O MÊS DO ANO PROMETIDO
No fim de 2014 eu atuava ativamente como compositor de samba enredo e começara a escrever para teatro e ter peças encenadas. Até aquele momento tivera 10 apresentações de "Eu matei Nelson Rodrigues", duas de "Folhetim", duas de "Cerimônia de casamento". Era algo que me entusiasmava enquanto começava a desanimar com o samba. Em novembro de 2014 cheguei na final do Acadêmicos do Dendê com toda pinta de favorito, próprio presidente da escola dizendo que venceria, mas perdi. Aquilo foi a gota d'água. Saí da quadra decidido a não escrever mais sambas, mas iria esperar mais dois dias para anunciar isso. Esperei e anunciei, mas fui mais ousado. Disse que em dez anos seria um dos principais dramaturgos brasileiros. Os dez anos se passaram. A primeira promessa meio que cumpri. Nesses dez anos só escrevi dois sambas em 2022 e um em 2023. A outra era mais difícil, quase impossível, mas quase não é impossível. Poderia dar a desculpa que em dois desses dez anos o m