TROCANDO EM ARTES: PANTANAL


Trocando em artes versão novela traz hoje uma das maiores novelas de nossa história. Novela que assustou a Rede Globo.

Cineblog orgulhosamente apresenta:


Pantanal



Pantanal é uma telenovela brasileira produzida pela extinta Rede Manchete e exibida originalmente às 21:30, de 27 de março a 10 de dezembro de 1990, em 216 capítulos, substituindo Kananga do Japão e sendo substituída por A História de Ana Raio e Zé Trovão. Foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim, Carlos Magalhães, Marcelo de Barreto e Roberto Naar.

A trama apresentou Claudio Marzo, Marcos Winter, Jussara Freire, Antonio Petrin, Luciene Adami, Marcos Palmeira, Paulo Gorgulho, Sérgio Reis, Almir Sater, Angelo Antonio, Cássia Kis Magro e Cristiana Oliveira nos papéis principais.

Foi reexibida na íntegra pelo SBT de 9 de junho de 2008 a 13 de janeiro de 2009, às 22h, em 187 capítulos.

Em 2016, a revista Veja elegeu Pantanal como a quarta "Melhor Telenovela Brasileira" de todos os tempos, ficando atrás apenas de Roque Santeiro (1985), que ficou na terceira posição, e de Vale Tudo (1988) e Avenida Brasil (2012), que ficaram empatadas em primeiro lugar.


Enredo



A novela conta a história de José Leôncio, um peão de comitiva que chegou com o Pai Joventino ao Pantanal, onde compraram uma fazenda e começaram a criar gado de corte. José Leôncio e seu pai caçavam marruás, um tipo de boi selvagem que vivia solto pelas matas da região, aumentando, assim, o rebanho na fazenda. Um certo dia, Zé Leôncio viajou com os peões em comitiva e pediu para que seu pai não fosse caçar marruá sozinho. Entretanto, o velho Joventino acabou indo caçar e desapareceu na imensidão do Pantanal. Zé Leôncio voltou de viagem e procurou pelo pai sem sucesso. Nesse dia, ele prometeu que ia trazer um marruá no laço todos os dias, só para ter a esperança de encontrar o pai.

Passado algum tempo, Zé Leôncio se tornou um fazendeiro rico e foi para o Rio de Janeiro cobrar uma dívida, onde conheceu e se apaixonou por uma jovem fútil e mimada, de nome Madeleine. A família de Madeleine era da classe alta carioca, porém seu pai era viciado em jogo, acabando aos poucos com o status da família, e os deixando perto da falência. Antero, pai de Madeleine, aceita que José Leôncio se case com sua filha, recebendo, dele, um bom dinheiro para tentar resgatar o status da família. Ele a leva para o Pantanal e a engravida. Mulher da cidade grande, Madeleine não se adapta ao mundo rural, à rude vida pantaneira e à rotina de peão do marido. Durante uma das viagens de Zé Leôncio em comitiva, levando gado para a venda, ela foge com o amigo Gustavo que vai buscá-la no Pantanal e o filho de poucos dias, para a cidade do Rio de Janeiro.

Amargurado, Zé Leôncio tenta em vão recuperar o menino, que acabara de nascer, mas acaba concordando em deixá-lo com a mãe na cidade grande. Passa a viver então com Filó, sua empregada, que já tinha um filho, Tadeu. Ele reconhece Tadeu como seu afilhado considerando ele seu filho. Vinte anos depois, o filho legítimo, Jove (Joventino), finalmente decide ir conhecer o pai. Mas o choque cultural é grande e os dois têm sérias dificuldades para se entender.

Sentindo-se rejeitado pelo pai, que acha que o filho é afeminado, e ridicularizado pelos peões por causa de seu jeito de moço da cidade, Joventino decide retornar ao Rio, mas leva, consigo, Juma Marruá, moça criada como selvagem pela mãe até a morte desta, assassinada por encomenda numa trama paralela de vingança entre posseiros de terras e vítimas de grilagem, fatos esses ocorridos no início da novela na cidade de Sarandi, no estado do Paraná. Tal como a mãe, comenta-se no Pantanal que Juma se transforma em onça-pintada. Passado um tempo no Rio, onde o choque cultural é agora sofrido por Juma, Joventino retorna ao Pantanal para não ter que se separar de sua "onça" amada. Desta vez, ele está disposto a se adaptar ao estilo de vida local. Joventino começa a se acertar com o pai e com Juma e vai se transformando num autêntico peão pantaneiro, surpreendendo a todos continuamente.

