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Mostrando postagens de abril, 2011

Capítulo IV - Ericka

Eu continuava a minha sina, mas essa sina ganhava contornos de dramaticidade. Rodrigo namorava Fabíola, Gustavo tinha conseguido perder a virgindade e eu continuava na mesma, pior, tudo de ruim a fama ia pra mim. Ganhei o apelido de “o doido da cabra epilética”, todo mundo ria de mim no colégio, eu sempre fui um pára raio de confusões e muitas vezes sem ter culpa. Mas seguia minha vida, na esperança que um dia conseguisse resolver “meu problema”, não tive mais coragem de voltar na zona, nenhuma menina queria nada comigo. Mas as coisas sempre podem mudar. Um dia, estávamos na sala de aula quando entrou uma menina nova para a turma, linda demais, branca, cabelos negros, altura mediana, seios empinados, bundinha arrebitada e uma manchinha verde perto de uma das orelhas que era um charme. Perguntou ao professor se poderia entrar, era aluna nova transferida pro nosso colégio, se chamava Ericka. Ericka, esse nome nunca mais saiu de meus pensamentos, um bálsamo pros meus ouvidos. Entrou e sen

Capítulo III - Adolescência e sexo

Cheguei aos meus 18 anos, época importante, a hora que um menino virava homem e todos os rapazes contavam suas peripécias sexuais, que faziam e aconteciam e claro eu contava também, com a única diferença que as minhas eram mentira. Eu cheguei aos 18 anos e o único beijo na boca que havia dado na vida foi aquele que a Manoela me roubou, mas eu precisava manter a pose, me mostrar o garanhão, o bom, mesmo quando não era nada disso. E lógico isso me incomodava demais, estava na flor da idade, com os hormônios em ebulição, precisava de sexo, mas não sabia como. Vivia em uma cidade pequena e as meninas eram recatadas demais e as que não eram recatadas ou era minha irmã e ela não contava ou não queriam nada comigo por eu ser um tímido desajeitado, a impressão que eu tinha era que Gustavo e Rodrigo viviam a mesma situação que eu, mas também não admitiam. Um dia achei uma revista debaixo da cama do meu irmão e essa revista tinha uma propaganda com uma mulher de calcinha e sutiã, vocês têm noç

Capítulo II - Bola de gude, teatro e Manoela

Minha infância caminhava assim, uma infância normal, feliz, de uma criança normal mesmo que tenha nome de “Doido”. Eu era um menino que estudava, brincava, adorava brincar na rua, no meu tempo não existiam computadores, vídeo games, meu negócio era brincar de peão, pipa, bolinha de gude, futebol, ficar de noite na rua e contar histórias de fantasmas com meus amigos. Existia um casarão abandonado no bairro que falavam que era mal assombrado, uma noite eu, Gustavo e Rodrigo nos sentindo os valentões, decidimos fazer uma expedição na casa, munidos com lanternas entramos a procura de fantasmas, só achamos ratos e o Rodrigo tratou de quebrar a perna rolando da escada, quase que ele que virou um fantasma. Mas eu me sentia o maioral mesmo era na bolinha de gude, ah, nisso ninguém me vencia, eu era imbatível, nem tanto..um dia chegou um menino novo no colégio e na hora do recreio me desafiou para uma partida, jogamos “a vera” mesmo, expressão usada quando é com aposta, pra valer, apostamos

Capítulo I - Um pouco da minha infância

Meu nome é Doido..pausa pra risada de vocês..todo mundo ri quando descobre..ta bom já né não precisa avacalhar também, não, não é apelido, meu nome é Doido mesmo, Doido de Alencar Varela, meu nome é uma contração de dois nomes, Doriana, nome da minha mãe e Idovaldo, nome do meu pai, nasci no dia 9 de agosto de 1920 na pequena cidade de Tremembé do Oeste, uma cidadezinha que fica a quinhentos quilômetros do nada e mil quilômetros de coisa nenhuma, sou o caçula de três irmãos, Tadeu o nome do meu irmão, Sandra da minha irmã, é..eles ganharam nomes normais, meu pai, o Sr. Idovaldo Varela era o prefeito da cidade, até que tínhamos uma boa situação financeira, não faltava nada para nós, vivi uma infância normal, dentro de uma família normal, pelo menos eu pensava que era. Minha rotina era a rotina de qualquer criança, minha mãe me acordava cedo, pra ir ao colégio, sempre tentava enrolar na cama, mas ela não deixava, acordava cheio de sono, ia pro banho e quando sentava na mesma já estava tu

APRESENTAÇÃO

Oi, tudo bem? Sei lá, fico meio sem graça me apresentando, sempre fui tímido, um garoto tímido, um adulto tímido, não seria depois de burro velho que mudaria isso né? Mas enfim, melhor eu escrever algo útil pra vocês antes que fechem esse livro e coloquem de novo na estante da livraria, sei lá, tem tantas opções boas por perto, vai que saiu um novo Harry Potter, o Paulo Coelho fez alguma viagem mística pra Botsuana, aí esse aqui fica cheio de teias de aranha. Enfim, eu poderia estar roubando, matando, enchendo a paciência de vocês vendendo chicletes no ônibus, mas não, venho humildemente anunciar o meu livro, ele não é um livro de auto ajuda, você não ficará rico lendo, eu talvez consiga pagar a conta de luz se você comprar, então seria um livro de auto ajuda pra mim, não contém viagens místicas, não tem bruxo adolescente, é apenas uma autobiografia e também não é a autobiografia de ninguém famoso, sou uma pessoa normal como você, como meu editor, espero ter arrumado um, como o vendedo