O DESAPARECIMENTO DA CULTURA
Nesse fim de semana maratonei "Meu amigo Bussunda" no Globoplay.
Não ele não era meu amigo, apesar de com cinco minutos assistindo dar a impressão que ele era um amigo íntimo seu. A série é maravilhosa retratando um tipo de humor e um tipo de Brasil que não existem mais. O Brasil está mais sisudo, triste, sente a falta do humor e do jeito de ser do Bussunda.
Sente falta do humor do Bussunda como já sente falta do humor do Paulo Gustavo. Perdemos já 15 anos das piadas e tiradas do Bussunda, 15 anos de gargalhadas que não foram dadas assim como será imensurável o prejuízo de alegrias, risadas e lavadas de alma que teremos sem o Paulo Gustavo.Nisso tudo estou falando apenas do humor, e do samba então?
Só nas últimas semanas perdemos Dominguinhos do Estácio, Nelson Sargento, Mestre Mug e Laíla, quatro grandes nomes do carnaval que se foram sem substitutos deixando uma imensa lacuna. Pior é a gente perder um monstro do carnaval como o Laíla, um dos maiores expoentes da cultura brasileira e saber que 90% das pessoas não tem a mínima ideia de quem seja, mas vai não reconhecer a foto de um Michael B Jordan ou Kate Perry pra você ver? O Brasil não conhece o Brasil e sua cultura.
E com essa maldita COVID que tem o respaldo para agir como quiser no país com o auxílio de um maldito genocida as perdas aumentam, perdas de pessoas comuns, de amigos, amores, de cultura. Gente que ainda poderia fazer muito pela cultura desaparece, patrimônios culturais desaparecem. Perdemos Paulo Gustavo,Laíla, Nelson Sargento, Eduardo Galvão, Agnaldo Timóteo, Daniel Azulay, Paulinho do Roupa Nova, o Cine Joia, o Roxy..Deixamos de rir e nos emocionar com artistas que nos são caros e com locais importantes para a nossa cultura. Nada vai nos restando, é impossível dizer que sairemos melhores dessa como foi falando no início da pandemia, não, não sairemos, as feridas nunca serão cicatrizadas.
E as perdas culturais menos ainda. Pra cada Paulo Gustavo, Laíla e Roxy perdido é um aplauso a menos que daremos.
É amigo Bussunnda, fala serio aí...
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