Capítulo VII - Lucinho
Essa história da viagem a Colômbia e o percurso das drogas até o Rio de Janeiro teve desdobramentos, mas o que ocorreu ficará para o próximo capítulo. Nesse continuarei contando a história dos personagens principais do livro e chegou a hora do Lucinho.
Lucio Lírio Pareja foi um rapaz que nasceu em berço de ouro. Família da Viera Souto. Pra quem não sabe a rua Viera Souto é bem na praia da Ipanema um dos metros quadrados mais caros do país. Família rica, chique, mas isso não evitou que Lucinho se transformasse em bandido.
Lucinho é alguns anos mais novo que eu e Pardal, mas a sua vida se ocorresse de modo normal nunca faria que cruzasse com a nossa, só que de normal a vida de Lucinho tinha nada ele não seria mais um daqueles playboys normais de zona Sul carioca que estuda em lugar fino, faz academia arruma uma Paty com o dinheiro do papai se forma em algo importante, arruma um trabalho e se enche de grana. Lucinho era diferente.
Ele sempre foi muito inteligente, Q.I. elevadíssimo e bonito, muito bonito. Desde moleque com um sorriso cativante cabelos encaracolados e riso fácil, podia comer a menina que quisesse..e comia.
Seu pai trabalhava em uma empresa de aviação era um alto figurão da empresa sua mãe socialite vivia para as festas e organizar chás, reuniões onde a nata da sociedade carioca participava. Lucinho era filho único e por isso recebia todos os mimos da família.
Sempre mimado, com os pais, tios, avós fazendo todas as suas vontades e sempre rebelde. Gostava de aprontar no colégio não eram poucas as vezes que soltava bombinhas no banheiro e brigava até com garotos maiores e além de tudo Lucinho sempre foi muito bom de briga.
Não eram raras as vezes que chegava em casa com anotação na caderneta foi suspenso algumas vezes também, por duas vezes convidado a se retirar de colégios. Mas mesmo assim Lucinho era querido por colegas e professores era o líder da galera e sempre teve turmas pra se divertir e aprontar. Timidez não fazia parte do dicionário de Lucinho, carisma sim.
Daqui a pouco vocês vão achar que sou bicha, mas tudo que estou escrevendo é verdade. Lucinho tinha tudo na mão, beleza, inteligência, carisma, dinheiro..ele poderia ser o que quisesse um mega empresário, juiz de direito, artista de televisão, até presidente da República!! Não sei em qual momento a vida dele se desviou, tenho palpites só.
O primeiro desses palpites vem da primeira vez que Lucinho chegou próximo da violência. Ainda garoto em um casamento desse tipo grã fino que levam revistas do gênero a loucura.
A festa era chique demais, toda a grã finagem presente e Lucinho lá garoto, uns oito anos de idade, com cara de entediado e terno e gravata. O menino ficou sentado quase o tempo todo com a mão no rosto e cara de aborrecido enquanto as outras crianças brincavam e rolava toda aquela breguice que existem em festas de casamento, cortar gravata do noivo, jogar buquê..brega demais..
E tudo caminhava para mais um casamento normal quando do nada uns quinze homens entram na festa com armas na mão e toucas ninjas. Uma gritaria toma conta do salão, os bandidos putos mandam as mulheres ficarem quietas e dão tapas na cara delas para isso. Os convidados são amarrados enquanto os homens fazem à limpa.
Jóias, muitas jóias das socialites e dinheiro dos homens. Os caras eram bem violentos davam tapas nas mulheres e nos homens e ironizavam falando que aquela era a verdadeira revolução do proletariado a divisão da fortuna do país entre ricos e pobres.
Chamaram os noivos e eles foram até os bandidos. O chefão disse que queria dançar com a noiva e perguntou se o noivo deixava, ele todo borrado respondeu que sim então o homem mandou que tocassem a valsa. O Dj colocou e eles dançaram com o bandidão aproveitando pra apertar bastante a noiva e passar a mão nela, bunda, peitos. O noivo cagão falava nada.
No fim os bandidos chamaram os noivos pra frente do bolo e disseram que tinha um presente pra eles. Um dos bandidos encheu a taça dos dois de champanhe e propôs um brinde, quando o casal levantou suas taças tiveram seus rostos empurrados no bolo ficando lambuzados.
