Presidente)


Anísio Abrahão David (Presidente de honra)


Laíla (Direção de carnaval e harmonia)


Neguinho da Beija-Flor (Intérprete)


Mestres Plínio e Rodney (Mestres de bateria)


Claudinho e Selminha Sorriso (Mestre sala e Porta bandeira)


Anos de destaque

Sonhar com rei dá leão (1976)


A criação do mundo na tradição Nagô (1978)


O mundo é uma bola (1986)


Ratos e urubus, larguem minha fantasia (1989)


O mundo místico dos Caruanas nas águas do Patu-Anu (1998)


A saga de Agotime, Maria mineira Naê (2001)


Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz (2004)


Áfricas - Do berço real à corte brasiliana (2007)


Macapaba - Equinócio solar. Viagens fantásticas ao meio do mundo (2008)


A simplicidade de um rei (2011)


Um griô conta a história: Um olhar sobre a África e o despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a trilha da nossa felicidade (2015)


Bem, aí está um pouco da história da Beija-Flor de Nilópolis que será a sexta escola a desfilar no domingo 26/02/2017 com este samba.


Semana que vem voltamos com Acadêmicos do Salgueiro.


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