2022
Um ano de mudanças.
No último dia do ano passado estava com a Luciana na sala de seu apartamento em Copacabana esperando a hora de irmos a festa de réveillon e comentei com ela que não queria que o ano de 2022 acabasse com o mesmo sendo igual 2021, que caso isso ocorresse era sinal que fracassei no ano.
É, definitivamente não foi.
Comecei o ano trabalhando na secretaria de cultura da prefeitura do Rio de Janeiro. Um trabalho que me dava dinheiro, condições de viajar, ir a restaurantes, shows, sair com meus filhos, mas que teve alguns custos. Frustrado pela falta de palavra do senhor Marcus Faustini que me prometeu coisas que nunca passou perto de cumprir estava infeliz.
Frustrado com o trabalho onde pensei em revolucionar a cultura da Ilha do Governador e parei tirando xerox e encadernando processos, frustração que afetou minha saúde. Desregulei o peso passando dos 105 quilos, autoestima caiu, surgiu psoríase, alguns outros pequenos problemas e o pior.
Bebia muita água e urinava muito. Luciana desconfiou e me mandou fazer exames. Em fevereiro descobri uma diabetes desgovernada e comecei a tomar remédios. Nesse momento entrei de férias e minha vida mudou.
Devido fazer dieta e voltar aos exercícios. Mesmo com viagens como uma inesquecível a Cabo Frio consegui perder peso e já baixara dos 100 quando voltei ao trabalho. Voltei decidido a conciliar dieta, exercícios e trabalho, mas isso durou apenas um dia.
O secretário de cultura, que me tirou de casa pra me convencer a trabalhar com ele não teve a vergonha na cara de me demitir mandando a gerente de lonas e arenas fazer isso. Na verdade foi um favor a demissão, um alívio, mesmo sabendo que o dinheiro diminuiria. Não tenho mágoa nenhuma da demissão e sim de ter sido contratado. Conhecer Marcus Faustini foi uma das piores experiências da minha vida
Entrei de cabeça no projeto saúde. A psoríase sumiu, outros problemas também, a diabete foi controlada e perdi trinta quilos. Autoestima voltou, me senti bonito, confiante, experimentando roupas, novos visuais e formas de me vestir, um ano de experimentações sendo a maior voltar a algo em que fui feliz. Sentia me de novo bonito, jovem e vaidoso. Faltava voltar a me sentir vencedor.
Voltei ao samba.
Em nenhum lugar fui mais vencedor que no samba, nenhum lugar fui maior, mais amado, mais reconhecido. No começo do segundo semestre recebi mais um dos inúmeros convites que recebo todos os anos para fazer samba, mas dessa vez pensei "Por quê não?". Topei o desafio de voltar ao Acadêmicos do Dendê reunindo parceiros novos e antigos como Neco, Silvana, Mangueira, Waguinho, Wagnao, Nando e meu irmão Cadinho. Pensei que encontraria dificuldades pra fazer o samba e disputar, mas parecia que estive em uma disputa na semana anterior. Voltei forte, com a energia de iniciante, mas com a experiência de 25 anos de carnaval e fizemos um grande samba, grande disputa. A vitória não veio, mas o melhor estava por vir
Boi da Ilha.
O Boi voltou um pouco antes de mim. No Boi construí as grandes histórias da minha vida e minha relação com a escola não poderia acabar em divergências. Topei o convite do meu hoje, infelizmente, saudoso amigo Thiago Lepletier, que assumira a direção de carnaval, e voltei.
Construí a parceria com base na parceria do Dendê com a chegada do meu mais novo amigo Rangel, volta do meu irmão Bruno Revelação, a tacada de mestre em trazer Marquinhos do Banjo e os reforços de Alexandre Araújo e Marcelo Adnet. Sim, o humorista Marcelo Adnet.
O tema era autismo. Não foi fácil, muito stress, mas liderei como nunca liderara, botei a disputa de baixo do braço e, modéstia a parte, fui fundamental pra vitória.
Sim. A oitava vitória veio. Importante pra voltar a me sentir vencedor, pra autoestima voltar de forma completa, pra escrever mais uma página bonita na minha história no Boi da Ilha e ver que ainda sei brincar disso. Do nosso encontro a poesia continua acontecendo.
O teatro voltou de forma tímida. Depois de dois anos de pandemia meus textos voltaram aos palcos com "Y o espermatozóide" e "Princesa Bia e o reino encantado". Alguns textos já foram pedidos para 2023 e vamos voltar a produzir também. Assim como o canal SDC continuou fazer curtas de humor, debates e abriu maior espaço para carnaval passado dos 800 inscritos. Gostei dessa coisa de atuar. Quem sabe palco em 2023?
Viagens continuaram. Duas para Curitiba com na última finalmente ocorrendo o casamento do meu querido afilhado Fábio. Algumas a Teresópolis, festival alemão em Petrópolis, conhecendo Cabo Frio e a volta a FLIP em Paraty.
Bia chegou aos 13 anos um pouco mais sociável e vaidosa. Na boa, ela é linda!! Gabriel com 9 bagunceiro e amoroso, Lucas perto dos 7 inteligente e estudioso. Filhos maravilhosos. Minha vó na porta dos 90 anos lúcida e falante. Flamengo campeão da Copa do Brasil e novamente Libertadores. Lula presidente com Jair já indo embora. Tudo ocorrendo com a presença dela
Mais um ano com minha namorada, esposa, amiga, companheira, amante, confidente, a minha Luciana. Quase cinco anos junto com a mulher da minha vida e que quero ficar muitos anos ainda. Do meu lado em todos os momentos, bons e ruins, não existe mais Aloisio sem Luciana.
E no fim ainda teve aulas de tênis, whey protein, creatina, musculação, fotos na frente do espelho, cinco quilômetros correndo em uma prova de circuito de rua. Ufa!! Muita coisa que nem uma leve fissura na costela foi capaz de brecar.
E agora estou aqui no último artigo do ano me despedindo de 2022. Um ano de altos e baixos, no geral acho que mais altos que baixos porque o mais importante, a saúde, consegui melhorar.
Que venha 2023. Que venham mais mudanças.
Como disse esse foi o último artigo do ano. O blog entra em recesso de férias desejando a todos um feliz ano novo e agradecendo as mais de milhão e meio de visitações que já tivemos e 274 mil só esse ano nas 31 postagens. Um recorde. Em 2023 completamos fez anos e será um ano especial aqui.
Que venham mais mudanças.
Que venha mais um ano!!.
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