Lucinho via a tudo fascinado, segurou o riso na hora do lance do bolo. Seus olhos brilhavam como se tivesse tendo uma ”revelação”. Assistiu toda a ação dos bandidos com muita atenção e quando eles foram embora dando tiros para o alto foi para a porta ver a partida.
Ainda viu o chefão abrir a porta de um dos carros dos convidados e tirar o capuz. O homem viu que Lucinho olhava e mandou que ele entrasse pra não se machucar. Lucinho em vez de entrar sorriu, o homem sorriu de volta o bando entrou nos carros e atirando foi embora. Lucinho os viu partir e extasiado disse baixinho “é isso que eu quero”.
Lucinho voltou pra dentro do salão e com algumas outras pessoas que não foram amarradas ajudou a soltar os que foram presos entre eles seus pais. A noiva não parava de chorar enquanto o noivo babaca que teve a esposa bulinada falava nada e apanhou dela justamente por não ter reagido. As mulheres choravam, os homens berravam que chamariam a polícia e iriam fazer e acontecer enquanto Lucinho sentou sorrindo, sua mãe perguntou se ele estava bem e ele respondeu que estava ótimo como nunca.
Aquele ato de violência foi um divisor de águas na vida de Lucinho só que em vez de criar traumas ser algo ruim em sua vida como seria com qualquer pessoa normal pra ele foi bom, ele gostou..O que acontece normalmente com um menino quando vai passar um dia no trabalho do pai aconteceu com ele ali. Uma dessas coisas que a mente humana realiza e que cientistas nunca irão entender.
E o menino que tinha tudo, pai, mãe, amor, dinheiro, beleza, inteligência foi crescendo e se comportando como os meninos que não tinham nada. Suas amizades, por exemplo, não eram os garotos de Ipanema, Copacabana, Leblon e São Conrado que tinham sua idade, eram os meninos da Rocinha. Com treze anos já subia a Rocinha pra comprar maconha, descia com os garotos de lá pro asfalto e roubava calotas de carros, som, pixava muros.
Infrações ainda leves, mas que não pareciam fazer parte do dia a dia de um menino rico que não precisava dessas coisas.
Só que uma noite ele exagerou.
Bebeu e cheirou muito com os amigos e arrumou confusão numa boate. Começou uma pancadaria no local porque mexeu com uma mulher acompanhada e o namorado não gostou. Ele e seu grupo foram expulsos da boate, mas Lucinho não levava desaforo pra casa e com os amigos ficou do lado de fora bebendo e cheirando mais ainda esperando o cara sair com a namorada.
Eles saíram e Lucinho foi logo empurrando o cara, ele e mais cinco amigos começaram a socar e chutar o rapaz mesmo no chão e com a namorada gritando desesperada. Ouviram sirene da polícia e acharam que era hora de se mandar. Deixaram o rapaz desmaiado na frente da boate com a namorada desesperada e saíram correndo e gritando que eram fodas.
Vagaram pela cidade muito chapados em uma mistura de cachaça com cocaína, Lucinho no volante fazia misérias. Andavam a mais de cento e vinte por hora quase batendo e atropelando as pessoas quando rodaram quase capotando.
Pararam o carro com os amigos dando bronca e Lucinho rindo. Ele olhou pro lado e na calçada tinha um mendigo dormindo. Todo encolhido devido o frio com uma coberta fininha. Lucinho abriu a porta, os amigos perguntaram o que ele faria e respondeu que faria uma boa ação.
Com a garrafa de cachaça na mão chegou perto do mendigo e lhe deu pequenos chutes. O mendigo que já era um senhor de idade perguntou o que ele queria e Lucinho respondeu perguntando se ele queria cachaça.
Perguntar se um mendigo quer cachaça é como perguntar se um tarado quer fuder.
Logicamente o homem disse que queria então Lucinho mandou que ele ficasse de joelhos e abrisse a boca que despejaria cachaça nela. O homem fez e Lucinho jogou, o mendigo parecia criança africana recebendo donativo da UNICEF de tão feliz, com a língua de fora como um cachorrinho. Lucinho jogou não só na boca como depois molhou o corpo todo do mendigo de cachaça.
