Trocando em miúdos

O pensamento vaga em meus versos Não sei de verdade se sou feliz No meio de sentimentos controversos A vontade de amar quem não me quis As mãos trêmulas tentam escrever A noite é minha companheira Cigarro, uísque, sua foto na penteadeira Acompanham minha melancolia ao amanhecer A vida não sabe fazer poesia Nem a realidade me traz alegria Prefiro ser um sonhador Eu acho que sou poeta Porque poeta vive de saudade E no fim sempre morre de amor

 "Devemos separar a pessoa do artista" Essa frase já foi ouvida várias vezes e normalmente é dita por alguém que gosta daquele artista. Inúmeros são os casos na história de artistas geniais que tiveram suas reputações manchadas por fatos e acusações, os mais recentes Woody Allen e Michael Jackson, o mais célebre no Brasil Wilson Simonal. Agora no país temos os casos de artistas, até então queridos pelo público, que se converteram ao bolsonarismo apoiando o presidente Jair Bolsonaro. Vivemos em um período difícil, um período de pandemia com suas consequências agravadas por atos do presidente, onde estamos divididos, nos odiando e não é nada popular apoiar hoje o presidente. Temos nessa trincheira gente como Amado Batista, Roger do Ultraje a Rigor, Mario Frias, Regina Duarte, Andressa Urach, Sikêra Jr, Ratinho e mais recentemente Sergio Reis.         Temos que primeiro separar os artistas. Mario Frias, Andressa Urach, Sikêra Jr, Ratinho ou mesmo Danilo Gentil...

 O buraco vai aumentando.. O vazio, a tristeza acabam pouco a pouco tomando conta de tudo junto a incredulidade. Revolta? Ah sim, mas até essa parece começar a ser dominada pela desesperança. Cada vez mais cavucamos aumentando o fundo do poço, vivemos uma época de trevas, que será lembrada por muitos e muitos anos e estudada pelas futuras gerações, Uma época que levaremos muito tempo, talvez décadas para reverter todo o estrago que ela vem causando. Pior é pensar que é tudo nossa culpa. Não somos um país devastado por fenômenos naturais ou invadido pelo Talebã como o Afeganistão que nada pode fazer. Somos uma democracia e o mau exercício da democracia juntando com um péssimo comportamento populacional no meio da maior pandemia da história nos joga em um atoleiro difícil de reverter. Triste época de tantas notícias ruins ao meio de uma catástrofe sanitária em que vemos os nossos morrerem sem podermos fazer nada. Familiares, pessoas queridas, celebridades que amamos indo embora por u...

  De repente, 45 É, de repente mesmo. Quando eu fiz 18 anos um amigo me disse que a partir dali voava. Foi rápido mesmo, ainda mais se parar pra pensar que a distância que estou dos 18 estou dos 72. Faltam 5 pra 50, 15 pra 60, muito pouco. Continua voando rápido, mas não posso me queixar do voo. Tenho uma esposa linda que me ama, filhos maravilhosos que crescem com saúde, tenho projetos andando, estou conseguindo ajudar meu bairro e passei pela Covid sem nenhuma sequela. O voo continua, rápido provavelmente já passou da metade do percurso, mas o que ainda falta promete ser lindo. Da janela olho o horizonte e ele parece sorrir pra mim.

Sempre que chega essa época do ano vem a polêmica. O Brasil tem 360 dias de calor por ano e 5 de frio, mas os dias de frio é que trazem polêmica. Os adoradores do calor vociferam contra o mesmo e para justificar suas predileções pessoais alegam várias coisas como a situação dos moradores de rua. Frio e calor normalmente não matam ninguém, são parte da natureza desde que o mundo é mundo, desde muito antes de todos nós nascermos, então é muita pretensão nossa ir contra isso. O que mata é negligência, é o governante ruim, é a corrupção, é o homem que não consegue ser leal e justo com seu semelhante. O frio é necessário, senão não existiria e eu sou sim defensor do frio, gosto mais do frio que do calor. No frio você pode usar cobertas, casacos e no verão? Faz o que? Não tem como sair pelado na rua. Até mesmo a alegação de que pessoas morrem no frio pode ser utilizada pelo outro lado, as ondas de calor que matam tantas pessoas pelo mundo, o tempo quente que acaba formando nuvens e provocand...