A história tem ainda um lado sobrenatural, baseado no fascinante folclore da região Pantaneira: os principais personagens, com exceção de José Leôncio, frequentemente se deparam com uma figura conhecida como "O Velho do Rio", um curandeiro idoso que cuida das pessoas atacadas pela jararaca boca-de-sapo, uma cobra venenosa, ou que simplesmente se perdem na extensão do Pantanal. Todos comentam que o Velho do Rio é o Pai de todas as sucuris, que ele se transforma em sucuri, também sendo ele a maior de todas. O povo acredita que O Velho do Rio se trate do pai de José Leôncio, o desaparecido peão Joventino, de quem o neto Joventino, herdou o nome. Além do Velho do Rio e da história de Juma Marruá como onça-pintada, uma terceira trama sobrenatural enriquece a novela: a figura do misterioso peão Trindade, que teria um pacto com o diabo, ou seria ele próprio a encarnação do diabo.

No decorrer da trama, José Leôncio descobre a existência de um terceiro filho seu, na verdade o primeiro dos três: José Lucas de Nada, fruto do primeiro relacionamento sexual dele com a prostituta Generosa, em um prostíbulo de Goiás para o qual fora levado pelo pai ao completar quinze anos de idade a fim de "mostrar que era macho". O sobrenome de José Lucas era De Nada, pois o mesmo não tinha pai para lhe dar um sobrenome. Assim que Zé Leôncio o reconheceu como filho, ele passou a ser chamar José Lucas Leôncio.

A saga da família Leôncio inclui, finalmente, o complicado relacionamento com o fazendeiro vizinho, Tenório, cujo passado como grileiro de terras o liga às tragédias familiares de Juma e seus pais, bem como de outros peões e agregados tanto da fazenda de José Leôncio, como da do próprio Tenório. O mau-caratismo deste e sua inclinação a vinganças covardes colocarão em risco em diversas circunstâncias a família de José Leôncio. Por sua vez, Tenório também estará na mira de forasteiros que vieram de longe em busca de vingança contra o homem que destruiu a vida e os bens de seus pais.


Produção


A telenovela foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim, Carlos Magalhães, Marcelo de Barreto e Roberto Naar.

Durante anos, a novela ficou engavetada na Central Globo de Produções, chegando a entrar em pré-produção no final de 1984 para o horário das 18hs, em substituição à novela Livre Para Voar, com o título de Amor Pantaneiro. Porém, a região do Pantanal estava em época de chuvas, o que inviabilizou a produção. Sendo assim, a mesma foi cancelada e Ivani Ribeiro foi convocada, às pressas, para enviar uma sinopse para uma nova novela e, por fim, entrou, em produção, a novela A Gata Comeu.

Em 1990, a Manchete contrata seu escritor, Benedito Ruy Barbosa, que finalmente realiza seu sonho, obtendo estrondoso sucesso e superando a até então imbatível Rede Globo. Além disso, a Manchete contrata também uma grande leva de atores globais, como Cláudio Marzo, Cássia Kiss, entre outros, e a mistura com revelações da teledramaturgia brasileira, como Cristiana Oliveira e Marcos Winter.

Depois de provar que suas histórias também mobilizavam a audiência no horário nobre, o autor Benedito Ruy Barbosa, que na Globo só recebia o horário das 18 horas, retornou à casa em 1993 para escrever, finalmente, uma novela das oito global: Renascer, outro grande sucesso.

Uma das atrizes do elenco não queria atuar na novela. Carolina Ferraz só foi atuar na novela após ser ameaçada de demissão pela emissora.

Como em todas as novelas, o roteiro sempre muda no meio da exibição. Ítala Nandi havia pedido, ao autor, uma licença para atuar em um filme, e ele resolveu, então, matar a sua personagem, Madeleine. Já Almir Sater saiu para protagonizar Ana Raio e Zé Trovão. Adriana Esteves esteve cotada para o papel de Juma, assim como Deborah Bloch.

As filmagens da telenovela começaram em 15 de Dezembro de 1989, e tinham 60% das filmagens no Pantanal e 40% em São Paulo e Rio de Janeiro. A grande maioria das cenas internas foi gravada em estúdio localizado no bairro de Vista Alegre, na zona norte carioca. As cenas internas, casa do Zé Leôncio e casa do Tenório eram gravadas nos estúdios da Rede Manchete em Água Grande, no bairro de Irajá, no Rio de Janeiro.

Em 1989, Cristiana Oliveira começou a gravar Pantanal, no papel de Juma, que inicialmente seria para a atriz Glória Pires. Mas Cristiana se ofereceu para fazê-lo, já que havia se apaixonado pelo papel ao ler a sinopse. A telenovela foi um grande sucesso, derrubando a audiência da TV Globo e virando um marco na teledramaturgia brasileira. Cristiana Oliveira, com este trabalho, ganhou prêmios no Brasil e no exterior.