O mendigo reclamou, mas só um pouco perguntando se tinha mais, Lucinho respondeu que sim e perguntou se antes o homem não queria fumar o mendigo respondeu que sim então Lucinho pegou maço de cigarros do bolso, uma caixa de fósforos e acendeu um cigarro. O mendigo implorou para que ele desse e Lucinho respondeu “tá bom”.
Só que Lucinho não deu o cigarro pro mendigo, jogou o fósforo com fogo em cima dele, o mendigo estava encharcado de cachaça e automaticamente começou a pegar fogo.
Lucinho começou a gargalhar, uma gargalhada diabólica enquanto o homem pegava fogo e desesperado pedia ajuda. Lucinho não movia uma palha pra ajudar só olhava e ria. Os amigos que estavam no carro perceberam a cagada e saíram dele só que em vez de tentar ajudar o mendigo só puxaram o amigo pro carro falando pra eles irem embora.
E foi uma grande cagada porque no dia seguinte todas as emissoras de TV, jornais, rádios noticiaram o crime, o mendigo parou no hospital com 90% do corpo queimado provocando uma grande comoção no país, passou uma semana em coma até que faleceu provocando a revolta da sociedade e o grito de todos pela punição aos criminosos, no caso Lucinho.
E para seu azar o mendigo “morava” na frente de uma empresa que tinha câmera de vigilância e a câmera filmou tudo.
Não demorou muito e a imagem de Lucinho estava em todos os noticiários e com o assassinato do mendigo veio a tona o rapaz da boate que também entrou em coma, mas sobreviveu e o acusou do espancamento. Logo a polícia bateu no apartamento dos Pareja e Lucinho foi levado.
Aos 15 anos de idade Lucinho conhecia o inferno, o Instituto Padre Severino na Ilha do Governador, mas o inferno que ele escolheu.
Apesar dos apelos da mãe o pai não moveu uma palha para ajudá-lo. O homem estarrecido e decepcionado deu declaração à imprensa dizendo que o filho tinha que pagar pelos seus atos e assim foi feito foi decidido que ele ficaria no instituto até os18 anos.
E como eu disse acima lá ele conheceu o inferno.
Bonito, rico e acusado de um crime horrível evidente que ele não teria vida fácil junto com menores infratores e logo na primeira noite percebeu isso. Dormia em sua cama quando quatro garotos foram até sua cama e lhe puxaram.
Encheram ele de porrada, chutes, socos e perguntando se era isso que ele gostava de fazer com os outros. Lucinho implorava para que parassem que o pai tinha dinheiro e daria o que eles quisessem para deixá-lo em paz, até que pararam.
O líder dos garotos que batiam em Lucinho chamava-se Bedeu, com apenas 17 anos e várias entradas no instituto tinha um currículo criminoso de dar inveja a muitos bandidos era do tipo que matava rindo o que chamam popularmente de psicopata.
Bedeu então mandou que parassem e passou a mão no rosto de Lucinho perguntando se papai era rico mesmo e dava tudo que ele quisesse, Lucinho respondeu que sim era só falar o que ele queria. Bedeu então falou que queria mulher e se o papai rico arrumaria pra ele naquele momento. Lucinho argumentou que para aquele momento não tinha como, mas podia agilizar essa situação. Nem conseguiu terminar o raciocínio e Bedeu mandou que ele se sentasse.
Cheio de medo Lucinho sentou, Bedeu ficou em sua frente abaixou o short e falou “chupa”. Lucinho riu e disse que não faria isso, era homem. Bedeu falou novamente “chupa ou então você morre hoje”.
Lucinho notou que ele não estava brincando pela cara que Bedeu fez e pelos outros, se não fizesse morreria e..bem..ele não morreu nesse dia então vocês podem tirar suas conclusões.
Não morreu, mas sua dignidade foi pro ralo. O bandidão playboy da Zona Sul que tinha coragem de tacar fogo em mendigos virou mulherzinha no Padre Severino pra não morrer. Todos os garotos apontavam para ele e riam. Todas as noites Bedeu ia até a cama de Lucinho o virava de costas abaixava suas calças e o estuprava. A situação ficava insustentável ninguém o respeitava e Lucinho sabia que malandro que quer viver tem que ser respeitado.
