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Mostrando postagens de dezembro, 2011

XXVI - Despedida do autor

FECHANDO OS TRABALHOS Você se sente seguro? Eu não me sinto, acho que na verdade ninguém se sente. Mas a vida é muito maior que qualquer dessas coisas. A violência é sim um dos piores problemas da vida moderna não só no Rio de Janeiro, mas no mundo. Mas olhe também a vida pelo outro lado, você especialmente carioca quem teve sua cidade retratada nesse livro, nossa cidade porque também sou e com orgulho. O Rio de Janeiro é lindo, uma das cidades mais bonitas do mundo e depende de nós que essa pergunta se nos sentimos seguros não seja mais repetida. Mostrei nessa história muita gente má, corrupta, sem nenhum pingo de respeito à vida que infelizmente não são fictícias, somos cercados de gente assim. Mas também tem muita gente boa por aí, políticos, jornalistas, juristas, policiais, artistas, pessoas comuns que lutam arduamente para vivermos num mundo melhor. Não temos que pensar que um Pardal, Lucinho, major Freitas, Pittinha, Getulio Peçanha ou mesmo Gilberto Martins são o que repre

XXV - A batalha final

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Abri mão da ética, dos meus princípios, ganhei dinheiro como nunca na minha vida, colei em pessoas poderosas, me vendi... ..e perdi meus pais, Juliana e Rebeca. Ganhei muito, perdi tudo. O preço foi alto. O atentado no metrô foi o basta pra sociedade reagir, como eu disse o poder público tomou a Lacraia e o Trololó. Pardal e Lucinho fugiram e se refugiaram em favelas aliadas. A ambição destemida deles e a vaidade extrema levaram até aquela situação caótica. Aos poucos a polícia foi deixando as favelas e eles voltaram. Com isso a guerra no local voltou junto. Lucinho atacou o Trololó e as traçantes de lado a lado, tiros, granadas, pessoas nervosas fugindo desesperadas voltavam ao cotidiano das comunidades. Mas como ficava uma situação presa a camada pobre da zona norte o governo não se importou tanto. O governo só se importa se envolver classe média ou rico, pobre que se foda. Mas tinha uma pessoa que mesmo ganhando dividendos eleitorais não gostava nada do q

XXIV - Cidade sitiada

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Tentei esquecer Juliana, Senador, todos esses problemas e me concentrar no meu pai que era quem mais precisava de mim no momento. O velho foi forte, guerreiro, mas ocorreu o que já esperávamos. Ele morreu. Eu estava tão cansado, destruído por dentro por tudo que acontecera que nem chorei. Na verdade até foi um alívio, não pra mim, mas principalmente pra ele que tanto sofrera. Aquele homem seria pra sempre o meu pai, a pessoa que me criou, educou, ensinou valores. Tá bom esqueci esses valores no caminho, mas um homem principalmente do bem e que merecia todas as minhas reverências. Recebi toda a solidariedade no enterro vindo coroa de flores até do Trololó. Foi estranho quando o Senador me abraçou, lembrei que ele era meu pai e do que fez com minha mãe, mas não fiz nada. Juliana também apareceu e foi carinhosa comigo. Abraçou-me, beijou meu rosto fazendo um carinho e falou que se eu precisasse podia contar com ela.  A vontade que me deu era de abraçá-la forte e falar