O personagem do Roberto, filho de Tenório, inicialmente seria gravado por Livingstone Trobilio, afilhado da então "primeira-dama" da Rede Manchete, Ana Bentes Bloch. Porém, por motivos de estudos, ele foi substituído por Eduardo Cardoso, que por sua vez desempenhou o personagem com mérito. Ambos estudavam na mesma escola na vida real.


Exibição


A novela foi exibida originalmente no Brasil pela extinta Rede Manchete entre 27 de março e 10 de dezembro de 1990 às 21h30.

Pantanal foi reexibida em duas ocasiões: às 19h30, de 17 de junho de 1991 a 18 de janeiro de 1992, e às 21h30 na íntegra, de 26 de outubro de 1998 a 14 de julho de 1999. Esta segunda reexibição tem uma particularidade interessante: entrou no ar em substituição à novela Brida, que acabou com os recursos da emissora. A Rede Manchete seria vendida pouco depois da reestreia de Pantanal. Sendo assim, essa reprise foi concluída pela RedeTV!.

Reexibição no SBT

A exemplo do que já havia sido feito com Xica da Silva, o SBT comprou as fitas da novela arrematadas no leilão da massa falida da Manchete e passou a reexibir Pantanal às 22 horas, desde o dia 9 de junho de 2008 até 13 de janeiro de 2009. A Rede Globo contestou a reexibição, pois detinha os direitos do texto, adquiridos do autor Benedito Ruy Barbosa.

O SBT não anunciou a novela com antecedência. A emissora só a anunciou como sendo sua "arma secreta". Também foram exibidas enquetes sobre as novelas preferidas pelo público e, curiosamente, na edição, Pantanal era a preferida do público. A emissora de Silvio Santos só começava a exibir a novela Pantanal quando a então novela das oito da Rede Globo A Favorita, acabava. A emissora paulista chegou a exibir chamadas apelando para o público dizendo: "Quando acabar a novela da Globo, A Favorita, troque de canal e veja a novela Pantanal". A estratégia resultou na migração dos telespectadores e na liderança de audiência.

O SBT exibiu a trama de segunda a sábado, na faixa das dez da noite. Nesta reexibição foi apresentada na íntegra, ou seja, o SBT conseguiu apresentar a telenovela Pantanal completa em 187 capítulos, uma vez que, no seu início, o SBT apresentava três capítulos completos em um, apresentando a novela em full time. Também foi criada uma nova abertura e, nesta, quem aparecia nua era a modelo Glenda Santos.

A apresentadora Nani Venâncio, na época modelo, aparece nua se metamorfoseando em onça na primeira versão da abertura da novela, exibida pela Rede Manchete.

Nas chamadas de Pantanal no SBT, a emissora dizia "Amanhã, depois que terminar a novela da Globo, A Favorita, troque de canal e veja Pantanal".

Em 2008, assim que começou a reprise da trama pelo SBT, a Rede Globo ameaçou processar a emissora de Sílvio Santos. Ela alegava ser dona da história e das imagens, e que elas foram adquiridas diretamente do autor Benedito Ruy Barbosa e portanto, a reprise da telenovela era ilegal. Já o SBT rebateu, afirmando que as fitas da telenovela foram compradas de um empresário, que adquiriu as fitas em um leilão da massa falida da TV Manchete.

Em primeira instância, a Justiça condenou o SBT por agir de má-fé, em relação a ter reprisado a trama. Além disso, o canal paulistano também foi proibido de reprisar novamente a trama de Benedito Ruy Barbosa.

Porém o SBT recorreu das decisões e, em 2014, venceu o processo em segunda instância. Mesmo podendo recorrer da decisão, o autor Benedito Ruy Barbosa resolveu desistir do processo contra a emissora paulistana, que corria desde 2008.


Elenco



Ator Personagem

Cláudio Marzo José Leôncio / Joventino Leôncio (Velho do Rio)

Marcos Winter Joventino Leôncio Neto (Jove)

Cristiana Oliveira Juma Marruá Leôncio

Jussara Freire Filó (Filomena Aparecida)

Marcos Palmeira Tadeu Aparecido Leôncio

Elaine Cristina Irma Braga Novaes

Ângela Leal Maria "Bruaca"

Ângelo Antônio Alcides

Luciene Adami Guta (Maria Augusta)

Tarcísio Filho Marcelo

Sérgio Reis Tibério

Andréa Richa Muda (Maria Ruth)

Ítala Nandi Madeleine Braga Novaes

José de Abreu Gustavo

Flávia Monteiro Nalvinha

Ernesto Piccolo   Renato "Reno"

Eduardo Cardoso Roberto "Beto"

Almir Sater Xeréu Trindade

Rômulo Arantes Levi

Marcos Caruso       Tião

Ewerton de Castro Quim

Giovanna Gold   Zefa

João Alberto Pinheiro Zaqueu

Ivan de Almeida Orlando (chalaneiro)