Uma noite como em todas as outras Bedeu foi até sua cama. Lucinho estava deitado de bruços então Bedeu deitou por cima beijando seu ouvido e já abaixando sua calça. Com agilidade Lucinho pegou um facão afiado que tinha embaixo do travesseiro, virou-se dominou Bedeu e cortou sua cabeça. Sim cortou sua cabeça, decepou.
Levantou com a cabeça de Bedeu na mão pro terror de todos os internos e falou para que lhe respeitassem e que se alguém tentasse mais alguma coisa contra ele teria o mesmo fim.
Lucinho passou de ridicularizado e mulherzinha para líder.
Nessa época que Lucinho alcançou liderança que Pardal foi internado e rapidamente tornaram-se amigos e como já expliquei no capítulo de Pardal arregimentaram seguidores, formaram um bando e fugiram do instituto. Foram para as ruas assaltar, vender drogas, tocar o terror. Pardal como também já disse foi para o morro. Lucinho continuou com suas atividades no asfalto até que uma vez trocou tiros com a polícia e foi atingido no braço de raspão.
Como estava perto de sua casa procurou ajuda na família. Tocou a campainha e quando a empregada abriu a porta tomou um susto e exclamou “seu Lucinho!!”. Sua mãe ouviu e correu para a porta puxando o filho pra dentro e perguntando por onde ele andava que todos morriam de preocupação, ela notou que ele estava ferido e ligou para um médico amigo pedindo para que fosse até lá.
Lucinho era foragido se fosse para alguma clínica fatalmente lhe pegariam então foi tratado em casa. Pra sua sorte a bala realmente só lhe atingiu de raspão e pôde ser cuidado no local e se recuperar em sua cama.
O pai chegou e quando soube de tudo que ocorria se irritou foi até o quarto e disse a Lucinho que ligaria para a polícia para dar seu paradeiro. Lucinho implorava ao pai para que não fizesse isso, sua mãe também, mas o homem não se importava, pegou o telefone para ligar quando a esposa disse que se ele fizesse isso se separaria.
O pai de Lucinho desligou o telefone e falou que a esposa não podia estar falando sério, a mulher disse que sim. O homem ficou sem saber o que fazer e Lucinho contou que queria uma nova vida, se recuperar e provar aos pais que podia ser um bom homem, já tinha sofrido o pão que o Diabo amassou e não queria mais essa vida.
Seu pai perguntou o que ele sugeria então e Lucinho respondeu que poderia ir pra Goiânia morar com a tia e assim recomeçar sua vida.
O pai atendeu seu pedido e Lucinho foi pra Goiânia, mas claro que ele não pensava em se recuperar.
Em pouco tempo Lucinho já estava envolvido com os marginais da área. No começo pequenos furtos e tráfico de drogas, depois se especializou em assaltos a residências. Entrava sorrateiramente na casa das pessoas com seu bando e não deixava nada. Com o tempo ficou mais ousado e começou a assaltar as casas com os moradores acordados e lhes fazendo reféns.
Começou a ser procurado em Goiânia também, mas virou novamente assunto nacional um pouco tempo depois em um desses assaltos.
Ele e os comparsas entraram numa casa com um homem, uma mulher e uma menina de uns quinze anos, a filha. Amarraram os três e pegaram tudo que tinha de valor, só no cofre do casal tinha mais de cem mil reais. Encheram-se com uísque do homem e cheiraram na mesa da sala tudo com os três vendo. O dono da casa falava para eles irem embora já que conseguiram tudo de valor que possuíam, mas Lucinho chapado disse que não, que a festa só estava começando.
Mandou que desamarrassem as mulheres e um dos homens disse que tinha gostado da coroa. Lucinho mandou que ele ficasse a vontade e com os gritos da mulher levou até o quarto. Seu marido amarrado na sala chorava enquanto ouvia os gritos da mulher sabendo que estava sendo estuprada. Lucinho falou que não era tão tímido quanto o comparsa e que comeria a menina ali mesmo na frente do pai.
O homem se enfureceu e se contorcia na cadeira como se quisesse se desamarrar enquanto dois comparsas de Lucinho pegaram a menina e a jogaram no chão com ela tentando de todas as formas se soltar. Lucinho tirou o short da garota, a calcinha e enfiou a boca.
O pai vendo a cena só conseguia chorar e gritar de ódio. Lucinho levantou o rosto fazendo cara de nojo e contando ao pai que a menina estava menstruada, ela chorava enquanto os bandidos riam. Lucinho falou que eles riam porque não era com eles, mas que não tinha problema porque ele era vampiro e pra horror do pai novamente o bandido botou a boca.
Bem, as duas mulheres foram violentadas por todo o bando. No fim Lucinho agradeceu ao dono da casa pela hospitalidade e abriu a porta pra ir embora enquanto o homem falava que iria se vingar quando já saindo Lucinho dá de cara com um carro da polícia que manda ele se entregar. O bandido voltou para dentro e disse aos comparsas que tinha dado merda.
Eu disse que era um caso nacional né? Como um assalto em Goiânia virou caso de repercussão nacional? Simples, o assalto virou seqüestro e o líder dos bandidos era um filho da puta inteligente e maluco.
Fez a família de refém e a viatura se transformou em vários carros de polícia e a imprensa chegou para acompanhar. Rapidamente pra desgosto da família de Lucinho ele virou notícia no jornal Nacional e lembraram-se de seu histórico como queimar mendigos. O bando decidiu se render menos Lucinho, enquanto eles saíam sob gritos de traidores de Lucinho ele pegava a filha do casal e colocava uma arma em sua cabeça.
Fez uma série de exigências, a principal um carro para que pudesse fugir com a garota e que ninguém o seguisse senão ela morria. Essa “brincadeira” durou dois dias o país parou pra acompanhar até que a polícia cedeu às exigências.
E assim com o país todo vendo ao vivo Lucinho com uma arma na cabeça da menina entrou no carro e saiu em disparada, a polícia deu um tempo e saiu atrás e dessa forma começou uma caçada espetacular.
Poucas horas depois do começo da fuga largou a menina num matagal e mandou que ela corresse. Ela correu e ele deu um tiro em suas costas lhe matando. Saiu em desabalada carreira e percorreu o estado de Goiás todo com a polícia atrás, entrou pelo Mato Grosso e nada de lhe pegarem. Desafiava dava entrevistas para rádios dizendo onde estava e para onde iria e nada de lhe pegarem.
A caçada foi acompanhada por todo o Brasil até que quinze dias depois o prenderam.
Já tinha vinte anos então foi levado para uma penitenciária de segurança máxima em Goiás e chegou já se impondo como havia aprendido no Instituto. Foi condenado a mais de quarenta anos de prisão, mas só ficou três, aproveitou uma visita do secretário de segurança para fazer mais uma ousadia.
Planejou tudo e começou uma rebelião pegando o secretário como refém, de novo notícia em todo país. Por quatro dias novamente o Brasil parava para ouvir o que ele tinha pra falar e assustado com sua audácia.
Ele e mais vinte bandidos conseguiram fugir da cadeia e dessa vez Lucinho ficou na dele sem dar entrevistas, sem desafiar e conseguiu não ser capturado. Fugiu para o Rio de Janeiro sabia que tinha que se esconder um pouco.
Tudo que Lucinho não precisava naquele momento era mídia, tinham que esquecê-lo. A seu favor tinha o fato do Brasil ser o país dos escândalos então rapidamente algum assunto viraria notícia e o esqueceriam e realmente aconteceu. O vencedor de um reality show assumiu ser gay e um namoro com o padre de sua paróquia. Era o escândalo que Lucinho precisava.
Lucinho se lembrou do amigo Pardal e foi pedir ajuda no Trololó. Pardal ficou ressabiado em ajudar porque poderia trazer problemas a ele e seus negócios, mas a amizade bateu mais forte e eles faziam uma bela dupla.
Erro de Pardal..bandido não pode ser sentimental botar amizades em primeiro lugar até porque Lucinho não faria o mesmo com ele.
Dois bandidos, duas trajetórias diferentes e a mesma aptidão para a maldade.
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