Lana Francis Teca (Empregada da casa de Dona Mariana)

Participações especiais

Ator Personagem

Carolina Ferraz Irma jovem

Cássia Kiss Maria Marruá

Ingra Liberato Madeleine jovem

José Dumont Gil

Oswaldo Loureiro Chico (taxista)

Tânia Alves Filó jovem

Sérgio Britto Antero Novaes

Atores convidados

Ator Personagem

Nathália Timberg Mariana Braga Novaes

Rosamaria Murtinho Zuleika

Antônio Petrin Tenório

Paulo Gorgulho José Leôncio (jovem) / José Lucas de Nada

Outras participações especiais

Alexandre Lippiani - Raimundo (filho de Maria e Gil)

José Rodrigues Pereira - Barra Mansa (Locutor dos rodeios)

Andrea Cavalcanti - Amiga de Madeleine

Antônio Gonzalez - Bruno

Antônio Pitanga - Túlio

Buza Ferraz - Grego (caminhoneiro)

Carlos Gregório - Expedito (caminhoneiro)

Enrique Diaz - Chico (filho de Maria e Gil)

Fátima Freire - Prostituta que conversa com Joventino

Giuseppe Oristânio - Paraquedista (amigo de Jove)

Gláucia Rodrigues - Matilde (secretária de José Leôncio)

Haroldo Costa - Padre Antônio (Sarandi)

Jairo Lourenço - Otávio (amigo de Madeleine)

Jece Valadão - coureiro que tem a orelha comida por Juma

Jofre Soares - Padre no último capítulo

Júlio Levy - Davi (secretário de José Leôncio)

Kátia D'Angelo - Generosa (prostituta, mãe de José Lucas)

Kito Junqueira - Pistoleiro

Leandra Leal - Maria Marruá Leôncio (filha de Jove e Juma)

Luiz Armando Queiroz - Empresário Carioca

Maurício do Valle - Caseiro de uma das fazendas de "Zé Leôncio"

Rubens Corrêa - Deputado Ibrahim Chaguri

Sérgio Mamberti - Dr. Arnaud (Advogado de José Leôncio)

Totia Meirelles - Vedete

Zaira Zambelli - prostituta que rouba o caminhão de José Lucas


Impacto na TV Brasileira



Pelo público, a telenovela será para sempre lembrada como a que bateu a audiência da Rede Globo. Seu sucesso foi estrondoso, ao ponto de a emissora de Roberto Marinho esticar a novela das oito (então Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu) para que os telespectadores não mudassem de canal, e lançar uma novela com os maiores nomes da casa (Araponga) para competir no mesmo horário, cancelando boa parte da linha de shows, tirando do ar programas consagrados como o TV Pirata.

Pantanal também foi a primeira telenovela não global, desde a falência da TV Tupi, - única emissora até então a superar a Globo com várias novelas ao longo dos anos 1970 - , em 1980, que conseguiu ultrapassar frequentemente a marca de 50 pontos de audiência, muito além do esperado. O que foi uma proeza fora dos domínios da TV Globo ao longo dos anos 1980. E, de quebra, o avassalador sucesso da telenovela rural pôs a emissora de Adolpho Bloch de vez entre as grandes produtoras de telenovelas da América Latina. Todavia, a Rede Manchete nunca mais repetiria tal façanha nos nove anos que lhe restariam de vida.

Após dezoito anos, na reexibição de Pantanal pelo SBT, a novela voltou a bater a Rede Globo na audiência. No capítulo de quinta-feira, 3 de julho de 2008, a novela da Manchete exibida pelo SBT chegou a 19 pontos de pico, conquistando a liderança por quinze minutos. Desde este dia, em alguns capítulos, a novela atinge, por alguns minutos, a liderança de audiência e em boa parte do horário de exibição, a vice-liderança em audiência.

Pelo que se dizia, devido à boa audiência de Pantanal, o SBT já estaria negociando as fitas de A História de Ana Raio e Zé Trovão, novela produzida pela Rede Manchete após Pantanal, para uma possível reprise após o término da novela. Porém Silvio Santos mudou de ideia, e transformou o horário das 22 horas em horário fixo para novelas brasileiras que eram produzidas pelo SBT, começando pela novela Revelação.


Prêmios e indicações



APCA (1990):

Melhor Novela
Melhor Atriz - Jussara Freire
Melhor Ator - Cláudio Marzo
Revelação Masculina - Ângelo Antônio
Melhor Diretor - Jayme Monjardim

Troféu Imprensa (1990):

Melhor Novela
Melhor Atriz - Jussara Freire
Melhor Ator - Cláudio Marzo
Revelação do Ano - Cristiana Oliveira


Trocando em artes versão novela volta com Dancing Days


TROCANDO EM ARTES ANTERIOR:

A FALECIDA

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